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José Luis Oreiro

~ Economia, Opinião e Atualidades

José Luis Oreiro

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A apologia da destruição (*)

23 quinta-feira abr 2020

Posted by jlcoreiro in "nova ordem", Herr Bolsonaro

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"nova ordem", Herr Bolsonaro

(*) Artigo escrito por Guilherme Antonio Fernandes ( Doutor em Direito pela USP, é professor, advogado em São Paulo e pesquisador do Gebrics–USP)

Em recente artigo ao jornal El País, Vladimir Safatle apontou o quanto o poder é capaz de transformar e moldar personalidades. Em uma abordagem que remonta ao célebre livro de Freud, “Moisés e a religião monoteísta”, Safatle demonstrou sua preocupação com o discurso bolsonarista, capaz de levar pessoas às ruas em meio a uma grave pandemia e até de impedir ambulâncias de seguirem o seu caminho. Ou seja, sua preocupação de que a narrativa do absurdo, mas bem engendrada é capaz de cooptar mentes e corações. A lógica do poder molda pessoas numa construção de cima para baixo. Isto é, aqueles que seguem o líder desejam a semelhança para com o líder.

A grande preocupação de Safatle está, na realidade, na consolidação da parcela da população que foi cooptada pelo discurso bolsonarista, enquanto todo o resto da população brasileira assiste pacientemente o bolsonarismo ousar, avançar limites, ousar novamente e avançar mais limite em um grave contexto de pandemia, no qual vidas estão em jogo. Isto é, o inadmissível de ontem é temperado com a paciência daqueles que não acham o momento adequado para deter-se os arroubos autoritários do presidente e de seu séquito. Afinal, se o inadmissível de ontem se contornar, amanhã o inadmissível será bem maior, até o momento em que o inadmissível nos roubará ou a democracia, ou, como tem feito com muitos, a vida.

A preocupação de Safatle merece reflexão. Não há dúvidas de que a lógica de potência permeia o discurso bolsonarista. Não se nega que o discurso sedutor de Jair Bolsonaro faz com que todo seguidor se torne automaticamente um revolucionário: pela pátria, pela não corrupção e pela salvação do Brasil. Trata-se de uma retórica populista extremamente violenta. Todavia, é necessário que se demonstre que o populismo de Bolsonaro não é somente violento, ele é também apolítico e dai deriva a sua nocividade para o cenário político brasileiro.

Hannah Arendt, em seu brilhante “Sobre a Violência”, fruto de suas reflexões a respeito do contexto da rebelião estudantil de 1968, da Guerra do Vietnã e do papel dos meios violentos de resistência à opressão, observou o quanto a violência no século XX encontrou na tecnologia a sua forma de se multiplicar. O exemplo limite da instrumentalização da violência foi a nuclearização do planeta. Ou seja, a criação da bomba atômica e o equilíbrio internacional baseado no medo da destruição total.

Nesse sentido, para Arendt, a violência potencializada pela revolução tecnológica moldou o século XX. Século que talvez poderia ter recebido a alcunha de “o tempo em que a violência triunfou”, pois marcado pelos campos de extermínio nazistas e stalinistas, pelo genocídio entre hutus e tutsis em Ruanda, pelo desmembramento da ex-Iugoslávia, pelas perseguições, pelo genocídio no Camboja, pela tortura, pelos massacres em massa de civis em conflitos bélicos, que também moldaram as modernas operações militares.

Para Hannah Arendt todos enxergaram na violência a mais flagrante manifestação do poder. Aliás, quem nunca ouviu a máxima de Clausewitz? A violência foi, portanto, entendida como o máximo domínio do homem sobre homens, por meio de um comando efetivo. Deste modo, a violência seria, então, o instrumento mais hábil para se gerar poder.

Contudo, para Hannah Arendt a violência não gera poder, o que ela gera é a potencialização da própria violência, e, por fim, o seu clímax, que é a destruição total. O poder não deriva da violência, pois ele é fruto da capacidade humana de agir em conjunto e, desta forma, ele requer a ação do homem no espaço público. Assim, para que haja a formação do poder é necessário que o homem possa agir no espaço público por meio da ação, por meio de seus atos e palavras, que o revelam. Portanto, para Arendt poder e violência são opostos. Onde há a geração de poder, não há violência. O poder não precisa de violência e, por não precisar, é capaz de se sustentar sem a sua utilização.

Onde há violência, não há poder. A desintegração da ação pública, por meio da impossibilidade da coordenação e do encontro de opiniões diversas é o fruto da violência. Assim, a violência visa destruir o poder e para que ela se sustente, ela precisa da violência contínua. Ou seja, a violência caminha rumo a sua autodestruição, porque ela necessita o tempo todo da manutenção violenta.

Arendt compreendeu, portanto, que a violência é instrumental, enquanto o poder nasce da capacidade de agir em conjunto. Logo, para que haja poder é necessário que haja liberdade e pluralidade. Ou seja, é necessário que o espaço público seja o lugar do respeito à pluralidade humana, que é, talvez, a sua ideia política mais fundamental. O poder, portanto, é político, porque ele é construído dentro da política. A violência, então, é apolítica, porque ela é a sua negação.

Nas definições de Arendt, o vigor, então, seria algo no singular, físico, típico de um indivíduo, enquanto a força derivaria da energia liberada pelos movimentos físicos ou sociais. Já a autoridade seria o reconhecimento inquestionável, que não necessita de qualquer coerção ou persuasão e que não é destruído pela violência, mas sim pelo desprezo. A violência, nesse sentido, é capaz de multiplicar o vigor individual. Daí a sua conclusão de que a violência extrema é o um contra todos.

Assim, ao invés de retomar Freud, relembro Hannah Arendt, para demonstrar que o bolsonarismo não é uma ideologia política, derivada do poder, mas sim uma ideologia fincada na violência. O discurso bolsonarista não busca o agir em conjunto dos brasileiros. Muito pelo contrário, ele busca dividir os brasileiros por meio da construção das dicotomias fundamentadas para impedir a coordenação de ações; isto é, na divisão entre amigos/inimigos, patriotas/traidores; bolsonaristas/corruptos; bolsonaristas/comunistas; bolsonaristas/vagabundos; bolsonaristas/velha política; dentre outros.

A revolução tecnológica das redes sociais permitiu a instrumentalização da violência virtual. Engana-se quem acha que o mundo virtual está voltado para a construção de uma esfera pública nova. O que se tem visto é, na realidade, a publicização da esfera privada e de todas as suas frustrações. O mundo virtual vive a potencialização da violência por meio da agressão verbal e da produção de fake news.

Assim, se a preocupação de Safatle com os limites do inadmissível é válida, também é importante notar que o poder bolsonarista na realidade não molda, ele destrói. O que ele tem feito é destruir o debate político por meio de sua instrumental violência e pela autossabotagem daqueles que, diante da negação da existência de um vírus, colocam a sua vida e a de outros em risco.

O bolsonarismo além de ser uma apologia da violência é apolítico. Seu clímax será a autodestruição. Resta saber quantas vidas serão perdidas até lá.

A apologia da destruição

Entre Vítimas e Vitimizações: uma análise do método Bolsonorista (*)

11 sábado abr 2020

Posted by jlcoreiro in "nova ordem", Crise do Coronavírus, Herr Bolsonaro

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"nova ordem", Crise do Coronavírus, Herr Bolsonaro

 

(*) Escrito por Guilherme Antonio Fernandes (**) com exclusividade para o blog de José Luis Oreiro

(**) Doutor em Direito pela USP. Mestre em Integração da América Latina pela USP. Bacharel em Direito pela USP. Professor e advogado

Em recente artigo publicado na Revista Piauí, intitulado de “Uma esfinge na presidência” (https://piaui.folha.uol.com.br/materia/uma-esfinge-na-presidencia/) , o cientista político Miguel Lago brilhantemente analisou o método bolsonarista de fazer política nas redes sociais. Apontou que Bolsonaro soube compreender aquilo que os demais políticos do establishment político brasileiro pareciam ainda não ter entedido bem na época das eleições: como se mover politicamente dentro das redes sociais a partir da construção da polarização e da divisão do cenário político em dois grandes compartimentos. Isto é, dividir o mundo das redes sociais em duas grandes correntes, uma a favor de Bolsonaro, que estaria automaticamente associada a uma suposta “nova política”, aliada à bandeira da anticorrupção, e a outra contra Bolsonaro, que estaria automaticamente associada à corrupção e aos vícios do que chamou de “velha política brasileira”. Deste modo, Bolsonaro soube construir sua campanha por meio de uma avalanche de desinformação, violenta e agressiva, movida por meio de fake news, que serviram para alimentar o clima de ódio e contraposição entre os dois campos nos quais dividiu o cenário brasileiro completamente. O mundo virtual dividiu o mundo real.

Miguel Lago captou que Bolsonaro possui esse método claro de fazer política dentro das redes sociais: provoca para ser atacado, ataca para ser vitimizado. Ou seja, ataca para movimentar com força sua máquina de  fake news e fazer a sua falange de seguidores responder, acriticamente, aos seus comandos de defesa. Esse é justamente o método que Bolsonaro utiliza para navegar no cenário político. Cria suas narrativas vitimizadoras, escolhe seus adversários ao sabor do momento, um a um, caracterizando-os como obstáculos que precisam ser retirados, imediatamente, para que possa levar a nação brasileira a sua “terra prometida” e limpar o Brasil de todos os seus vícios. Isto é, a tática bolsonarista é a da construção permanente de inimigos. Se nas eleições o inimigo era o PT e o seu antagonista maior o ex-presidente Lula, agora o inimigo é outro: o governador do Estado de São Paulo João Dória, que assume, na realidade, o papel de representante encarnado dos governadores e prefeitos que impedem, segundo o método bolsonarista, que a nação prospere.

A tática de Bolsonaro é tão evidente que sites como “jornal da cidade online” ou “Brasil sem medo” são fontes inesgotáveis da sua claque virtual. Aliás, basta apenas uma breve piscadela em um desses sites para se perceber o quanto são seguidores fiéis de seu indireto chefe. Todavia, para o fiel seguidor virtual de Bolsonaro, já não mais capaz de exercer o juízo crítico, pois já refém do método bolsonarista em transformar pessoas em seguidores fanáticos, em replicadores de robôs que disparam os ataques agressivos aos seus inimigos, todas as notícias ali veiculadas são prontamente espalhadas.

Foi, portanto, justamente nesse sentido que Miguel Lago percebeu que o que Bolsonaro mais deseja agora é aquilo que parece ser o palco perfeito para a sua vitimização maior: um processo de impeachment. Ou seja, Bolsonaro quer o impeachment. Bolsonaro quer ser contraposto pelo Congresso e pelo Poder Judiciário para que possa dar a sua cartada final em seu projeto de poder: disparar nas redes sociais e com a força dela construir sua base de apoio popular para derrotar as instituições democráticas brasileiras que “querem seu impeachment”. Afinal, nada melhor do que forças obscuras da velha política (talvez aqui o leitor tenha um breve deja vú…), corrupta e carcomida, personalizadas num processo de impeachment contra o salvador da nação brasileira. Nada melhor do que os inimigos concretos contra o mito. O impeachment seria a batalha triunfal de Bolsonaro contra a corrupta política brasileira. Ou seja, a melhor oportunidade de novamente dividir o Brasil em dois; a favor e contra.

Bolsonaro precisa mais do que nunca provocar para que o impeachment venha. Ele quer isso, ele deseja isso. Não são por acaso suas provocações em sair às ruas e contrariar tudo que o mundo tem dito sobre isolamento social todos os dias. Ele faz isso conscientemente, sabendo que o quanto mais provocar, mais seu exército virtual o defenderá e quanto mais indignação causar, mais indignado e violentamente seu séquito o defenderá. Bolsonaro é justamente a vítima das vítimas, que precisa derrotar seus inimigos.

Contudo, é interessante se anotar que apesar da não mudança no método bolsonarista, Bolsonaro talvez se esqueça que ganhar uma eleição é uma coisa, governar um país com fortes instituições é outra. O pleito eleitoral é um momento mais curto do que um governo de quatro anos. Além do mais, a aposta de Bolsonaro em seguir com seu método sem a base concreta de um partido político, articulado no mundo não virtual com as forças políticas que emergem do cenário brasileiro, pode lhe custar muito caro. É de se pensar que a própria sobrevida que o Partido dos Trabalhadores possui hoje muito se dá ao fato de ser um partido com forte base orgânica e estrutural, que o sustenta desde a sua fundação. Fosse qualquer outro partido brasileiro, não teria resistido depois de tamanha flagelação. Se o Partido dos Trabalhadores compreendeu isso e buscou mudar o seu discurso, isso é outra história. Contudo, não se nega que o partido subsiste. Assim, é exatamente aqui que talvez esteja uma das apostas equivocadas de Bolsonaro, tentar continuar a governar apenas com seu método virtual, sem base partidária alguma.

Além disso, nas eleições o método bolsonarista ainda era algo nebuloso. Hoje as reações a esse método já se constroem. É notória a existência de um Gabinete do Ódio, que aliás, causa perplexidade por não ser caracterizado como motivo para processos judiciais contra o vereador do Rio de Janeiro que o comanda do Palácio do Planalto sem sequer ter um cargo no governo federal. De qualquer maneira, a aposta de Bolsonaro em governar o tempo todo por esse método é uma jogada arriscada, pois um dia aquele que foi vítima do seu método aprende a lidar com ele. O jogo de Bolsonaro já não mais possui a vantagem do ineditismo.

Outro ponto importante a ressaltar é que o método de construção de inimigos talvez agora venha a falhar. Era mais fácil contruir do petismo o antagonista de Bolsonaro do que João Dória. Por quê? Porque João Dória não está preso, não está concorrendo no pleito eleitoral, é governador, tem mandato, comanda o Estado mais rico da nação e passa a liderar a grande maioria dos governadores brasileiros, representando o próprio institucionalismo da ordem federativa construída na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Ou seja, Bolsonaro talvez não tenha bem compreendido que o governo federal pode muito, mas não pode tudo e que além de sua “caneta”, existe a toga do Poder Judiciário, os mandatos legítimos de deputados e senadores, assim como as “canetas” dos prefeitos e governadores.

O mais grave de tudo é que hoje o método bolsonarista está a todo vapor em um contexto extraordinário: a luta contra uma pandemia. Bolsonaro usa seu contínuo método ignorando que, na sua tentativa de construir novos inimigos, a vida de brasileiros está sendo perdida. Ou seja, Bolsonaro, que não consegue oferecer nada, absolutamente nada além do seu método de governar pelas redes sociais, não se atenta para o que é gritantemente urgente: brasileiros estão morrendo. A perda de vidas por conta do coronavírus somada à inevitável recessão econômica lhe custará muito caro. Sua constante provocação a estimular os brasileiros a saírem as ruas se apegando a falsas narrativas e a promessas científicas ainda não comprovadamente seguras, como o uso da hidroxicloroquina, com o objetivo claro de polarizar e radicalizar o cenário político e quiçá provocar um processo de impeachment, levará, como tem levado, ao afrouxamento da quarentena e a um aumento gigantesco do número de contaminados e vítimas fatais.

Bolsonaro não se importa que vidas brasileiras sejam perdidas. Afinal, se realmente se importasse, já teria mudado sua própria orientação, tal como seu ídolo assim o fez nos Estados Unidos. Talvez Bolsonaro não se importe não porque seja um ser humano sem a capacidade de sentir empatia, mas porque não consegue mudar seu método de fazer política. Bolsonaro é um político que quer governar nos braços do povo e por meio desse mesmo povo ter carta branca para comandar o país do jeito que bem entender. Bolsonaro, na realidade, está ainda em êxtase por ter conseguido chegar onde jamais imaginaria ter chegado tão rapidamente, o que explica o seu apego ao  método de fazer política nas redes sociais, que é incapaz de largar.

Contudo, Bolsonaro pode ser a próxima vítima do método bolsonarista…afinal, construir inimigos em um momento em que brasileiros estão perdendo a vida por conta de algo que vai muito além dos anseios políticos, é um grande equívoco. Jogar a culpa pela morte de brasileiros em seus inimigos políticos é um jogo cruel e irresponsável. O método bolsonarista de fazer política está nos custando muito caro e dar um processo de impeachment a Bolsonaro é tudo que ele quer no momento.

O mais importante agora é salvar a vida dos brasileiros diante da terrível ameaça do coronavírus.

Caso o apego ao seu método não provoque circunstâncias que o levem a renunciar, talvez seja melhor simplesmente ignorá-lo, por ora.

Nota sobre o Pronunciamento do Presidente da República

25 quarta-feira mar 2020

Posted by jlcoreiro in "nova ordem", Herr Bolsonaro

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"nova ordem", Fim do Brasil, Herr Bolsonaro

Assisti hoje o discurso do Presidente da República na esperança de que a gravidade da situação pudesse despertar naquela alma atormentada um pouco do sentido do dever e da dignidade do cargo. Não fiquei decepcionado. Fiquei horrorizado. O Presidente da República adotou um discurso incendiário, culpando a imprensa, os governadores e prefeitos pelo clima de pânico reinante no país. Outra vez veio com o discurso anti-ciência de que o coronavírus é uma simples gripe, passando por cima da colossal evidência empírica que mostra a enorme quantidade de mortos, inclusive entre pessoas com menos de 65 anos de idade. Não tenho a menor dúvida de que Bolsonaro deseja, no seu íntimo, que o caos social se instaure no Brasil. Lembro bem da entrevista que ele concedeu nos anos 1990 – logo após a crise cambial do início de 1999 – de que os problemas do Brasil só seriam resolvidos por intermédio de uma guerra civil na qual fossem mortos uns 30 mil brasileiros. Essa frase saiu da boca dele. Muitos disseram que era blefe, que ele apenas queria chamar atenção pra si. O mesmo foi dito de Adolf Hitler quando ele assumiu o cargo de Chanceler da Alemanha em 1933. O resultado é sobejamente conhecido. Rezo a Deus para que não tenhamos que esperar até a destruição do país e sua ocupação por potências estrangeiras para nos livrarmos desse maníaco.

Moro e Bolsonaro apontam rumos opostos para Ministério da Segurança Pública (Correio Braziliense, 23/01/2020)

24 sexta-feira jan 2020

Posted by jlcoreiro in "nova ordem", Joaquim Levy

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"nova ordem", José Luis Oreiro

Bolsonaro diz que vai avaliar a recriação do Ministério da Segurança Pública, área sob o comando do ex-juiz na pasta da Justiça. Declaração do chefe do Executivo foi feita em reunião com secretários estaduais do setor, sem a presença do ministro

IS Ingrid Soares MB Marina Barbosa

postado em 23/01/2020 06:00

A recriação do Ministério da Segurança Pública está no radar do presidente Jair Bolsonaro. Ele recebeu, nesta quarta-feira (22/1), 18 secretários estaduais da área, que pediram a volta da pasta, e prometeu estudar a medida. Criado em 2018, no governo Michel Temer, o ministério foi extinto pelo atual chefe do Executivo no enxugamento da Esplanada. A iniciativa, uma das primeiras medidas adotadas pelo governo, reduziu de 29 para 22 o número de pastas. Atualmente, a área está vinculada à Justiça e é comandada por Sérgio Moro. A eventual divisão diminuiria os superpoderes do ex-juiz e, portanto, provocaria novo desgaste dele com o comandante do Planalto. Um dos nomes cotados para assumir o eventual novo cargo é o do ex-deputado Alberto Fraga (DEM), amigo de Bolsonaro.

O chefe do Planalto mencionou o assunto em live transmitida nas redes sociais, durante a reunião com secretários de Segurança de estados e do DF, que apresentaram uma lista de pedidos. Entre as demandas, além da recriação da pasta, estão a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para materiais de segurança e a transferência de presos de alta periculosidade.

“É dever de todos, sem exceção, zelar pela segurança pública. Todas as sugestões serão analisadas e buscaremos, na medida do possível, dar uma solução para esse problema. Apesar do trabalho dos senhores ter diminuído o índice de violência, reconhecemos que ainda está em alta em relação aos números de outros países”, afirmou. “A busca pela diminuição da violência no Brasil tem de ser compartilhada por todos nós. Resolvendo parte, diminuindo os índices da violência, a gente faz a economia rodar, muita coisa acontecer.”

Na live, Bolsonaro comentou sobre o pedido dos secretários para a recriação do Ministério da Segurança Pública. “Talvez, pelo anseio popular de ter dificuldade nessa área, de ser, talvez, o ponto mais sensível em cada estado, essa possível recriação poderia ser melhor para gerir a questão da segurança. É esse o entendimento dos senhores?” Os secretários confirmaram, e Bolsonaro se comprometeu a avaliar.

O secretário de Segurança da Bahia, Maurício Teles Barbosa, foi um dos que sugeriram o retorno do ministério. “Temos de tentar dar um olhar um pouco mais próximo à pasta da Segurança para que a gente tenha essas questões sendo tratadas de forma direta”, frisou. O ministro Sérgio Moro, no entanto, não participou da reunião. Ele estava num encontro sobre crimes cibernéticos com representantes do governo dos Estados Unidos.

Despesas

O economista Gil Castello Branco, secretário-geral do Contas Abertas, afirmou que a eventual criação de um ministério terá impacto nas despesas públicas. “Sob o ponto de vista do orçamento, o gasto vai aumentar, pois passa a ter dois ministros, mais cargos de secretários de primeiro escalão. Esse possível retorno demonstra que houve, desde o início, uma pressão mais política do que técnica”, avaliou.

Para o economista José Luis Oreiro, a verba, possivelmente, seria dividida entre os ministérios da Justiça e da Segurança Pública e, portanto, não haveria um grande impacto econômico. “Não vejo problema. Criou-se uma lenda urbana de que o número de ministérios aumenta as contas. Nesse caso, os cargos são poucos. Vai passar uma parte do Ministério da Justiça para o de Segurança”, argumentou. “O impacto sobre o orçamento é pequeno, duvido que passe de R$ 200 milhões por ano e, de fato, pode ter ganhos de eficiência, desafogando Moro. Boa parte do custo é para realocar funcionários que estavam em um ministério grande.”

Demanda

Quando aceitou o convite para ser ministro, Moro tinha como meta combater a corrupção e o crime organizado, o que deixava implícita a junção das pastas. A redução nas taxas de violência em 2019 tem sido comemorada por ele, que atribui parte da queda à sua gestão no ministério. O ex-juiz também fazia questão de ter o Conselho de Controle de Atividade Financeira (Coaf) sob o seu comando, o que já perdeu.

Maia aprova recriação

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se mostrou favorável à recriação do Ministério da Segurança Pública. Ele disse que, além de ser importante para a redução da criminalidade, a pasta é necessária para corrigir uma falha do Executivo. “O fim do ministério, no início do governo Bolsonaro, foi um erro do próprio governo”, frisou. “Um governo que foi eleito com a pauta da segurança pública acabar com o ministério que foi, enfim, criado no governo de Michel Temer, que é umas agendas prioritárias da sociedade, foi uma sinalização ruim para o próprio governo”, emendou, nesta quarta-feira (22/1), na residência oficial da Câmara.

Maia indicou que a ideia de recriar o ministério representa um avanço no combate ao crime e um aceno para o público que elegeu Bolsonaro confiando na pauta da segurança pública, mas que, recentemente, se mostrou insatisfeito com medidas como a sanção do juiz das garantias. “É uma sinalização de priorização do tema da segurança pública, que, de fato, precisa de uma política concentrada no tema”, afirmou.

Da mesma forma, Maia disse que a recriação do Ministério da Cultura, que começou a ser cogitada pelo Planalto como uma forma de atrair a atriz Regina Duarte para o primeiro escalão do governo, é positiva. “Vai reorganizar a relação do setor com o governo, que vem muito machucada nos últimos meses”, avaliou. Ele disse, ainda, que as medidas não vão, necessariamente, impactar no orçamento do governo.

O que faz um professor universitário?

05 domingo maio 2019

Posted by jlcoreiro in "nova ordem", Bolivarianismo de direita, Herr Bolsonaro, perseguição as universidades federais

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"nova ordem", Bolivarianismo de direita, perseguição as universidade federais

 

O que faz um professor universitário? Em primeiro lugar, todo professor de IFES é obrigado por lei a dar, no mínimo, 8 horas de aula por semana, sendo obrigatoriamente 4 horas na graduação (Lei Bresser). Em segundo lugar, o professor precisa orientar monografias de conclusão de curso de graduação, dissertações de mestrado e teses de doutorado. Estas duas ultimas caso deseje o “privilégio” de dar aula na pós-graduação, sem nenhum adicional de rendimento. O professor também precisa participar das reuniões de colegiado da graduação e da pós-graduação. Precisa emitir pareceres sobre artigos enviados para revistas científicas, precisa participar de encontros/congressos científicos no Brasil e no exterior. Frequentemente, o professor ou professora é demandado(a) pela imprensa para esclarecer alguma questão relevante para o grande público, é convidado para participar de audiências públicas na câmara dos deputados ou no senado para debater projetos de interesse do país. As atividades de pesquisa e extensão não precisam ser desempenhadas no espaço físico da Universidade, pois a tecnologia disponível hoje em dia permite que 80% das atividades de um professor universitário possam ser feitas em qualquer lugar, inclusive sua casa. A imensa maioria dos professores universitários tem jornadas de trabalho superiores a 40 hs por semana, pois desempenham boa parte de suas atividades em casa, no regime de home office, que aliás está previsto na nova reforma trabalhista. Tirando alguns casos isolados, não somos vagabundos e trabalhamos diariamente pela Grandeza do Brasil.

Ao contrário do que muitos acreditam a progressão funcional dos professores universitários não é automática. No caso da UnB, os professores precisam comprovar pontuação mínima em docência, orientação, produção científica, orientação e atividades administrativas. Todo processo de progressão funcional passa por várias instâncias dentro da Universidade, onde os dados são checados e rechecados. Só então, cumpridas essas etapas burocráticas, a progressão funcional é concedida. Trata-se do sistema mais meritocrático existente no serviço público brasileiro. O espaço para favoritismo ou perseguição política é muito pequeno.

Por fim um comentário sobre fake News. Eu nunca vi nenhum aluno ou aluna pelado ou pelada no campus da UnB. Também não vi ninguém fumando maconha. É claro que essas coisas ocorrem. Não sou ingênuo. Como também ocorriam no IBMEC-RJ quando eu era professor de lá (1996-2001). Mas não se trata desse comportamento generalizado que os neo-fariseus fascistas querem fazer crer ao resto da população.

As potencias do inferno nunca prevalecerão contra ela

11 segunda-feira fev 2019

Posted by jlcoreiro in "nova ordem", Herr Bolsonaro

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"nova ordem", Herr Bolsonaro, Papa Francisco

Segundo matéria publicada no Estadão de hoje (https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,planalto-recorrera-a-italia-para-evitar-ataques-de-bispos,70002715947.amp?utm_source=estadao%3Atwitter&utm_medium=link&__twitter_impression=true&fbclid=IwAR2RNeG2y2kpZDk9QlG7fWXrEC0AAfMGAokkctAyfwPqANk5lOARcn0FYwc) o governo do (Herr) Presidente Jair Bolsonaro irá recorrer ao governo italiano para evitar ataques dos Bispos ao governo durante o Sínodo sobre a Amazônia a ser realizado em Roma no próximo mês de outubro.

Isso só pode ter partido de algum Bolsominion idiota que não faz a mais remota ideia de que o Estado Italiano não vai pressionar a Igreja Católica “nem que a vaca tussa”. Se Mussolini que tinha poder quase absoluto na Itália teve que fazer uma concordata com o Papa, na qual reconheceu a Soberania da Igreja Católica sobre o território que atualmente constitui o Estado do Vaticano (feito esse que levou a abertura da via de la conciliazone em Roma), permitindo assim ao sucessor de São Pedro deixar de ser prisioneiro do Palácio do Vaticano; não vai ser um governinho mequetrefe de direita que vai dobrar a Santa Sé. É bom lembrar também que quando São João Paulo II foi eleito Papa, ao fazer sua primeira visita de Estado a Polônia, foi recebido pelo General-Presidente do País que tremia mais do que vara verde diante do “homem de branco”;  quem, nas palavras do Camarada Stálin, não tinha poder real porque não tinha nenhum exército. A barca de Pedro navega a 2 mil anos, sob constantes ataques das ondas do mar, mas sem afundar por que é conduzida pelo filho do Altíssimo. Foi o próprio Cristo que disse que “as potências do inferno” nunca prevalecerão contra ela. Se o governo Bolsonaro insistir em antagonizar a Igreja poderá ter o mesmo destino que o governo comunista da Polônia; assumindo Francisco o papel para desestabilizar a “nova ordem” no Brasil que foi desempenhado por São João Paulo II para varrer o comunismo da Europa Oriental 

Segundo especialistas, discurso de Bolsonaro em Davos foi superficial (Correio Braziliense, 23/01/2019)

23 quarta-feira jan 2019

Posted by jlcoreiro in "nova ordem", Bozo nas Europas, Forum Economico Mundial de Davos 2019

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"nova ordem", Forum Economico Mundial, Herr Bolsonaro, Passando vergonha na Suiça

O presidente Jair Bolsonaro fez ontem sua estreia internacional com um discurso de seis minutos no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. Foi o primeiro chefe de Estado a falar no evento deste ano. Sucinto, tocou nos pontos que a plateia de investidores mais estava interessada: o governo busca melhorar o ambiente de negócio no Brasil, com desburocratização, incentivo ao comércio internacional e redução da criminalidade. Ele enfatizou também o meio ambiente, tema sensível ao público mundial e sobre o qual pairam dúvidas quanto às ações que serão promovidas no mandato dele. À noite, em reunião com empresários, ele afirmou que, por ora, o Brasil vai continuar no Acordo de Paris sobre o clima.

Por meio do Twitter, Bolsonaro destacou que foi o primeiro líder de um país no Hemisfério Sul e de fora do G7, o grupo das nações mais ricas, a discursar na abertura do evento. A intervenção dele teria, a princípio, 45 minutos. Foi reduzida para meia hora. Mesmo com as questões, porém, não passou de 16 minutos no total. Houve críticas de analistas quanto à superficialidade das propostas apresentadas. A recepção do público local foi fria, com poucos aplausos ao final, indicando certa decepção, já que a procura por ingressos para garantir um lugar no auditório havia sido grande.

Logo depois de chegar ao púlpito, Bolsonaro disse, espontaneamente, estar “emocionado” por se dirigir à plateia. Em seguida, começou a ler um discurso preparado por ministros e assessores. Destacou o fato de ter vencido as eleições “gastando menos de US$ 1 milhão e com oito segundos de tempo de televisão, sendo injustamente atacado a todo tempo”.

Em relação a mudanças constitucionais ou legais, ele apenas citou a intenção de fazê-las, sem detalhes. “Gozamos de credibilidade para fazer as reformas de que precisamos e que o mundo espera de nós”. Procurou se calçar na qualidade da equipe, citando a presença dos ministros das Relações Exteriores, Ernesto Araújo; da Economia, Paulo Guedes; e da Justiça, Sérgio Moro. “Vamos investir pesado na segurança para que vocês nos visitem com suas famílias, pois somos um dos primeiros países em belezas naturais, mas não estamos entre os 40 destinos turísticos mais visitados do mundo”, ressaltou. “Conheçam a nossa Amazônia, nossas praias, nossas cidades e nosso Pantanal. O Brasil é um paraíso, mas ainda é pouco conhecido.”

Ele disse considerar injustas as críticas dirigidas ao governo pela política ambiental. “Somos o país que mais preserva o meio ambiente. Nenhum outro país no mundo tem tantas florestas como nós”, destacou. Há, porém, cerca de 30 países pobres e ricos com níveis de preservação de biomas equivalentes ou superiores aos do Brasil, incluindo Coreia do Sul, Japão, Finlândia, Rússia, Suriname e Congo. Para Bolsonaro, o Brasil precisa “avançar na compatibilização entre a preservação do meio ambiente e da biodiversidade e o necessário desenvolvimento econômico”. Os “verdadeiros direitos humanos” e a defesa da família também foram citados no discurso.

Carga tributária

Bolsonaro mencionou a necessidade de reduzir a carga tributária e colocar o país entre os 50 melhores do mundo para fazer negócios – hoje está em 109º lugar no ranking do Banco Mundial. Ele mencionou também a intenção de abrir a economia brasileira e de fortalecer a Organização Mundial do Comércio (OMC), algo que contradiz a intenção dos aliados norte-americanos, que buscam reduzir o poder do órgão.

Quando indagado por Klaus Schwab sobre quais os passos para a transformação econômica do país, o presidente elencou as reformas citadas antes e a ênfase no comércio, acrescentando que “questão ideológica deixará de existir” nas relações diplomáticas. O fundador do Fórum pediu mais detalhes quanto à preservação ambiental, mas tampouco conseguiu obtê-los. “O que pudermos aperfeiçoar, faremos”, se limitou a dizer o presidente.

O mais curto

O discurso de Bolsonaro em Davos foi muito menor do que os feitos por outros presidentes brasileiros que participaram do Fórum. Em 2014, Dilma Rousseff falou por pouco mais de 32 minutos. Alguns anos depois, Michel Temer usou 30 minutos, incluindo perguntas. Já Luiz Inácio Lula da Silva fez três discursos na plenária de Davos, todos incluindo perguntas. Em 2003, falou por 28 minutos; em 2005, por 27 minutos; e em 2007, por 38 minutos.

Investidores esperavam mais

O discurso que o presidente Jair Bolsonaro fez ontem na abertura oficial do Fórum Econômico Mundial dividiu especialistas e economistas no Brasil e no exterior. A maioria, contudo, ficou frustrada e criticou o conteúdo, considerado superficial, em uma fala de apenas seis minutos. O tempo diminuto causou constrangimento, porque sinalizou que chefe de Estado da maior economia da América Latina não teria muito a dizer para a plateia tão qualificada, que retribuiu com aplausos tímidos.

Os investidores queriam mais. Não à toa, logo após o discurso, a Bolsa da Valores de São Paulo (B3), que ensaiava um novo recorde em meio à queda dos mercados internacionais, chegou a despencar 1000 pontos no fim da fala do presidente. De acordo com os especialistas ouvidos pelo Correio, por marcar a estreia do presidente no cenário internacional para um público tão selecionado, foi um desperdício, ainda mais porque ele aproveitou para criticar a esquerda e os defensores do meio ambiente, quando a maior parte dos participantes do Fórum apoia o Acordo de Paris.

“O grande público de Davos é composto por europeus que defendem políticas de meio ambiente”, lembrou o economista Roberto Dumas, professor de economia internacional do Ibmec-SP.

Na avaliação da economista Monica de Bolle, pesquisadora-sênior do Peterson Institute for Internacional Economics (PIIE) e diretora do Programa de Estudos Latino-Americanos da Johns Hopkins University, em Washington, Bolsonaro estava visivelmente desconfortável naquele ambiente. “O discurso tem referências à reforma da Previdência, à abertura econômica, ao fim do viés ideológico – embora tenha um ministro das Relações Exteriores (Ernesto Araújo) que contradiz essa questão -, mas não teve conteúdo. Ele falou dos ministros Sérgio Moro (Justiça) e Paulo Guedes (Economia) como os fiadores da credibilidade desse novo governo”, ressaltou.

Promessa

De Bolle destacou ainda que Bolsonaro fez uma promessa que não será cumprida, de colocar, até o fim do mandato, o país no ranking dos 50 melhores do mundo para se fazer negócios. “Isso será impossível num prazo de quatro anos”, afirmou. Para conseguir atingir esse objetivo, seria necessário superar outros 59 países no ranking Doing Business do Banco Mundial. Neste ano, o Brasil aparece em 109º lugar entre 190 nações.

André Perfeito, economista-chefe da Necton, considerou o discurso de Bolsonaro muito superficial e por isso decepcionou o mercado. “Houve frustração com a brevidade das suas palavras e a falta de conteúdo firme, mas é o que o presidente consegue fazer”, disse. “Criou-se uma expectativa muito grande sobre o discurso porque, até agora, o governo trabalha no campo das ideias, e a concretude aguardada não veio”,  emendou.

No entender de José Márcio Camargo, economista-chefe da Genial Investimentos, o discurso breve do presidente já era esperado, pois ele tinha avisado. “Não houve surpresa. Foi um discurso simples, que fala de tudo o que tinha que ser falado, sem dar margem a grandes críticas, mas também não gera grandes elogios”, resumiu. Ele minimizou a frustração do mercado, afirmando que a B3 caiu, “porque as demais bolsas também caíram”.

Escapadinha

Jair Bolsonaro e o filho Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) deram uma “escapadinha” do Fórum Econômico Mundial na manhã de ontem. Como o presidente tinha compromissos apenas a partir das 15h30, horário local, os dois foram passear de carro pelo resort suíço de pouco mais de 11,1 mil habitantes e escoltados por seguranças. Assessores evitaram comentar a escapada, mas confirmaram que ele almoçou em um supermercado, o Migros – a imagem dele comendo num bandejão foi postada em redes sociais. O último presidente brasileiro que fugiu de cafés e almoços realizados pelos organizadores do Fórum e que acabou “turistando” por Davos foi Fernando Collor de Mello, segundo frequentadores do evento.

Sem encontros bilaterais

A falta de encontros bilaterais no primeiro dia da agenda do presidente Jair Bolsonaro em Davos, na Suíça, causou estranheza entre especialistas e deixou claro que ele delegou as conversas mais detalhadas com investidores e representantes de empresas e de governo para seus ministros em encontros paralelos aos painéis do Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês).

Apesar de haver várias solicitações de encontros bilaterais, Bolsonaro não teve nenhuma reunião exclusiva ao longo do dia. Para hoje, estão previstos apenas dois encontros bilaterais na agenda: com o primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, e com o presidente da Suíça, Ueli Mauer.

“Não é comum para um chefe de Estado que sai do país para um evento do porte do WEF não se encontrar com representantes de outros governos e de grandes empresas. Ao evitar esses encontros bilaterais, que também são importantes nesses eventos, fica parecendo que o presidente foi só passear”, criticou o economista José Luis Oreiro, professor da UnB. Para ele, o discurso de Bolsonaro “foi mais frustrante do que ele esperava”.

Estado Brasileiro que cabe em 20% do PIB é delírio liberal (Diário de Comércio e Indústria, 14/01/2019)

14 segunda-feira jan 2019

Posted by jlcoreiro in "nova ordem", Chile, Herr Bolsonaro, Posto Ipiranga

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"nova ordem", Herr Bolsonaro, Posto Ipiranga

Recentemente o super-ministro da economia, Paulo Guedes, afirmou que a carga tributária ideal para o Brasil é 20% pois “acima de 20% é o quinto dos infernos. Tiradentes morreu por isso.” Considerando que atualmente a carga tributária do Brasil se encontra em 32% do PIB; segue-se que o Brasil teria, na visão do atual czar da economia brasileira, uma carga tributária 60% acima do nível ideal. Paulo Guedes admite que não é possível reduzir a carga tributária brasileira para esse nível “ideal” no curto-prazo; mas que a política macroeconômica brasileira deverá ser orientada a partir de agora para a obtenção desse objetivo no médio/longo-prazo. Para tanto, será necessário controlar a expansão dos gastos públicos, os quais são vistos pelo super-ministro como um “mal maior”.

Mas qual seria o critério que o ministro da economia adotou para chegar a esse número de 20%? Será que a afirmação de Guedes tem algum respaldo na experiência internacional ou seria apenas um “chute” do titular da pasta de economia?

Segundo dados apresentados no livro “Finanças Públicas: Teoria e Prática no Brasil” de autoria de Fabio Giambiagi e Ana Cláudia Além, os gastos públicos como proporção do PIB tem apresentando uma tendência nítida de elevação no período compreendido entre 1960 e 1996 para uma amostra de 13 países desenvolvidos (Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Irlanda, Itália, Japão, Noruega, Nova Zelândia, Reino Unido, Suécia e Suíça). Com efeito, a média do gasto público como proporção do PIB passou de 27,9% nessa amostra de países em 1960 para 45,8% em 1996; um aumento de 64,15% em 36 anos. Deve-se ressaltar que na amostra em consideração nenhum dos países possui gastos públicos como proporção do PIB inferiores a 30%. Se o crescimento dos gastos públicos é um “mal maior” então parece que um número bastante expressivo de países desenvolvidos apresenta a dita moléstia.

Dados mais recentes sobre carga tributária obtidos no site da OCDE (https://stats.oecd.org/Index.aspx?DataSetCode=REV) mostram que a carga tributária média dos integrantes dessa organização foi de 34,2% em 2017. Nessa amostra encontram-se países de renda média ou alta como Portugal com 34,7%; Eslovênia com 36% e Turquia com 24,9%. O único país da OCDE que apresenta o número “mágico” de Guedes é o Chile com 20,2%. Todos os demais países, a exceção do México, possuem carga tributária consideravelmente superior a 20% do PIB. Deve-se ressaltar também que a carga tributária média dos países da OCDE vem aumentando continuamente ao longo dos últimos 30 anos, passando de 31,3% em 1983 para 34,2% em 2017.

A análise fria dos dados – sem a contaminação de preconceitos de natureza ideológica – mostram claramente que (i) os países diferem significativamente entre si no que diz respeito a carga tributária, sendo que a média dos países da OCDE é superior a 20% do PIB; e (ii) o crescimento da carga tributária e dos gastos públicos como proporção do PIB não é uma “jabuticaba brasileira”; mas é um fenômeno secular nos países ocidentais, resultado direto do “sufrágio universal” e do empoderamento das grandes massas de trabalhadores, as quais passaram a demandar serviços públicos de saúde, educação, previdência e assistência social por parte dos seus respectivos governos.

O Estado enxuto de Paulo Guedes que cabe em 20% do PIB é um delírio liberal-tupiniquim, cultivado por quem acredita que o Chile é o modelo a ser seguido pelo Brasil.

O que esperar do novo decreto de armas que Bolsonaro deve assinar nesta sexta (Correio Braziliense, 11/01/2019)

11 sexta-feira jan 2019

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"nova ordem", Herr Bolsonaro

O texto flexibiliza a posse de armas no país


RH Rosana Hessel GV Gabriela Vinhal

postado em 11/01/2019 07:23

(foto: Daniel Ramalho/AFP)
O governo federal deve assinar, hoje, o decreto que flexibiliza a posse de armas no país. A afirmação foi dada pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), após se reunir com o presidente Jair Bolsonaro, ontem, no Palácio do Planalto.

O texto preliminar:

– prevê o aumento do prazo para renovação da autorização de posse de cinco para 10 anos;
– restringe a medida para moradores de “cidades violentas”, que têm mais de 10 mil homicídios por 100 mil habitantes, de áreas rurais e para servidores públicos que exercem funções com poder de polícia, além de proprietários de estabelecimentos comerciais.

Em todos os casos, a determinação é que a pessoa interessada tenha ao menos 25 anos, demonstre capacidade técnica para manusear o armamento, faça uma avaliação psicológica e obedeça a outras exigências presentes no texto que ainda será divulgado. Para cidadãos que vivam em residências com crianças, adolescentes ou pessoas com deficiência mental, a nova legislação criará a obrigação de que o responsável pela arma tenha um cofre para guardá-la.
Segundo David Marques, coordenador de projetos do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a maioria dos estudos sobre o impacto da liberação de armas, realizados pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), mostra que não há melhorias na segurança pública local. Ele chama a atenção ainda para o futuro aumento de armas de fogo circulando entre a população e a manutenção do número de um efetivo para fiscalização. “Em 2017, foi registrado pelo fórum que menos de 5% das armas legais estavam cadastradas no sistema nacional de armas, operado pela Polícia Federal. O governo vai flexibilizar, mas também vai afrouxar o controle”.
A minuta foi elaborada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e encaminhada, na sexta-feira, para a Casa Civil — na pasta, o conteúdo do documento ainda está sendo analisado pela Subchefia de Assuntos Jurídicos (SAJ). Como o tema é proposta de campanha do presidente, o ministro Sérgio Moro atendeu à demanda, por ser um assunto relativo ao ministério que comanda. Mas agora a tarefa é da Casa Civil, que disse estar fazendo ajustes no texto, mas não especificou quando o processo será concluído.
Apesar de o decreto do desarmamento ser uma promessa de campanha de Bolsonaro, para o economista Jose Luis Oreiro, professor da Universidade de Brasília (UnB), não será isso que resolverá o problema da segurança pública no país, muito menos reduzirá a violência. “Se houver uma crise de segurança mais forte no país, o presidente vai se complicar. Esse decreto dando arma ao cidadão não resolverá o problema de curto prazo, que só será solucionado se houver uma unificação do sistema público federal, ampliando a atuação policial nas fronteiras, coibindo a entrada de armas e de drogas”, destaca.

Além das exonerações na Esplanada, governo vai rever 139,7 mil contratos (Correio Braziliense, 07/01/2019)

09 quarta-feira jan 2019

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"nova ordem", Herr Bolsonaro

Ideia é economizar com mão de obra, além de com aluguéis, concentrando a atuação dos servidores


RH Rosana Hessel

postado em 07/01/2019 06:00 / atualizado em 07/01/2019 02:54

                
Na última semana, Esplanada dos Ministérios perdeu quase 4 mil funcionários exonerados pelo governo Jair Bolsonaro. Ideia é economizar com mão de obra, além de aluguéis e subsídios (foto: Monique Renne/CB/D.A Press)
As mudanças na estrutura do Executivo, com extinção e fusão de ministérios, vão resultar na revisão de milhares de contratos. Dados do Ministério da Economia, que incorporou as pastas do Planejamento e da Indústria e Comércio, além de parte do Trabalho, mostram que, nos últimos cinco anos, foram firmados 139.676 contratos em todo o governo, totalizando R$ 165,3 bilhões. A situação, dizem técnicos da Esplanada, é complexa, pois os ministérios agregam vários CNPJs. Com a união de vários deles, não se sabe quem ficará responsável pela administração dos contratos e como será a renegociação, pois se suspeita de superfaturamento e de serviços não prestados, onerando a União além do necessário.
Para se ter uma ideia, apenas sob o guarda-chuva do Ministério da Economia há mais de 700 CNPJs, que terão de ser unificados em um único número, a fim de evitar conflitos entre as fontes pagadoras. As quatro pastas que resultaram no ministério comandado por Paulo Guedes firmaram 34,2 mil contratos nos últimos cinco anos, que totalizam R$ 20,3 bilhões. Os vigentes devem ser revistos e ter aditivos para adequar a fonte pagadora. “Vamos tentar correr, mas não será tarefa nada fácil. O governo é um mundo e cada contrato tem a sua especificidade”, diz um técnico.
Para o economista José Luís Oreiro, professor da Universidade de Brasília (UnB), é natural que um processo tão amplo de reestruturação na Esplanada demande tempo e atenção. Ele lembra que a adequação do caixa de um único ministério criado pelo ex-presidente Michel Temer, o da Segurança Pública, levou quatro meses. “Portanto, o processo de unificação de quatro pastas no Ministério da Economia, que é superestratégico, deve levar muito mais tempo que isso”, frisa. O Painel de Contratos do Governo Federal também contabiliza documentos do Ministério da Previdência, incorporado à Fazenda em 2016.
“O importante é que tudo seja feito com cautela”, destaca um auxiliar de Paulo Guedes. “Vamos respeitar o que foi assinado. Mas faremos um pente-fino para ver se os valores fechados estão corretos e seguem parâmetros de mercado. Qualquer empresa séria da iniciativa privada faz isso”, acrescenta. A perspectiva é de que o trabalho de revisão dos contratos e a adequação deles à nova estrutura do governo leve pelo menos seis meses. “Seremos criteriosos com tudo. Governo sério é isso. Nada será feito com atropelos, até para evitar demandas judiciais.”

Credibilidade

Para Oreiro, cautela é importante. Na avaliação dele, ainda não está claro se é um bom negócio unificar quatro pastas para dar origem ao Ministério da Economia. “Temo que todo o trabalho de fusão reduza a energia que precisa ser dispensada para temas importanteS, como as reformas, para incentivar o crescimento sustentado da economia”, destaca. “Estamos esperando o anúncio de medidas de ajuste fiscal. Quanto mais rápido o governo anunciá-las, melhor será para a credibilidade do Executivo”, complementa.
No entender de Felipe Salto, diretor executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), a fusão dos ministérios será uma oportunidade ímpar para que o novo governo faça um pente-fino nos contratos. “A revisão é uma medida importante, que rendeu economia significativa quando adotada em governos estaduais e municipais”, lembra. Mas todo o processo precisa ser criterioso, para que realmente reduza despesas desnecessárias. Não se pode esquecer que as contas do governo federal estão no vermelho desde 2014. E, se nada for feito de relevante, dificilmente voltarão ao azul até 2022.
“A ordem do presidente da República, já repassada durante o período de transição, é para que todos os gastos sejam revistos. Não é possível que, num emaranhado de quase 140 mil contratos, não haja despesas para serem cortadas”, ressalta um assessor do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. “Há sérios indícios de que o governo gasta mais do que o necessário”, frisa. Não por acaso, logo em uma de suas primeiras entrevistas, Lorenzoni disse que o governo passaria a limpo todas as decisões tomadas nos últimos 60 dias da administração de Michel Temer. “Estamos dando o exemplo”, reforça o assessor.
A determinação, acrescenta técnico da equipe econômica, é para que todos deem exemplo. “Quem acompanhou as edições do Diário Oficial da União na primeira semana de governo Bolsonaro viu que não estamos para brincadeira”, destaca um deles.

Ele lembra que somente o Ministério da Economia anunciou a extinção de pouco mais de 3 mil cargos comissionados e funções gratificadas, medida que deverá ser efetivada até o fim do mês, resultando em economia em torno de R$ 30 milhões por ano.
Essa quantia, afirmam analistas, pode ser pequena perto da despesa mensal de R$ 12,9 bilhões que o Executivo tem com a folha de pessoal — são 632 mil servidores ativos, além de milhares de inativos. “Faremos o que for possível. Quando tivermos o resultado final, certamente teremos um bom número para apresentar”, diz o mesmo funcionário do Ministério da Economia. “Temos que lembrar que estamos falando de um governo imenso, inchado, que não tem controle sobre todos os gastos. Duvido que todos os contratos que passarão pelo nosso crivo estão corretos”, enfatiza.
Além da revisão de contratos e do corte de comissionados — estima-se que, no total, quase 4 mil pessoas perderam os cargos em cinco dias de governo —, o governo venderá imóveis e revisará todos os aluguéis, que custam uma verdadeira fortuna. Um dos maiores clientes do governo é o ex-senador da República Luiz Estevão, que está preso na Papuda, condenado por superfaturar obras do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo. “Não é possível que esse senhor seja um dos maiores recebedores de alugueis do governo. Tem algo muito errado nisso”, frisa um assessor do Palácio do Planalto.

Corrupção

Apesar de toda a agitação provocada pela reestruturação da Esplanada, os funcionários dos ministérios que passaram por fusão e incorporação continuam trabalhando normalmente nas respectivas unidades, aguardando o remanejamento das pastas e das secretarias que foram extintas. As unidades regionais de todas as pastas passarão por processos de readequação e unificação, abrigando todos os funcionários em um único prédio em cada capital do país, segundo o secretário da Fazenda, Waldery Rodrigues Júnior. Essa mesma informação foi confirmada pelo ministro Onyx Lorenzoni.
“Há muito por ser feito para termos uma máquina pública enxuta e eficiente”, reforça Lorenzoni. Ele acredita que, da forma como o governo foi estruturado nos últimos anos, se tornou um grande escoadouro de dinheiro público, pois se perdeu o controle de muita coisa. Não à toa, tantas denúncias de corrupção apareceram, irritando a população, que cobra uma gestão mias eficiente dos recursos públicos. A carga de impostos do Brasil é uma das maiores do mundo, de quase 33% do Produto Interno Bruto (PIB). Mesmo assim, as finanças apontam deficits seguidos.
A mesma visão de maior controle valerá para os subsídios, que foram concedidos a rodos sem qualquer critério técnico. Sob o argumento de que esses benefícios, que custam quase R$ 400 bilhões por ano, seriam importantes para incrementar a economia, todos os pleitos foram atendidos. O tempo, porém, mostrou que essa política pouco ajudou o país. O PIB não deslanchou. Não se criou empregos. A pobreza aumentou. “Ou seja, apenas poucos grupos de privilegiados se deram bem”, resume o assessor do Planalto.

139.676
Número de contratos fechados pelo Executivo nos últimos cinco anos

R$ 165,3 bilhões
Valor total dos contratos assinados nos últimos cinco anos

700
Número de CNPJs sob o guarda-chuva do Ministério da Economia

R$ 12,9 bilhões
Despesa mensal do Executivo com a folha de pessoal ativo e inativo

» Pessoal dividido

 Os gabinetes dos antigos ministérios já foram ocupados pelos novos secretários espalhados por cinco blocos da Esplanada. Onde era a sede da Fazenda, o bloco P, por exemplo, despacham o ministro da Economia, Paulo Guedes, o secretário executivo, Marcelo Guaranys, e o secretário da Fazenda, Waldery Rodrigues Junior, e o secretário da Receita Federal, Marcos Cintra. No bloco K, antiga sede do Planejamento, estão instalados os secretários especiais de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Paulo Uebel, e o secretário especial de Desestatização e Desinvestimento, Salim Mattar. No bloco F, onde ficava o Ministério do Trabalho, agora despacha o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho. O bloco J, antiga sede do Mdic, foi ocupado pelos secretários especiais de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos Alexandre da Costa, e de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais, Marcos Troyjo. O bloco C, do Planejamento, não possui gabinete ministerial e as equipes técnicas continuam por lá.
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