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José Luis Oreiro

~ Economia, Opinião e Atualidades

José Luis Oreiro

Arquivos da Tag: Espanha

A Espanha olhou para o outro lado da rua (Globalidades, 30/01/2017)

02 quinta-feira fev 2017

Posted by jlcoreiro in Macroeconomia do desenvolvimento, novo-desenvolvimentismo, Opinião, Oreiro

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Crise do Euro, Desvalorização cambial, Espanha

Por Cyro Andrade, (link:http://www.focoglobal.com/2017/01/oreiro.html)

Às vezes, olhar para o outro lado da rua pode trazer revelações, e soluções para problemas que pareciam insuperáveis. De certo modo, foi o que aconteceu com a Espanha, que conseguiu sair da crise econômica seguindo um caminho adotado pela Alemanha e retomou as rédeas do crescimento. Os números estão aí: em 2014, o PIB cresceu 1,36%, e em 2015 a expansão chegou a 3,2%. Os resultados preliminares para 2016 apontam para uma expansão ainda superior. Os anos de recessão foram deixados para trás. O que aconteceu de essencial? O economista José Luís Oreiro conta essa história em artigo (Espanha adota o modelo alemão e sai da crise) que escreveu para publicação em “Globalidades”.

Diz Oreiro que, para a Espanha sair da crise, era necessário que algum dos componentes da demanda agregada impulsionasse o aumento do nível de atividade. O problema para os países que têm o euro como moeda comum era que a política monetária não estava mais à disposição para impulsionar – por intermédio de uma redução da taxa de juros – a demanda doméstica. A perda de confiança com relação aos títulos soberanos da Espanha também impedia a utilização da política fiscal. A única saída seria, portanto, fazer a desvalorização interna da taxa de câmbio, utilizada de forma bem-sucedida pela Alemanha nos anos pré-crise.

Para que a desvalorização interna ocorresse, explica Oreiro, era necessário que os preços em euros dos bens produzidos na Espanha fossem reduzidos, por meio de um corte dos salários nominais. O governo de Mariano Rajoy – que possuía ampla maioria no Parlamento – conseguiu, então, aprovar uma reforma trabalhista, com redução no pagamento das indenizações para os trabalhadores demitidos e equalização dos custos de demissão entre os trabalhadores de tempo integral e os temporários. Além disso, negociou com as centrais sindicais e os representantes patronais um acordo de moderação salarial, no qual o reajuste foi fixado em 0,5% para 2012 e 0,6% para o biênio 2013-2014.

Como resultado, a competitividade externa da economia espanhola foi restaurada, permitindo que a produção da indústria manufatureira crescesse 2,21% em 2014 e 3,73% em 2015. A participação dos manufaturados na pauta de exportações, que havia recuado de 77,71% no ano 2000 para 67% em 2012, voltou a subir, alcançando 71,97% em 2015. O lado mais visível do ajuste cambial foi o saldo em conta-corrente: de um déficit de 9,67% do PIB em 2007, passou-se a um superávit de 1,38% em 2015.

Ainda há problemas a resolver, concentrados na antiga questão do desemprego, ainda dos mais elevados na Europa. “Como a indústria manufatureira apresenta produtividade muito maior do que o setor de construção civil [de peso relevante nos anos de “boom” pré-crise], a retomada do crescimento da economia a partir de 2014, ao ser liderada pela manufatura, não permitiu uma rápida redução da taxa de desemprego, a qual continua em torno de 22% da força de trabalho. O lado bom desse indicador ruim é que os empregos que estão sendo gerados hoje na economia espanhola, embora não sejam suficientes para absorver o enorme contingente de desempregados, são de qualidade muito superior aos que foram gerados no período do boom imobiliário.”

Em suma, a desvalorização interna da taxa de câmbio – gerada a partir da combinação de reforma trabalhista com um acordo de moderação salarial negociado com os sindicatos e as representações patronais – restaurou a competitividade da indústria de transformação na Espanha, interrompendo o processo de desindustrialização verificado desde o final do século XX, e permitindo a retomada do crescimento por intermédio das exportações de manufaturados.

Seria o caso de o Brasil olhar para o outro lado da rua? Ou melhor, para o outro lado do Atlântico? Estaria ali alguma lição a tomar? Oreiro não diz isso. Cada país vive suas próprias circunstâncias, correntes e históricas, com diferenças naturais, mas a ideia parece circular nas entrelinhas — no mínimo, porque estão ali as questões gêmeas, frequentemente lembradas como pendentes de políticas específicas, de uma possível reindustrialização brasileira pautada por acréscimos de competitividade externa.

Dura desvalorização interna dá fôlego à economia espanhola (Valor Econômico, 03-12-2014)

03 quarta-feira dez 2014

Posted by jlcoreiro in Debate macroeconômico, Macroeconomia estruturalista do desenvolvimento, Mídia

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Ajuste macroeconômico, Desvalorizaçao interna do câmbio, Espanha

Há apenas dois anos e meio, a Espanha estava no fundo do poço. E o poço era bem fundo. A crise no país ameaçava até implodir a moeda única europeia. Hoje chegou a vez de os espanhóis acusarem o resto da Europa de estar freando o crescimento da sua economia. Em 18 meses, a Espanha conseguiu passar do inferno ao purgatório. Mas o paraíso ainda parece distante, especialmente para os 23,6% de desempregados.

Em julho de 2012, o risco-país da Espanha atingiu o recorde de 637 pontos em relação aos títulos da dívida alemã. A confiança no país desapareceu. E o PIB anual caiu 1,6% naquele ano.

Já neste ano, a economia deve crescer 1,3%, um dos ritmos mais fortes da zona do euro. O país teve cinco trimestres seguidos de crescimento e quatro trimestres seguidos de geração de empregos. O risco-país caiu mais de 80% entre julho de 2012 e agora e o governo está se financiando a taxas relativamente baixas, apenas 110 pontos-base acima dos títulos alemães. A Bolsa de Madri subiu cerca de 60% nos últimos 18 meses. O rating das agências de classificação de risco melhorou. Déficit público está em queda, e a partir de 2016 o país deve passar a ter superávit primário e a dívida deveria parar de aumentar, segundo plano acertado com a UE. A conta corrente foi positiva pela primeira vez em 30 anos em 2013 (0,7%), e este ano também será. E, num sinal de reconhecimento, o país foi convidado a abrir o debate no G-20 sobre reformas.

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Essa transição espanhola foi feita, principalmente, por meio de um doloroso processo de desvalorização interna. O governo aprovou uma série de reformas, em especial a trabalhista, que reduziu salários, aposentadorias e direitos (e custos) trabalhistas, o que permitiu ao país ganhar competitividade. Com isso, as exportações cresceram, o que começou a gerar emprego e deu algum fôlego para a economia.

“Aconteceu algo que ninguém achou que podia ocorrer, uma desvalorização sem desvalorização, interna”, afirmou uma autoridade do governo, que pediu para não ser identificada. “E é uma desvalorização que não se perde como uma desvalorização normal.”

O ponto central dessa desvalorização interna foi a reforma trabalhista de 2012, que, entre outras coisas, facilitou as demissões e deu mais flexibilidade para as empresas contratarem por tempo determinado. “A nova lei tornou permanente o contrato provisório”, observa um diplomata estrangeiro. “A reforma trabalhista permitiu às empresas ajustar os custos de acordo com a demanda”, diz a autoridade do governo espanhol.

Essa melhora na competitividade se observa de vários modos. Com o custo da hora de trabalho agora abaixo da média europeia, “Todas as 17 plantas de automóveis na Espanha receberam novos modelos nos últimos dois anos”, diz José Maria Blasco Ruiz, diretor de Projetos e Operações do ICEX, a agência espanhola para exportação e investimentos.

“A Espanha fez bem a desvalorização interna. Os custos e os salários estão mais baixos. Em relação ao custo de trabalho unitário, recuperamos parte da competitividade em relação à Alemanha. Mas isso cria mal-estar. Além disso, deprime a demanda interna e favorece os exportadores”, afirmou um alto executivo de uma multinacional espanhola, que já trabalhou no Brasil e que também prefere não ser identificado. “Esse processo está acabando.”

Mas justo quando o país começou a dar sinais de recuperação, a economia europeia embicou para baixo e ameaça agora frear a incipiente retomada espanhola.

“A Espanha fez um ajuste enorme em pouco tempo. As perspectivas são relativamente boas, mas há quatro meses eram melhores do que agora”, diz o economista Miquel Nadal Segalá. “Quando a Espanha começou a melhorar, a Europa começou a piorar. E 70% das exportações espanholas vão para a Europa.”

Segalá lembra que a Espanha sempre se recuperou de crises anteriores recorrendo à desvalorização de sua moeda. Isso estimulava as exportações, o que gerava investimentos, que por sua vez criavam emprego e, por fim, aumento da demanda interna. Com o euro, isso não é mais possível. A solução então foi essa desvalorização interna.

O problema agora é que a retomada é fraca, não está gerando novos investimentos e não cria empregos. “Não dá para cortar mais os salários. O modelo não gerou empregos, o que é um grande desafio”, diz o diplomata. Segundo ele, “o consumo interno vai se recuperar muito lentamente”, devido ao desemprego persistente, à retração do crédito e ao fim do modelo de crescimento baseado na construção civil.

O próprio ministro da Indústria, José Manuel Soria, admite que o desemprego cairá pouco, chegando ao final de 2015 na casa de 22% (leia “Se hoje a zona do euro não está em recessão, é por causa da Espanha”).

Essa recuperação tímida deixa ameaçado o governo do premiê Mariano Rajoy (do Partido Popular, de direita), que enfrenta eleições no final de 2015. Até lá, ele tem de convencer os espanhóis de que esse sacrifício valeu a pena.

————-

Meu comentário: A combinação de ajuste fiscal com desvalorização (interna) da taxa de câmbio está permitindo a economia espanhola sair da recessão que entrou por conta dos efeitos da crise do Euro de 2011-2012. Se a Espanha tivesse moeda própria, então ela poderia ter emulado os EUA e o Reino Unido com emissões colossais de base monetária para produzir um aumento do preço dos ativos e uma desvalorização da taxa de câmbio. Mas essa alternativa não estava disponível para a Espanha. Não realizar o ajuste fiscal, como defendem os adeptos do “keynesianismo vulgar” no Brasil, apenas levaria ao colapso da capacidade de financiamento do Estado, provocando o default soberano e/ou o abandono forçado da moeda comum. Isso teria sido um desastre sem proporções para a economia espanhola. A saída foi combinar a austeridade fiscal com uma desvalorização interna da taxa de câmbio, via redução dos salários nominais, para reativar as exportações e iniciar um processo de re-industrialização da economia espanhola. Os resultados já foram colhidos: em 7 anos o imenso déficit em conta-corrente, de mais de 10% do PIB, foi transformado num pequeno superávit (o que permite, agora sim, a saída ordenada da moeda única); o déficit público caiu em mais de 50% e a economia vai crescer 1,3% em 2014 (quatro vezes mais que o crescimento esperado da economia brasileira para 2014). O desemprego está 4 pontos percentuais mais baixo que no pico ocorrido em meados de 2012 e em trajetória, ainda que lenta, de queda. Face a esses números o que tem a dizer os que se dizem contrários ao (sic) “austericidio fiscal”

 

 

Touro Indomável (Isto é, 18/06/2012)

23 sábado jun 2012

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Crise do Euro, Espanha

Apesar do socorro de 100 bilhões de euros à Espanha, crise faz aumentar o temor de que as dificuldadess econômicas arrrastem outros gigantes europeus – e coloca em dúvida o futuro do euro

A mesma espiral de destruição que levou a Grécia à lona chegou agora à Espanha. Na quarta-feira 13, a agência de classificação de risco de crédito Moody”s rebaixou o rating (capacidade de um determinado emissor de títulos de cumprir compromissos com investidores) do país e uma série de indicadores negativos vem causando pânico nos mercados. Segundo a agência, a queda da classificação reflete a necessidade de a Espanha recorrer a um plano de socorro de 100 bilhões de euros, que serão liberados pelo Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (ESM, sigla em inglês) e principalmente a persistente fragilidade da economia do país ibérico. A crise reforça os temores de um contágio à Itália, colocando Roma no centro da crise europeia e gerando um efeito dominó. “Se isso acontecer será o fim do euro”, afirma José Luis Oreiro, professor de economia da Universidade de Brasília (UnB). A economia espanhola entrou oficialmente em recessão ao registrar uma queda de 0,3% de seu Produto Interno Bruto no primeiro trimestre. Com uma demanda interna fraca, a produção industrial despencou e o emprego sumiu – mais da metade dos jovens espanhóis estão sem trabalhar. O cenário fez com que investidores internacionais corressem para a porta de saída e, pior ainda, os bancos domésticos não dão conta de tampar buracos na economia.

A essa altura da crise, o que mais preocupa é que outras importantes economias entrem em recessão. Tudo indica que a bola da vez seja mesmo a Itália. Segundo dados divulgados na última semana, o PIB italiano, que já vinha encolhendo desde o terceiro trimestre do ano passado, caiu novamente nos três primeiros meses de 2012. Apesar de alguns economistas considerarem os indicadores da economia italiana melhores do que os espanhóis, o problema é a percepção dos mercados de que a Itália seguirá o mesmo caminho. No caso de um calote espanhol, nem as economias consideradas mais fortes da Europa, como Alemanha e França, sairiam ilesas. De acordo com um levantamento da Autoridade Bancária Europeia, as instituições financeiras alemãs têm 146 bilhões de euros a receber do governo e do setor privado espanhol. A França, que emprestou aos espanhóis 115,2 bilhões de euros, também seria afetada por um eventual calote. Para o primeiro-ministro Mariano Rajoy, a crise será atenuada no segundo semestre, mas a onda de protestos que varre o país revela que a população não confia numa recuperação imediata.

Como reverter um cenário que, ao contrário de prognósticos feitos no início do ano, parece piorar? Até agora, a política de austeridade tem se mostrado pouco eficiente. O corte de gastos em meio à recessão induz à queda da atividade econômica, o que leva a uma diminuição das receitas tributárias do governo e, no fim das contas, o déficit se mantém tão grande quanto no início. Até o Prêmio Nobel de Economia Paul Krugman já defendeu que, para a Espanha sair da crise, é necessário um aumento da demanda doméstica, o que, num primeiro momento, requer um aumento dos gastos do governo espanhol, em vez de uma redução. Krugman chegou a afirmar inclusive que a política de combate à crise da chanceler alemã Ângela Merkel representa um empecilho difícil de ser superado. Num momento de crise acentuada, não é hora de apertar demais o cinto – mas é justamente isso que a Espanha e a Grécia fizeram nos últimos meses.

G20 debate a Europa (Correio Braziliense, 13/06/2012)

13 quarta-feira jun 2012

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Crise do Euro, Espanha, Grécia

G20 debate a Europa

Autor(es): ROSANA HESSEL
Correio Braziliense – 13/06/2012
 
A crise da Zona do Euro e as eleições na Grécia no próximo domingo dominarão a pauta do encontro de cúpula do G20 — grupo das 19 principais nações desenvolvidas e emergentes do planeta, mais a União Europeia — nos dias 18 e 19, no balneário de Los Cabos, no México. “A preocupação do encontro será com a situação da economia internacional e com as eleições gregas. Não temos expectativa de uma pauta mais ampla porque ela estará focada na crise europeia”, revelou uma fonte ligada ao governo brasileiro.

O Brasil levará as mesmas reivindicações e propostas dos últimos encontros. Vai insistir na aceleração do processo de reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI) para ampliar a participação dos países emergentes, iniciado em 2010. A nova revisão das cotas está programada somente para janeiro de 2014. “A velocidade desse processo tem frustrado o governo brasileiro e essa frustração será posta na mesa do encontro dos líderes do Brics (grupo de países emergentes de crescimento acelerado: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul)”, completou.

Brics
Os governantes dos Brics pretendem definir os valores dos aportes de recursos adicionais ao FMI acordados em abril passado. O diálogo ocorrerá em uma reunião paralela ao G20 no dia 18. A reforma do Fundo sofre resistência da União Europeia, cujos países são os que mais têm pedido socorro ao órgão. O Brasil condiciona a definição do aporte à revisão das cotas dos emergentes. “Não há certeza de que esses valores serão anunciados no México”, destacou a fonte.

As expectativas de especialistas em torno ao encontro são muito pequenas. “O G20 será mais um ambiente de debates do que um fórum para apresentar soluções para a crise”, comentou o professor de economia da Universidade de Brasília José Luis Oreiro. “A crise atual é localizada e a Europa tem capacidade de resolvê-la. Basta que os países do bloco entrem em um acordo”, emendou. Para ele, esse caminho já está sendo trilhado, especialmente com o socorro de 100 bilhões de euros para os bancos espanhóis aprovado esta semana. Além disso, a UE vem preparando um plano de contingência para a quase certa saída da Grécia da Zona do Euro.

“Esse plano é um sinal de que eles estão considerando a Grécia fora. O plano é para salvar o euro”, acrescentou, concordando com as declarações da diretora gerente do FMI, Christine Lagarde, de que, sem medidas fortes, a moeda europeia não sobreviverá três meses.

O professor de economia do Insper Otto Nogami também acredita que nenhuma solução para a crise sairá do encontro do México. “O G20 é muito heterogêneo. Os problemas regionais, como o da Europa e o da Argentina, terão que ser resolvidos localmente”, analisou.

Para ele, não há por que esperar que algo semelhante ao que ocorreu após o estouro da bolha imobiliária de 2008, que ajudou a projetar o G20 como no cenário geopolítico mundial. “Hoje, o G20 é mais um fórum de discussões dos problemas globais do que um órgão solucionador de crises”, explicou.

Especialistas divergem sobre futuro dos mercados na Europa (Band News FM, 11/06/2012

11 segunda-feira jun 2012

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Crise do Euro, Espanha

Economia

home > notícias > Economia

11/06/2012 09:39

Especialistas divergem sobre futuro dos mercados na Europa

Especialistas ouvidos pela Band News FM divergem sobre o futuro dos mercados após a decisão do governo espanhol de solicitar ajuda financeira para o resgate dos bancos.
Para o professor de Economia da PUC de São Paulo, José Nicolau Pompeo, a medida é uma forma de recapitalizar apenas os bancos espanhóis e não de reaquecer a economia.
Clique aqui para ouvir
Com isso, pode haver maior queda do PIB espanhol e de outros países da zona do Euro.
Na prática, isso significa retração econômica também com reflexos para países que exportam para a Europa.
Ou seja, os problemas espanhóis podem impactar o Brasil.
Clique aqui para ouvir
Por outro lado, o professor do Departamento de Economia da Universidade de Brasília, José Luis Oreiro, acredita os mercados deverão respirar mais aliviados após esta ajuda.
Clique aqui para ouvir
E com este respiro do mercado, a expectativa é de aquecimento na economia.
Clique aqui para ouvir
A Espanha é o quarto país a pedir ajuda internacional para seus bancos.

Recuperação espanhola só acontecerá com fim das medidas de austeridade (Jornal do Brasil, 17/05/2012)

22 terça-feira maio 2012

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Crise do Euro, Espanha, Medidas de Austeridade

Especialistas ouvidos pelo JB acreditam que afrouxo na austeridade acontecerá em breve

 

A economia espanhola entrou oficialmente em recessão, ao registrar queda de 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (17) pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). 

Os dados assustaram os mercados em todo o mundo, e fizeram com que as bolsas despencassem. O índice Ibovespa fechou em forte queda de 3,31%. Com medo de uma crise ainda mais profunda, os investidores buscaram a segurança da divisa americana, e o dólar terminou cotado a R$ 2,0061, alta de 0,23%.

Esta é a segunda vez que a Espanha registra crescimento negativo desde que a crise econômica estourou em 2008. Segundo especialistas ouvidos pelo Jornal do Brasil, enquanto as medidas de austeridade continuarem, as nações do velho continente encontrarão dificuldades para se recuperar.

A perspectiva para as próximas semanas é de um “ciclo de divulgação de dados que mostra piora nas condições fiscais”, acredita o economista José Oreiro, professor da Universidade de Brasília (UnB). 

Segundo o especialista, “um país em recessão tem mais dificuldades, crescerá o custo de captação da Espanha nos mercados europeus, o que acaba batendo negativamente no país, porque encarece o crédito bancário, agravando ainda mais a recessão”, analisa.

A Itália acompanhou a Espanha na queda, e também registrou desaceleração de 0,8% no primeiro trimestre deste ano, enquanto a França ficou estagnada. Os números refletem um círculo vicioso que se instalou no continente desde que a Alemanha promoveu medidas rígidas para controlar a crise nos países europeus. É o que afirma o economista Pedro Paulo Bastos, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). 

“Os países periféricos cresceram à base de muito crédito, principalmente dos bancos alemães, e aumentos salariais, que reduziram a competitividade destes países. Com a crise, as instituições financeiras contiveram o crédito, aumentando os juros e reduzindo o crescimento ao mesmo tempo em que se aumentou a dívida pública”, explica.

Com a contração dos gastos públicos, a arrecadação tributária diminuiu sensivelmente, o que limita ainda mais a capacidade do governo de financiar os bancos. Além disso, a alta taxa de juros dificulta o pagamento das dívidas pelos cidadãos e empresas, afirma Bastos.

Perspectivas

As medidas de austeridade não têm funcionado e, com isso, as conturbações políticas na Europa começam a surgir, com a oposição ganhando cada vez mais poder. Na França, a crise econômica derrubou Nicolas Sarkozy da presidência, levando o socialista François Hollande, forte opositor das políticas alemãs, ao cargo mais alto do país. 

“Foi decisiva a eleição de Hollande, que vai procurar construir um mecanismo que permita a retomada do crescimento da Europa, como o uso de um Banco Central de Investimento, que  propiciará recursos para investir em projetos de longo prazo”, afirma Oreiro.  

A vitória deve determinar uma mudança na forma como os dois principais países lidarão com a crise e pressionará a Alemanha a afrouxar as duras regras econômicas que impôs.

“A única forma destes países saírem da crise é através do aumento dos gastos públicos, investimento e prolongamento dos prazos para pagamento das dívidas. O problema é que a Alemanha não quer perder o seu poderio como exportador e ainda pretende proteger seus bancos”, analisa Pedro Paulo. 

A nação, uma das poucas a registrar crescimento positivo no ano, está pressionada pelos fracassos de suas políticas e não pode, segundo Bastos, correr o risco de ver a França em recessão. Apesar das possíveis mudanças no futuro, a Espanha ainda vai sofrer por mais tempo. 

“Eu acho que é muito difícil pro ano de 2012 fechar com crescimento positivo, o que acredito que deve acontecer este ano é que depois do 3º trimestre exista uma estabilização da atividade, mas recuperação fica só mesmo para 2013”, finaliza Oreiro. 

Carolina Mazzi

 

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Graduado em Economia pela FEA-USP. Mestre e Doutor em Economia pela Fundação Getúlio Vargas em São Paulo. Foi pesquisador visitante nas Universidades de Cambridge UK e Columbia NY. Foi economista, gestor de fundos e CEO em instituições do mercado financeiro em São Paulo. É professor de economia na FGV-SP desde 2002. Brasil, uma economia que não aprende é seu último livro. Conselheiro da FIESP e Economista-chefe do Banco Master

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