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~ Economia, Opinião e Atualidades

José Luis Oreiro

Arquivos da Tag: inflação

Preços de saúde e educação superam o IPCA (Diário de Comércio e Indústria, 23/05/2017)

24 quarta-feira maio 2017

Posted by jlcoreiro in Crise Econômica no Brasil, Mídia, Opinião, Oreiro

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inflação, José Luis Oreiro

Os preços dos grupos saúde e cuidados pessoais e educação, dois dos componentes do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiram mais que o dobro da inflação oficial entre janeiro e abril deste ano.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi registrado, durante o primeiro quadrimestre, aumento de 2,92% nos preços de saúde e cuidados pessoais e de 6,39% para o grupo educação. Enquanto isso, o índice geral avançou apenas 1,1%.

A diferença entre o aquecimento do IPCA e desses dois componentes também foi vista nos últimos anos. Entre 2012 e 2016, os preços de remédios, exames e outros itens ligados ao setor de saúde só cresceram menos que o índice geral em 2015. Nos outros anos, o IPCA foi superado, às vezes com folga. Em 2016, por exemplo, a inflação oficial subiu 6,29% esse grupo avançou 11,04%.

O mesmo desenho foi visto com os preços da educação, que incluem as quantias pagas em cursos, escolas e cadernos. Com a exceção de 2015, o componente superou o IPCA em todos os outros anos. A maior disparidade também foi atingida em 2016, quando esse grupo ficou 8,86% mais caro.

Para especialista consultado pelo DCI, os reajustes salariais no setor privado são o principal motivo desse fenômeno. “Os preços de serviços, como saúde e educação, têm se mantido acima do IPCA por causa do avanço dos salários desse setor, que costuma ficar acima da inflação”, diz José Luis da Costa Oreiro, professor de economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Outro motivo para essa diferença, afirma ele, é o impacto da taxa de câmbio para o grupo saúde e cuidados pessoais. “Muitos remédios e equipamentos médicos são importados e, por isso, mais caros, o que puxa a inflação para cima”, explica o entrevistado.

Vários itens relacionados a esse setor tiveram aumentos expressivos neste ano. Foi o caso de medicamentos, como vitaminas (4,02%), antibióticos (3,67%) e antitérmicos (3,56%), e dos planos de saúde (4,33%).

Professor de administração da ESPM, Adriano Gomes afirma que o forte avanço dos planos, registrado também nos últimos anos, está relacionado a um maior pagamento aos médicos e a um gasto maior com medicamentos e exames. “É uma alta estrutural, algo muito difícil de controlar”, avalia ele.

Impacto no investimento

Com a aprovação do teto para gastos públicos, o avanço dos investimentos nos setores de saúde e educação precisará ser, no mínimo, igual à inflação registrada no ano anterior. Entretanto, como os custos desses setores sobem mais que o IPCA, a garantia prevista em lei pode se tornar insuficiente para impedir uma diminuição dos aportes públicos.

Professor de economia da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), José Nicolau Pompeo critica o uso do índice geral como base para o investimento em setores específicos. “Foi criada uma distorção. Se o preço das commodities recuar, o índice vai cair e isso vai afetar o investimento em saúde.”

Sobre a possibilidade de o governo fazer aportes superiores ao teto, o especialista mostra pouco otimismo. “Com base no que temos visto, acredito que não dá pra depender da boa vontade do governo em questões dessa importância.”

Já Oreiro pondera que o IPCA registra com maior precisão as variações dos preços no setor privado do que em âmbito público. “A compra de remédios para o SUS é feita por leilões especiais e não entra no cálculo do IBGE”, diz ele.

BC mantém juro em 14,25% ao ano, e governo mira freio na recessão (Zero Hora, 21/01/2016)

21 quinta-feira jan 2016

Posted by jlcoreiro in Associação Keynesiana Brasileira, Crise Econômica no Brasil, Debate macroeconômico, Opinião, Oreiro

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inflação, política monetária, Taxa de juros

Ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, sinalizou um programa para estimular o crédito para empresas e reanimar economia

Por: Cadu Caldas
BC mantém juro em 14,25% ao ano, e governo mira freio na recessão Ricardo Duarte/Agencia RBS

As apostas pela manutenção do juro cresceram após o presidente do BC, Alexandre Tombini, ter emitido nota avaliando como ¿significativas¿ as revisões das projeções de crescimento para o Brasil em 2016 ¿ queda de 3,5% ¿ e 2017 ¿ zero. Foto: Ricardo Duarte / Agencia RBS

Em Brasília, a sede do Banco Central (BC) está localizada a pouco mais de um quilômetro do Ministério da Fazenda, um trajeto que pode ser percorrido em pouco mais de 20 minutos a pé. Mas levando-se em conta as recentes decisões tomadas e medidas adotadas, seria esperado que as duas instituições estivessem situadas lado a lado, talvez até dividindo o mesmo prédio na Esplanada. Nesta quarta-feira, um dia depois de o Fundo Monetário Internacional (FMI) projetar o aprofundamento da recessão na economia brasileira nos próximos dois anos, o BC decidiu manter a taxa básica de juro (Selic) em 14,25% ao ano.

Na mesma semana, o  ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, sinalizou um programa para estimular o crédito para empresas. O Planalto mostra que, assim como ocorreu no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, entre 2011 e 2014, a bússola do governo voltou a apontar para o crescimento econômico mesmo às custas do controle da inflação. As apostas pela manutenção do juro cresceram após o presidente do BC, Alexandre Tombini, ter emitido nota na terça-feira avaliando como ¿significativas¿ as revisões das projeções de Produto Interno Bruto (PIB) para o Brasil em 2016 – queda de 3,5% – e 2017 – zero.

Ex-diretores do BC se dizem perplexos com nota de Tombini em véspera de Copom  

Para analistas de mercado, foi uma indicação que o juro iria permanecer no mesmo patamar que está desde julho passado.  Na última reunião de 2015, o colegiado deixou a Selic em 14,25%, com placar dividido – seis votos pela manutenção e dois pelo aumento para 14,75%.

Recentemente, a pressão sobre a instituição cresceu frente ao fraco ritmo da economia. A  dúvida que divide economistas agora é se os preços, alimentados pela alta do câmbio, começarão a ceder nos próximos meses de maneira natural ou se será preciso novo aperto monetário para segurar a inflação. Por enquanto, o mercado avalia que nova alta será necessária – o relatório Focus aponta projeção de Selic a 15,25% no final do ano.

Juros de cartões atingem 399,84% ao ano, diz Anefac  

Para José Luiz da Costa Oreiro, professor de Economia da UFRJ e ex-presidente da Associação Keynesiana Brasileira, a decisão tomada faz sentido.

– A inflação está neste patamar alto em parte pelo reajuste dos preços administrados ano passado, como gasolina e energia elétrica, e pela disparada do dólar. Não tem a ver com excesso de demanda. Ou seja, aumentar mais o juro não funciona, só aprofunda mais a recessão – explica.

Leia mais notícias em Zero Hora

Na avaliação do economista, aumentar a Selic agora só traria mais impactos para a dívida pública:

– O governo perdeu a única oportunidade real de segurar a inflação quando optou por reajustar o salário mínimo acima da inflação. Impedir o aumento seria a melhor maneira de evitar uma inflação no setor de serviços.

O trabalhador perderia de um lado, mas ganharia em outro, quando a inflação cedesse. Roberto Ellery, professor de Economia da Universidade de Brasília (UnB), concorda que o dólar tem empurrado os preços para cima, mas avalia que o BC errou ao não subir o juro.

– O câmbio é a faísca, e a inflação, o incêndio. Cabe ao BC mostrar ao mercado que o fogo vai ser controlado. Se a população entender que controle dos preços não será prioridade a partir de agora, começa a reajustar os valores dos produtos por conta, baseado apenas na expectativa futura – afirma Elerry, pontuando que é obrigação do BC impedir que isso aconteça.

O Dilema entre Inflação e Desemprego e a Estratégia do Banco Central

20 sábado jun 2015

Posted by jlcoreiro in Debate macroeconômico, Macroeconomia estruturalista do desenvolvimento, Opinião, Oreiro

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Coordenação entre a política monetária e fiscal, Copom, Dilema dos juros no Brasil, inflação

A taxa Selic se encontra atualmente em 13,75% a.a. Considerando uma inflação acumulada nos últimos 12 meses em torno de 9%, isso significa um juro real de 4,35%, um valor extremamente alto para uma economia que deve apresentar este ano um crescimento negativo de 1,5%. As sinalizações dadas por membros da diretoria do BCB nos últimos dias indicam que o ciclo de elevação da taxa de juros ainda não terminou. Ao que tudo indica a Selic deve aumentar até 14,5% a.a nas próximas reuniões do Copom, e pode não parar por ai. Alguns analistas acreditam que a Selic pode alcançar 15% a.a ainda em 2015. Isso implicaria aumentar ainda mais a dosagem de aperto monetário, levando o juro real para 5,5% a.a.

A economia brasileira passa por um momento claro de estagflação: a inflação se acelerou no início de 2015 em função do realinhamento dos preços relativos (energia, combustíveis e taxa de câmbio), ao passo que os indicadores de atividade econômica indicam um mergulho cada vez mais profundo num quadro recessivo. Nesse contexto, coloca-se um dilema para a autoridade monetária: interromper (e eventualmente reverter) o ciclo de elevação da taxa de juros para estimular a atividade econômica ou continuar o aperto monetário até que a inflação inicie uma trajetória consistente de queda, mostrando que vai convergir para o centro da meta de inflação?

A resposta a essa pergunta depende da “razão de sacrifício” – ou seja, o número de anos-ponto excesso de desemprego que são necessários para obter uma redução da inflação em 1 p.p – que o BC está disposto a tolerar. Uma desinflação muito rápida só pode ser obtida as custas de uma queda muito acentuada do nível de atividade econômica e, consequentemente, um aumento muito grande da taxa de desemprego com respeito ao seu valor de equilíbrio (NAIRU). O lado positivo disso é que o aperto monetário será mantido por um período menor de tempo, permitindo assim que a retomada do “crescimento normal” ocorra mais cedo, ou seja, que o desemprego volte mais rapidamente ao seu nível normal de longo-prazo. Um ritmo mais lento de desinflação é compatível com uma queda menos acentuada do PIB e, portanto, com uma elevação menor do desemprego com respeito ao seu nível de equilíbrio; mas nesse caso o aperto monetário terá que ser mantido por um intervalo de tempo maior.

Qual dessas duas opções é melhor do ponto de vista social? A Teoria Econômica convencional diz que se a relação entre inflação e desemprego for linear então a razão de sacrifício é a mesma tanto no caso da desinflação rápida (a estratégia do “peru frio”) como no caso da política gradualista. Em outras palavras, se o BC deseja reduzir a inflação em 10 p.p, então o número de anos-ponto excesso de desemprego é o mesmo tanto para o caso do “tratamento de choque” como no caso da política gradualista. Um exemplo tirado do livro de Macroeconomia de Bhanchard ajuda a clarificar essa ideia. Suponhamos que a sensibilidade da taxa de inflação a diferença entre a taxa de desemprego e a NAIRU seja igual a 1. Nesse caso, se o BC quiser reduzir a taxa de inflação em 10 p.p em um único ano, o desemprego terá que ser mantido 10 p.p acima da Nairu por 1 ano. Se o prazo de desinflação for ampliado para 2 anos, então o desemprego terá que ser mantido 5 p.p acima da Nairu por 2 anos … Se o prazo de desinflação for estendido para 10 anos, então o desemprego terá que ser mantido 1 p.p acima da Nairu por 10 anos. Em todos os casos, a razão de sacrifício será a mesma, qual seja, 10 anos-pontos de excesso de desemprego.

Nessas condições o BCB parece ter optado pela estratégia do “peru frio”. As declarações do Presidente do BCB, Alexandre Tombini, e de outros diretores do BC como, por exemplo, Toni Volpon, apontam para o desejo do BCB de levar a inflação para 4,5 % a.a no final de 2016. Dada a persistência do atual patamar inflacionário, o qual beira os 9% a.a, isso significa uma desinflação de, pelo menos, 4,5 p.p em 18 meses. Admitindo um coeficiente igual a um para a sensibilidade da inflação ao excesso de desemprego, então a estratégia adotada pelo BCB implica que o desemprego deve ser mantido 3 p.p acima da taxa de equilíbrio por um período de 18 meses. Se considerarmos a taxa média de desemprego dos últimos 2 anos como uma estimativa da NAIRU para a economia brasileira, então o desemprego de equilíbrio é 6% da FT, o que significa que a estratégia do BCB implica numa elevação da taxa de desemprego para, pelo menos, 9% da FT nos próximos 18 meses.

Eu acho muito pouco provável que a sociedade brasileira tenha condições políticas e econômicas de suportar uma elevação de quase 50% da taxa de desemprego, ainda que por um período relativamente curto de tempo. Uma estratégia de desinflação que me parece mais sensata é dilatar o prazo de convergência da inflação para o centro da meta de 4,5% a.a para o final de 2017. Dessa forma, nas condições supostas no exercício acima, o prazo de convergência seria estendido para 30 meses, permitindo assim que o excesso de desemprego com respeito ao seu valor de equilíbrio seja reduzido para “apenas” 1,8 p.p. Isso significa que a política monetária deveria ser calibrada de forma a manter a taxa de desemprego em torno de 7,8% da Força de Trabalho até o final de 2017. Trata-se de um resultado ruim em termos de performance do mercado de trabalho, mas não catastrófico. Dessa forma, a estratégia gradualista me parece mais apropriada do que a estratégia do “peru frio” adotada pelo BCB.

No raciocínio exposto acima, consideramos que a taxa de desemprego de equilíbrio – a NAIRU – é constante e independente da evolução da taxa de desemprego, ou seja, consideramos a ausência de qualquer efeito de histerese no mercado de trabalho. O problema é que a literatura mais recente a respeito da relação entre inflação e desemprego aponta para a dependência da taxa de desemprego de equilíbrio com respeito a história da taxa de desemprego. Nesse contexto, períodos nos quais a taxa de desemprego é mantida acima da NAIRU levam a um aumento da taxa de desemprego de equilíbrio por uma série de mecanismos, em particular, a perda de habilidades e capacitações dos trabalhadores que perdem seus empregos e ficam longe do mercado de trabalho.

Se o efeito histerese for relevante para a economia brasileira – e não há nenhuma razão para acreditar no contrário – quanto maior for o excesso de desemprego com respeito a NAIRU num determinado período, maior será o acréscimo da NAIRU nos períodos seguintes, o que irá aumentar, de forma permanente, o custo da desinflação. Em outras palavras, uma vez que a inflação tenha convergido para a meta de 4,5 % a.a a taxa de desemprego de equilíbrio terá aumentado num montante aproximadamente igual ao excesso de desemprego que foi requerido durante o período de desinflação. Como na estratégia do “peru frio” o aumento do desemprego é maior, segue-se que essa estratégia levará a um aumento maior – e de caráter permanente – da taxa de desemprego.

Em função dessas considerações, acredito que o BCB deveria rever sua estratégia de desinflação. Com efeito, um ritmo mais gradual de redução da taxa de inflação – com o prazo de convergência sendo estendido até 2017 – me parece mais razoável tanto do ponto de vista econômico como político. Essa revisão permitiria a interrupção imediata do atual ciclo de elevação da taxa selic, dando espaço assim para uma desvalorização adicional da taxa de câmbio, a qual é absolutamente necessária para a retomada do crescimento da economia brasileira a partir do segundo semestre de 2016. Se isso não ocorrer, o ajuste fiscal proposto pelo Ministério da Fazenda não será bem sucedido, em função do efeito negativo que a contração do nível de atividade terá sobre a receita tributária. E se o ajuste fiscal for mal sucedido, será impossível impedir a perda do grau de investimento, abrindo-se então as portas para uma crise cambial de grandes proporções em algum momento ao longo do ano de 2016.

 

 

Inflação e Desemprego no Brasil (Entrevista Portal Brasil Comunicação, 19/04/2013)

23 quinta-feira maio 2013

Posted by jlcoreiro in Mídia, Opinião

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Crescimento, inflação, Semi-estagnação da economia brasileira

Outro vídeo um pouco antigo, mas ainda relevante: http://www.youtube.com/watch?v=h4WGlMj_o7s

Juros vão cair com parcimônia, diz BC (Correio Braziliense, 27/04/2012)

28 sábado abr 2012

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economia brasileira, inflação, Reunião do Copom, Taxa de juros

Ata do Copom indica um novo corte da Selic, mas documento condiciona queda. Aposta do mercado vai de 0,25 a 0,5 ponto

 

Rosana Hessel –

Publicação: 27/04/2012 06:00 Atualização: 27/04/2012 06:35

Brasília – O Banco Central sinalizou que deve manter a trajetória de queda da taxa básica de juros (Selic), hoje em 9% ao ano, ao divulgar ontem a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). No texto, o BC afirma que, mesmo considerando uma recuperação da atividade econômica em um ritmo menor do que o esperado, “qualquer movimento de flexibilização monetária adicional deve ser conduzido com parcimônia”.

Na ata da reunião anterior, o BC havia indicado o contrário, apontando para a probabilidade de que a Selic ficasse em “patamares ligeiramente acima dos mínimos históricos”, de 8,75% ao ano, ou seja, permanecendo em 9%. Com a mudança do texto, entretanto, as projeções do mercado não chegaram a um consenso. As apostas do corte na próxima reunião, no fim de maio, estão divididas entre 0,25 e 0,50 ponto. “A ata sinaliza um corte máximo de 0,25 ponto percentual na Selic e manutenção da taxa por um período prolongado”, comentou o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves.

O economista sênior para a América Latina da Economist Intelligence Unit (EIU), Robert Wood, estima um corte maior, de até 0,50 ponto. “Acredito que o BC deverá reduzir a Selic para menos de 9% e, como a ata sinaliza que haverá ‘parcimônia’, isso indica que o corte deverá ficar entre 0,25 e 0,50 ponto. Mas como há uma expectativa de que a recuperação do PIB (Produto Interno Bruto) será mais lenta do que o esperado, acredito que um corte de 0,50 será mais factível”, explicou. “Se a recuperação da economia não se materializar até a próxima reunião, é possível que o corte fique em 0,25”, emendou. A pesquisadora de macroeconomia do Santander, Adriana Dupita, também fez a mesma projeção, de um corte de 0,50 ou 0,25 ponto percentual.

A projeção de uma Selic de 8,5% em maio, devendo permanecer nesse patamar até o primeiro trimestre de 2013, é a aposta do economista-chefe do Banco Espírito Santo (BES), Jankiel Santos. “Neste momento esperamos que o Banco Central comece o aperto monetário mais uma vez, de modo a evitar que a inflação ultrapassar o teto da faixa de tolerância da inflação, de 6,5%”, completou. O professor de economia da Universidade de Brasília, José Luis Oreiro, também espera redução de 0,50 ponto na Selic no próximo mês. “É possível que, depois desse corte, o BC dê uma estacionada para esperar que os efeitos dessas reduções surtam efeito. Hoje, com juros a 9% ao ano, a taxa real (descontada a inflação) chega a 4%, o que não deixa de ser razoável”, acrescentou.

O documento do BC ressalta, ainda, “a ocorrência de mudanças estruturais significativas na economia brasileira, que determinaram recuo nas taxas de juros geral”. A expectativa do documento em relação à inflação para este ano manteve-se “em torno do valor central” da meta do governo, de 4,5% medida pelo IPCA. Para 2013, a inflação está “acima” do centro dessa meta.

Redução da Selic deve frear queda da indústria e apreciação do real (Portal Sul 21, 08/03/2012)

08 quinta-feira mar 2012

Posted by jlcoreiro in Mídia

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Atividade Industrial, Banco Central Europeu, Copom, inflação, taxa de câmbio, Taxa de juros

Oreiro: redução da Selic deve frear queda da indústria e apreciação do real

Felipe Prestes

O economista e professor da UnB, José Luis Oreiro, afirma que especialistas já esperavam redução forte da taxa Selic como a anunciada pelo Copom nesta quarta (7), de 10,5 para 9,75% — uma redução de 0,75%. O ambiente que indicava uma redução brusca era o anúncio, na terça (6), de que o PIB brasileiro cresceu apenas 2,7% em 2011, a indicação do IBGE de queda na atividade industrial em janeiro deste ano e a injeção de euros na economia pelo Banco Central Europeu (BCE), que pode gerar um afluxo de capital especulativo ao Brasil em buscas de juros atraentes, o que valorizaria o real, tornando a indústria brasileira menos competitiva.

“Estava muito claro que o Banco Central (BC) teria que acelerar a queda da taxa de juros com objetivo, em primeiro lugar, de frear a queda de atividade da indústria, que está muito fraca, e, em segundo lugar, uma tentativa de conter a apreciação do real, resultante desta criação de liquidez por parte do BCE”, afirma Oreiro, diretor da Associação Keynesiana Brasileira.

O economista acredita que a redução de 0,75% surtirá efeito na prática, mas que ainda pode haver mais uma queda na Selic. “A medida terá efetividade. É possível que na próxima reunião o BC reduza mais 0,75%. Realmente a queda na indústria é muito importante e o BC acertou em acelerar a queda da Selic”.

Entretanto, a queda na taxa de juros não poderá seguir um ritmo constante, pois esbarra nas regras da caderneta de poupança. “Para reduzir mais fortemente a Selic seria preciso mudar as regras da caderneta de poupança. Hoje em dia tem um limite para queda da Selic, em torno de 8,5 a 8,75% ao ano. Abaixo disto, só mudando as regras da caderneta”, diz Oreiro.

Mantega é “excessivamente otimista” com crescimento de 4,5%

Para José Luis Oreiro, o país deve conseguir conter a apreciação do real com a queda da Selic somada a medidas anteriores como o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Na questão da atividade industrial ele explica que o principal efeito da queda da taxa de juros é que os bancos oferecem mais crédito, e o crédito é fundamental para um dos setores mais importantes da indústria, o automobilístico.

“Em janeiro e fevereiro houve queda importante na indústria automobilística, que depende fundamentalmente de crédito. Boa parte dos automóveis não é vendida à vista. A medida tem efeito na cadeia de suprimentos da indústria automobilística, que é bastante importante”, afirma Oreiro.

Ainda assim, o economista acredita que o país não chegará nem perto da meta de crescimento estabelecida pelo Governo Federal, de 4,5%, que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, revelou nesta quarta (7). “O ministro está sendo excessivamente otimista. Nosso crescimento deve ficar em 3,5% em um bom cenário. Pode ser que fiquemos mais próximos de 3% que de 3,5%”, projeta o professor da UnB.

Queda de juros não deve aumentar inflação

José Luis Oreiro não acredita que a queda da taxa de juros represente um problema para conter a inflação. Ele afirma que 2012 deve ser um ano de poucas pressões inflacionárias. O economista diz que não haverá pressões relevantes no primeiro semestre. Na segunda metade do ano, deve haver uma pressão no setor de serviços, que tem puxado a inflação para cima, devido aos reajustes salariais de várias categorias que ocorrem ao longo do primeiro semestre. “A inflação para produtos industriais tem sido muito baixa, a de preços administrados relativamente baixa. O que tem pressionado é o setor de serviços”.

Esta pressão no setor de serviços, contudo, não deve ser tão significativa, devido à baixa atividade industrial e a fatores externos, como a desaceleração da economia chinesa. “Este ano deve ser até de inflação zero para produtos industriais. E a desaceleração do crescimento na China, já prevista pelo governo chinês, deve produzir queda no preço de commodities internacionais, entre as quais, por exemplo, o trigo. Vai ter impacto positivo, reduzindo preço de alimentos”, explica.

Link para esta matéria: http://sul21.com.br/jornal/2012/03/oreiro-reducao-da-selic-deve-frear-queda-da-industria-e-apreciacao-do-real/

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Atividade industrial, Banco Central Europeu, câmbio, China, Copom, IBGE, inflação, José Luís Oreiro, Selic, taxa de juros

A Vez da Gasolina (Correio Braziliense, 29/02/2012)

01 quinta-feira mar 2012

Posted by jlcoreiro in Opinião

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ciclo de redução dos juros, crise internacional, inflação, preço dos combustíveis

A vez da gasolina…

29 fevereiro de 2012 às 11:08 am

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Disparada do preço do barril do petróleo no mercado internacional pressiona Petrobras e leva seu maior acionista, a União, a cogitar a autorização de aumento na gasolina. Defasagem já atinge 25% do valor cobrado nos postos.

O consumidor pode preparar o bolso para um novo aumento na gasolina. Com o petróleo em ritmo de alta, acima de US$ 120 o barril, o governo já admite que não conseguirá barrar o reajuste.

O preço do combustível no país não acompanha, em tempo real, a alta do mercado externo e a Petrobras está impedida de repassá-lo automaticamente, a não ser que tenha autorização de seu maior acionista, a União.

E, por isso, a companhia voltou a bater na mesma tecla nesta semana. Conforme cálculos feitos por economistas a pedido do Correio, a defasagem na gasolina oscila entre 20% e 25%.

Mal assumiu o cargo, a nova presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, levantou a bandeira para que o reajuste dos combustíveis seja obrigatório quando o barril do petróleo ultrapassar os US$ 100.

A unidade do petróleo leve (WTI), negociado na Bolsa de Nova York, fechou ontem cotada a US$ 106,55. Já o do tipo Brent, mais pesado e negociado em Londres, encerrou o dia a US$ 121,80.

A resistência do governo, no entanto, é quanto ao impacto desse aumento na inflação, que fechou 2011 em 6,5%, no teto da meta estipulada para o ano. A estratégia de redução da taxa básica de juros (Selic), hoje em 10,5%, pode ser comprometida se a inflação ultrapassar o limite em 2012.

Os combustíveis estão entre os itens que mais pesam no cálculo dos índices de preços. “Qualquer alta na gasolina impacta diretamente na inflação”, afirmou o especialista em energia e diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie), Adriano Pires. Ele estima que a defasagem do preço da gasolina nos postos gire entre 20% a 23%.

Mas é difícil encontrar entre os economistas quem aposte numa possível mudança na política de afrouxamento monetário por conta da pressão dos combustíveis.

“Não acredito que o Banco Central interrompa os cortes nos juros neste semestre, mesmo se os preços da gasolina subirem”, observou o professor de economia da Universidade de Brasília José Luis Oreiro. Nos seus cálculos, a diferença de preço atual e o que deveria ser praticado está entre 20% e 25%.

O último reajuste realizado pela Petrobras ocorreu em novembro de 2011 e só incidiu sobre o combustível que sai da refinaria. O aumento foi de 10% na gasolina e de 2% no óleo diesel. Mas, segundo a estatal, o impacto dele foi absorvido pelos distribuidores em função da redução da Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (Cide).

O aumento da gasolina deverá voltar à discussão na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, na semana que vem. Anteontem, a diretoria da instituição foi alertada de que há poucos instrumentos para o governo evitar o aumento.

Para o professor do Grupo de Economia da Energia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Edmar de Almeida, o governo está ficando acuado e, mais cedo ou mais tarde, será obrigado a reajustar os combustíveis.

“Os preços aqui já estão abaixo do mercado internacional. A Petrobras não tem muita margem de manobra e precisa se manter bem para continuar fazendo investimentos”, observou.

Oriente

Em nota, a Petrobras informou que não há cronograma para reajustes na gasolina. “A Companhia acompanha constantemente a variação do preço internacional do petróleo, que flutua de acordo com diversas variáveis. Essas questões são circunstanciais e não determinam um novo patamar nos preços praticados internacionalmente”, divulgou a empresa. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, negou que o governo tenha a intenção de reajustar o preço da gasolina.

O petróleo tem oscilado fortemente graças ao aumento da tensão no Oriente Médio devido à ameaça de Israel bombardear o Irã, terceiro maior produtor mundial de petróleo.

Também contribuíram para a alta as sanções comerciais previstas para junho. Os mais pessimistas, como o economista Nouriel Roubini, já projetam o barril a US$ 150. Mas Oreiro não vê razões para o preço ficar acima dos US$ 100.

“O mercado está especulando muito. A economia internacional está em crise e, portanto, não há demanda reprimida”, disse. Para ele, o pior cenário virá apenas a guerra contra o Irã estourar.

Absolvição na CVM

Por falta de precedente, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) absolveu o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, e seus antecessores José Sergio Gabrielli e João Pinheiro Nogueira Batista.

Os executivos eram acusados de investir, sem autorização, recursos da estatal no mercado futuro de dólar e de ingerência direta na gestão de fundos da carteira BB Milênio 6, da qual a companhia era a cotista única.

Fonte: Correio Braziliense, Por Rosana Hessel e Cristiane Bonfanti

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Paulo Gala

Graduado em Economia pela FEA-USP. Mestre e Doutor em Economia pela Fundação Getúlio Vargas em São Paulo. Foi pesquisador visitante nas Universidades de Cambridge UK e Columbia NY. Foi economista, gestor de fundos e CEO em instituições do mercado financeiro em São Paulo. É professor de economia na FGV-SP desde 2002. Brasil, uma economia que não aprende é seu último livro. Conselheiro da FIESP e Economista-chefe do Banco Master

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