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José Luis Oreiro

~ Economia, Opinião e Atualidades

José Luis Oreiro

Arquivos da Tag: José Lus Oreiro

Inércia pode ser o dobro da estimada, apontam professores (Valor Econômico, 16/02/2022)

16 quarta-feira fev 2022

Posted by jlcoreiro in Debate macroeconômico, Indexação e inercia inflacionária

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Inércia inflacionária, Indexação, José Lus Oreiro, Julio Fernando Costa Santos, Reforma Monetária

Plano Real não eliminou todos os mecanismos de indexação existentes na economia
Por Anaïs Fernandes — De São Paulo

O Plano Real, iniciado em 1994, conseguiu remover mecanismos de indexação de
curto prazo da economia brasileira, mas ainda é um processo inacabado no
combate à inércia inflacionária, cujo coeficiente roda em 0,3, estimam os professores
José Luís Oreiro, da Universidade de Brasília (UnB), e Julio Fernando Costa Santos, da
Universidade Federal de Uberlândia (UFU), em capítulo que será publicado no livro
“Central Banks and Monetary Regimes in Emerging Countries” (Edward Elgar
Publishing).

Foto: Professor José Luis Oreiro (UnB, CNPq e UPV)
Foto: Professor Julio Fernando Costa Santos (UFU)

O Real, dizem os autores, ajudou a desarmar o “efeito memória” da inflação, de
modo que as taxas passaram de 2.477% em 1993 para 22,4% em 1995 e ficaram
abaixo de 10% ao ano em boa parte dos períodos seguintes. O plano, no entanto,
não eliminou todos os mecanismos de indexação existentes na economia. Além dos
salários, preços de energia, de serviços de telecomunicações e de abastecimento de
água, por exemplo, são reajustados com base em índices como o IPCA e o IGP-M. E o
financiamento público brasileiro é essencialmente via títulos de curto prazo e
indexados.
“Embora o plano tenha conseguido reduzir as taxas de inflação no Brasil para níveis
moderados nos primeiros anos após sua implementação, a inflação média de longo
prazo mostrou uma notável resistência a cair abaixo de 5% ao ano, devido à
manutenção da indexação de preços para períodos superiores a um ano”, dizem os
autores.
Eles analisaram o comportamento de quatro índices (IPCA preços livres, IPCA cheio,
IGP-M e IPA), controlados por diversas variáveis explicativas, como a taxa de câmbio
efetiva, o hiato do produto (medida para a ociosidade da economia), o IBC-Br (Índice
de Atividade Econômica do Banco Central), a taxa de juros real de curto prazo e a
expectativa de inflação no boletim Focus.

“Os resultados obtidos mostram que todos os índices de inflação possuem efeito
inercial significativo”, afirmam os autores. “Ainda não desarmamos instituições que
faziam sentido durante o período de inflação alta, mas que não fazem mais hoje.
Esses mecanismos precisam ser desmontados para que o Brasil consiga ter uma
inflação baixa. O coeficiente inflacionário para um período grande está acima de 0,3,
é muito maior do que o 0,10, 0,15 estimado em outros estudos”, aponta Oreiro.
Os autores testaram também a evolução da inércia ao longo do tempo para os
índices brasileiros e para o American Consumer Price Index (CPI), medida para a
inflação ao consumidor nos Estados Unidos. Os quatro índices de inflação brasileiros
sempre apresentam um nível superior ao da economia americana, observa o
estudo. “Depois do Plano Real, o coeficiente de inércia inflacionária caiu, mas
permaneceu significativamente acima do caso de controle, que é os EUA”, diz Oreiro.

Os autores testaram também a evolução da inércia ao longo do tempo para os
índices brasileiros e para o American Consumer Price Index (CPI), medida para a
inflação ao consumidor nos Estados Unidos. Os quatro índices de inflação brasileiros
sempre apresentam um nível superior ao da economia americana, observa o
estudo. “Depois do Plano Real, o coeficiente de inércia inflacionária caiu, mas
permaneceu significativamente acima do caso de controle, que é os EUA”, diz Oreiro.
O aumento do efeito inercial em determinados períodos não significa exatamente
um aumento no grau de indexação da economia, dizem os autores, mas o grau
ainda elevado de indexação implica uma rigidez na redução do efeito inercial.
“Dificulta muito o controle da inflação por meio da política monetária, uma vez que
exige taxas de juros de curto prazo muito altas para manter a inflação em níveis
moderados”, afirmam.

Oreiro: medidas do BC não combatem inflação e só beneficiam rentistas (Hora do Povo, 13/01/2022)

14 sexta-feira jan 2022

Posted by jlcoreiro in Erros de Roberto Campos Neto, Estagnação da economia brasileira, Incompetência do governo Bolsonaro, Independência do Banco Central, José Luis Oreiro

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Erros do Banco Central do Brasil, Estagflação, José Lus Oreiro

Foto: Professor José Luis Oreiro.

“Nenhum dos elementos que o Banco Central elencou como explicação para a inflação de 2021 pode ser atacado por intermédio de elevação da taxa de juros”

O Banco Central (BC) “está aumentando os juros é para atender o interesse dos rentistas”, denunciou o economista e professor do Departamento de Economia da UnB José Luis Oreiro, ao comentar em entrevista ao HP. “Nenhum dos elementos que o Banco Central elencou como explicação para a inflação de 2021 pode ser atacado por intermédio de elevação da taxa de juros”, afirmou.

Para Oreiro, “de acordo com a carta que o Banco Central mandou para o ministro da Economia, está muito claro que a inflação de 2021 foi causada por um choque de oferta. Quer dizer, é uma inflação importada, devido a problema hidrológico, ao aumento do preço do petróleo, do gás, problema nas cadeias de suprimento… Perfeito! A explicação é fantástica. Eu não tenho nenhum problema com ela. A questão é: nada disso se combate com elevação das taxas de juros”, destacou o economista.

“A elevação dos juros não resolve nenhum dos problemas, ou nenhuma das causas, que gerou inflação em 2021. Então, a pergunta é, por que o Banco Central está usando o instrumento que não serve para combater as causas que ele, Banco Central, está diagnosticando? Porque só seria de fato útil, você usar a taxa de juros, se você tivesse um problema de inflação de demanda, o que não é o caso. O Banco Central está dizendo claramente que é devido a um choque de oferta e, mais, importado. Então, o que que a política monetária brasileira pode fazer com o preço do petróleo no mercado internacional? Nada. O que ela pode fazer com as cadeias mundiais de suplemento? Também nada. Nada do que o Banco Central está fazendo atua nas causas da inflação, segundo o próprio Banco Central”, enfatizou o economista.

“Na verdade, se ele está aumentando os juros é para atender o interesse dos rentistas, não é para eliminar a inflação. Porque nenhum dos elementos que o Banco Central elencou como explicação para a inflação de 2021 pode ser atacado por intermédio de elevação da taxa de juros”, afirma Oreiro.

Com o pretexto de combater a inflação, o Banco Central realizou no ano passado seguidos aumentos na taxa básica de juros (Selic), que passou de 2% a.a. para 9,25% a.a.

O Brasil fechou o ano com a inflação em alta acumulada de 10,06%, maior alta desde 2015, segundo IBGE. Na carta de explicações sobre a alta da taxa de inflação, Roberto Campos Neto, presidente do BC, sinalizou que vai continuar elevando a taxa Selic este ano.

ANTONIO ROSA

Está no ar o canal do Grupo Macroeconomia Estruturalista do Desenvolvimento no Youtube

27 domingo set 2020

Posted by jlcoreiro in Fernando de Holanda Barbosa, Macroeconomia estruturalista do desenvolvimento

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Fernando de Holanda Barbosa, José Lus Oreiro, Macroeconomia Estruturalista do Desenvolvimento

Caro(a)s amigo(a)s tenho o prazer de anunciar a estreia do canal do Structuralist Development Macroeconomics Research Group no YouTube. Nesse primeiro vídeo convidamos o Professor Fernando de Holanda Barbosa para debater conosco sobre o Teto de Gastos e a Política Fiscal na Pós Pandemia. Se inscrevam no canal e toquem o sininho para ver nossas atualizações.

Link: https://www.youtube.com/watch?v=hg6Lb7Tn0nA&t=1026s

O QUE FALTA PARA O BRASIL TOMAR A ROTA DO DESENVOLVIMENTO 05/09/2020) ECONÔMICO? (Canal Sem Embargos

06 domingo set 2020

Posted by jlcoreiro in Como retomar o desenvolvimento econômico?, José Luis Oreiro, Sem Embargos

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Como retomar o desenvolvimento econômico?, José Lus Oreiro, Sem Embargos

O QUE FALTA PARA O BRASIL TOMAR A ROTA DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO? José Luis Oreiro – Sem Embargos

Link: https://www.youtube.com/watch?v=OSky3H8FvE8&t=811s

A forma pela qual o governo financia o seu déficit afeta a inflação?

03 domingo maio 2020

Posted by jlcoreiro in Crise do Coronavírus, José Luis Oreiro

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Crise do Coronavírus, José Lus Oreiro

 

Nas ultimas semanas, em função das perspectivas de elevação brutal do déficit primário do setor publico para o ano de 2020 em função da crise do coronavírus, muitos economistas – eu incluso – passaram a defender a monetização (ainda que parcial) desse déficit como forma de atenuar o aumento da relação dívida pública/PIB. Essa posição não tem sido compreendida por segmentos importantes da sociedade brasileira que acreditam que “imprimir dinheiro” irá trazer de volta o demônio da inflação alta, o qual levou muitos anos para ser exorcizado do Brasil. Acredito que no debate brasileiro atual existam muitos erros conceituais e opiniões pré-concebidas, o que torna difícil um debate sério sobre o tema. Espero poder, neste artigo, clarificar alguns pontos.

Primeiramente, qual a natureza da inflação, ou seja, qual a causa da elevação sustentada do nível geral de preços? Uma explicação bastante aceita entre os economistas heterodoxos é que a inflação nada mais é do que o resultado de um desequilíbrio a respeito da porção da renda nacional que cada classe ou grupo social deseja se apropriar. Considerando uma economia na qual a renda seja dividida entre salários e lucros, um conflito distributivo surge quando a soma da fração da renda nacional que os trabalhadores desejam se apropriar na forma de salários e a fração da renda nacional que os empresários desejam se apropriar na forma de lucros for maior do que um. Nessas condições, a inflação atua como um mecanismo que reduz as proporções da renda nacional efetivamente apropriadas por cada grupo de maneira a fazer com que a soma de ambas seja compatível com a renda nacional existente. Para que essa compatibilização funcione, contudo, é necessário que a inflação esperada por um e/ou outro grupo social seja inferior a inflação efetivamente realizada, ou seja, que ocorra uma surpresa inflacionária (Blecker e Setterfield, 2019, pp. 257-261). Se as parcelas que cada grupo social deseja se apropriar da renda nacional não se alterarem; segue-se que o papel da inflação como mediador do conflito distributivo irá exigir uma aceleração da inflação, na medida que cada grupo social reajustar suas expectativas de inflação à luz dos desapontamentos ocorridos em suas expectativas. Nessas condições, a economia irá convergir para uma hiper-inflação num período finito de tempo.

A estabilidade da taxa de inflação exige, portanto, que as proporções desejadas da renda nacional sejam compatibilizadas de forma a que sua soma seja igual a um. Como essa coordenação pode ser feita? Existem duas formas. Em sociedades nas quais a negociação salarial é feita de forma altamente centralizada, por intermédio de grandes sindicatos de âmbito nacional, é possível realizar uma política de rendas na qual os representantes dos trabalhadores e dos empresários, em conjunto com o governo, se comprometam em moderar as demandas salariais em troca da manutenção do nível de emprego e/ou de compromissos de realização de investimentos por parte das empresas (A esse respeito ver Calmfors e Driffil, 1988). Esse é o modelo escandinavo de capitalismo, ou seja, o modelo adotado em países como Suécia, Dinamarca e Noruega; também conhecido como modelo neo-corporativista.

Em países como o Brasil cuja estrutura sindical é descentralizada e pulverizada entre centenas de sindicatos, tal modelo não é factível. Dessa forma, a coordenação entre as proporções que cada grupo social deseja se apropriar da renda nacional deve ser feita de maneira indireta, por intermédio da política monetária: O Banco Central deverá elevar a taxa básica de juros ao nível necessário para reduzir o nível de atividade econômica até um ponto no qual firmas e trabalhadores aceitem “voluntariamente” diminuir suas participações na renda nacional. A taxa de desemprego que garante essa coordenação é a NAIRU (non accelerating inflation rate of unemployment, em português, a taxa de desemprego para a qual a inflação não se acelera).

O cálculo da NAIRU não é simples e os economistas divergem muito entre si a respeito da metodologia correta de cálculo da mesma. No entanto, podemos ter uma ideia de se a economia está operando acima ou abaixo da NAIRU por intermédio do comportamento da inflação no médio-prazo (no curto-prazo a inflação é altamente volátil, sendo muito afetada por fatores sazonais e choques de oferta). Se a inflação estiver em trajetória de queda no médio-prazo então podemos ter certeza que a economia está operando com uma taxa de desemprego acima da NAIRU, o que permite que o Banco Central reduza a taxa de juros no intuito de estimular a atividade econômica e a geração de empregos. Essa era a situação que o Brasil se encontrava em 2019: desde meados do ano passado o BCB estava reduzindo a taxa selic porque o comportamento da inflação sinalizava de forma clara que a economia estava operando com uma taxa de desemprego acima da NAIRU. Em dezembro de 2019 a taxa de desemprego estava um pouco abaixo de 12% da força de trabalho.

Em março a economia brasileira foi atingida pela pandemia do coronavirus. As medidas de distanciamento social necessárias a diminuição do ritmo de transmissão do vírus irão impor uma queda do nível de atividade econômica que poderá chegar a casa dos dois dígitos. A taxa de desemprego deverá, portanto, se elevar de forma substancial em 2020, podendo ultrapassar 20% da força de trabalho. Nesse cenário a inflação esperada para 2020 já se reduziu para 2%, com alguns analistas prevendo inclusive a possibilidade de uma deflação.

A queda do nível de atividade associada aos gastos com os programas de renda emergencial deverão resultar num déficit primário superior a R$ 500 bilhões. Considerando um volume de pagamento de juros da dívida pública da ordem de R$ 300 bilhões ao longo de 2020 teremos um déficit nominal de aproximadamente R$ 800 bilhões, ou 11% do PIB. A Constituição Brasileira proíbe que o Banco Central financie o Tesouro Nacional, ou seja, o Tesouro não pode vender títulos públicos diretamente para o Banco Central; mas apenas para o “mercado”, constituído por empresas financeiras bancárias e não-bancárias, bem como investidores individuais por intermédio do “Tesouro Direto”. Pelas regras constitucionais atualmente em vigor o Banco Central só pode comprar títulos públicos que estejam na carteira dos bancos comerciais (Obs: a PEC 10/2020 irá flexibilizar essa exigência durante o período de calamidade pública)

Mas consideremos que essa restrição constitucional não existisse e que o Banco Central pudesse comprar títulos públicos diretamente do Tesouro. Nesse caso, o Tesouro poderia escolher como se financiar, ou seja, se por intermédio da venda de títulos para o “mercado” ou para o Banco Central. A vantagem de vender títulos para o Banco Central é que este faz parte do “governo geral” de tal maneira que os títulos públicos são contabilizados como “passivo” do Tesouro, mas “ativo” do Banco Central. Nessas condições o endividamento líquido do “governo geral” não se altera, pois ativos e passivos se cancelam. Se a venda for para o mercado, então a dívida do “governo geral” com a sociedade irá aumentar na mesma magnitude da emissão de títulos.

A pergunta que devemos nos colocar agora é: qual o impacto do financiamento monetário sobre a taxa de inflação? Com base na teoria de inflação que foi exposta no início deste artigo, o financiamento monetário do déficit só terá impacto inflacionário relativamente ao financiamento pela emissão de títulos se (i) produzir um aumento maior da demanda agregada e (ii) esse aumento da demanda agregada for suficientemente grande para fazer com que a economia opere com uma taxa de desemprego abaixo da NAIRU.

Por que razão o financiamento monetário do déficit público geraria um aumento da demanda agregada maior do que o financiamento por intermédio da venda de títulos no mercado? A resposta simples a essa pergunta é que o financiamento monetário acarreta um aumento da base monetária, dado que a aquisição de títulos públicos pelo Banco Central aumenta o ativo dessa instituição, impondo assim um aumento do seu passivo. O passivo do Banco Central é constituído pela Base Monetária, pela conta única do tesouro e pelo patrimônio líquido do Banco Central. No momento em que o Banco Central pagar ao Tesouro pela compra dos títulos públicos, o valor referente a essa compra será creditado na conta única do tesouro, aumentando o passivo do Banco Central, mas ainda não a base monetária. A medida que o Tesouro precisar fazer os pagamentos de salários, fornecedores e dos programas de assistência social então o valor desses pagamentos será debitado da conta única do tesouro e creditado na conta de reservas bancárias, a qual junto com o papel moeda em circulação, constitui a base monetária. Dessa forma, a venda de títulos do Tesouro para o Banco Central termina por aumentar a base monetária.

Supondo que a demanda por reservas bancárias não se altere durante esse processo, o aumento da quantidade de reservas deverá levar a uma redução da taxa de juros, a não ser que o Banco Central faça alguma operação de esterelização. A redução dos juros tem impacto positivo na demanda agregada e poderia, se suficientemente grande, reduzir a taxa de desemprego abaixo do patamar da NAIRU. Nessas condições a inflação iria se acelerar.

A pergunta a ser feita agora é a seguinte: Esse efeito, nas condições atuais da economia brasileira, é suficientemente grande para produzir uma aceleração da inflação? A taxa de juros selic está atualmente em 3,75% a.a. Na ausência de operações de esterelização (voltarei a esse tópico mais a frente), ela pode eventualmente cair a zero. O efeito dessa redução da taxa nominal de juros sobre a demanda agregada vai depender, contudo, da taxa de inflação. Se a inflação fechar o ano de 2020 em 2%, então teremos um juro real de, aproximadamente, -2%. Se a inflação for mais baixa, digamos 1%, então o juro real será de apenas -1%., um valor 50% menor. Além disso, parece pouco provável que, numa situação de queda acentuada do nível de atividade econômica, a demanda agregada se mostre muito sensível a variações da taxa de juros. Isso significa que o valor da taxa neutra (real) de juros, num quadro fortemente recessivo, pode inclusive ser negativo. Dessa forma, me parece pouco provável que o financiamento monetário do déficit publico, durante o período em que durar o estado de calamidade pública, tenha algum efeito sobre a taxa de inflação.

O raciocínio exposto acima se baseia na hipótese implícita de que o Banco Central não irá esterelizar o aumento da base monetária decorrente da compra direta de títulos do tesouro. Mas essa opção está disponível ao BCB por intermédio das operações compromissadas. Nesse caso, o BCB pode enxugar a liquidez criada por intermédio de uma venda de títulos públicos para os bancos com compromisso de recompra. Ao fazer isso, o BCB terá atuado, na prática, apenas como um intermediário na venda de títulos do Tesouro para o “mercado”; ou seja, ao invés do Tesouro vender diretamente seus títulos para o mercado, ele vende para o BCB que posteriormente repassa os mesmos para o mercado por intermédio das operações compromissadas. Mas nesse caso qual seria a vantagem para o Tesouro? A vantagem é que as operações compromissadas tem um prazo de maturidade mais curto do que os títulos da dívida pública. Isso significa que, em geral, as taxas de juros pagas pelas operações compromissadas são mais baixas do que as taxas de juros pagas sobre os títulos da dívida pública; ou seja, a atuação do BCB no mercado de títulos públicos, mesmo apenas como intermediário, pode reduzir o custo médio de rolagem da dívida pública! Esse ganho pode ser significativo em momentos de maior percepção de incerteza, como o que estamos passando atualmente, quando o aumento do prêmio de liquidez distorce a curva de juros, produzindo uma forte elevação dos juros de longo-prazo relativamente a taxa de juros selic. 

A severidade da queda do nível de atividade econômica, contudo, torna pouco provável, para não dizer impossível, que a inflação se acelere por conta da redução da taxa selic para 0% como resultado do financiamento monetário do déficit público. O único fator que poderia levar, nessas condições, a uma aceleração da inflação seria uma desvalorização muito forte da taxa nominal de câmbio, originada a partir da redução do diferencial de juros. Com efeito, numa economia que possui a conta de capitais aberta como é o caso do Brasil, a redução dos juros domésticos relativamente aos praticados no resto do mundo deverá levar a uma saída de capitais do país e, dessa forma, a uma desvalorização da taxa de câmbio.

O efeito da desvalorização cambial sobre a inflação vai depender de dois fatores (a) da magnitude da desvalorização e (b) do efeito pass-through do câmbio para os preços. A evidência empírica disponível mostra que a magnitude de (b) depende do nível de atividade econômica, de forma que em períodos recessivos o efeito tende a ser bastante reduzido.

Quanto a magnitude da desvalorização ela pode ser reduzida por intervenções no mercado de câmbio seja por (i) venda de reservas internacionais e/ou operações de swap cambial e/ou (ii) imposição de controles (temporários) a saída de capitais do país. Eu particularmente sou favorável a imposição de uma quarentena a saída de capitais do Brasil, algo que a legislação brasileira sobre o tema, datada de 1967, permite em situações excepcionais como forma de garantir o equilíbrio do balanço de pagamentos. Uma vez adotada essa quarentena, o BCB terá as mãos livres para reduzir a selic para 0% a.a, o que, por si só, irá reduzir muito o custo fiscal das medidas necessárias ao enfrentamento da pandemia. O financiamento monetário do déficit público, contudo, exige uma PEC que permita explicitamente ao BCB adquirir títulos do tesouro no mercado primário. 

Em suma, não vejo nenhuma razão pela qual, nas condições atuais da economia brasileira, o financiamento monetário do déficit público possa levar a uma aceleração da inflação. Está claro que não se trata de uma política que possa ser mantida indefinidamente. Uma vez que a taxa de desemprego tenha retornado para o nível dado pela NAIRU, o governo deverá retornar a prática de financiar seu déficit por intermédio da venda de títulos no mercado. Mas aqui é importante não ser excessivamente otimista: tudo indica que a taxa de desemprego no Brasil e no mundo irá permanecer por muito tempo em patamares bastante elevados. A recuperação não será em forma de V, mas assumirá o formato do símbolo da NIKE. Dessa maneira, a política econômica no Brasil, mais do que nunca, não pode ter seus rumos ditados pelos preceitos da ortodoxia convencional. Este é o momento e a hora para a boa heterodoxia.

Referências

Calmfors, L; Driffill, J. (1988). Centralization of wage bargaining”. Economic Policy, n.6.

Blecker, R; Setterfield, M. (2019). Heterodox Macroeconomics: models of demand, distribution and growth. Edward Elgar: Aldershot.

 

 

 

 

 

 

 

Nota Pública sobre a PEC 10/2020

15 quarta-feira abr 2020

Posted by jlcoreiro in Bresser-Pereira, José Luis Oreiro, PEC 10/2020

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Bresser-Pereira, José Lus Oreiro, PEC 10/2020

Compra de títulos públicos e privados

Nota escrita por José Luis da Costa Oreiro e Luiz Carlos Bresser-Pereira (15/04/2020)

Hoje o Senado Federal deverá colocar em votação a PEC 10/2020 que trata, entre outros assuntos, da possibilidade do Banco Central do Brasil comprar títulos públicos e privados no mercado secundário. Trata-se de uma medida que vem sendo adotada pelos principais Bancos Centrais do mundo, particularmente o Federal Reserve, o Bank of England e o Banco Central Europeu para lidar com o problema de falta de liquidez nos mercados de capitais e de crédito decorrente do enorme aumento da preferência pela liquidez dos agentes do setor privado, induzido pela maior percepção de incerteza a partir da pandemia do coronavirus.

Numa situação como essa, os agentes do setor privado, agindo com base na sua racionalidade individual, aumentam a sua demanda por liquidez imediata, ou seja, a sua demanda por moeda (dólares, euros, libras esterlinas, reais), levando-os a vender suas posições em títulos de dívida privada, bem como reduzindo a oferta de crédito. O resultado desse movimento de “fuga para a liquidez” é uma brutal elevação das taxas de juros de longo-prazo dos títulos públicos e privados, as quais se descolam totalmente da taxa de juros de curto-prazo, fixada pelos bancos centrais, num movimento conhecido como “aumento da inclinação da curva de juros”.

Como resultado desse movimento, o custo para as grandes empresas venderem “commercial papers” no mercado de capitais para levantar recursos para o financiamento do seu capital de giro – e, consequentemente, para o financiamento da folha de pagamentos de seus funcionários – se torna proibitivamente alto, o que terminará por levar as grandes empresas a fazer demissões em massa de seus funcionários, dada a incapacidade de conseguir liquidez em condições minimamente aceitáveis em termos de custo de pagamento de juros. Trata-se, portanto, de um problema elementar de provisão de liquidez.

O Banco Central já tem a autorização legal para comprar títulos privados, mas de maneira muito limitada, e já está usando dessa sua faculdade. Dessa forma, somos favoráveis à aprovação da PEC 10/2020; a qual pode ser inclusive aperfeiçoada pelo Senado Federal.

Também é fundamental que o Banco Central do Brasil possa, não apenas comprar títulos privados e públicos no mercado secundário, mas, no caso dos títulos públicos, essa autorização seja estendida para o mercado primário de títulos. Neste estado de calamidade pública, o Banco Central do Brasil poderá, assim, financiar diretamente o Tesouro Nacional e evitar o aumento brutal da dívida pública que está sendo prevista. Devido à elevada ociosidade no uso dos fatores de produção (capital e trabalho) é impossível que o financiamento monetário do déficit público resulte em aceleração da inflação; pelo contrário, pode ser fundamental para impedir que o Brasil entre numa espiral deflacionária com efeitos potencialmente catastróficos sobre o nível de atividade econômica, como nos ensina a triste experiência da economia dos EUA após o crash da Bolsa de Valores de Nova Iorque em 1929.

Por fim, como se trata de uma operação elementar de provisão de liquidez, não é necessário o aporte de recursos do Tesouro Nacional nas operações de compra de títulos privados pelo Banco Central no mercado secundário.

Mansueto nega selo keynesiano e cria controvérsia (Valor Econômico, 31/03/2020)

01 quarta-feira abr 2020

Posted by jlcoreiro in Crise do Coronavírus, Debate macroeconômico, José Luis Oreiro

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Crise do Coronavírus, Debate Macroeconômico, José Lus Oreiro

O secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, disse no sábado e repetiu ontem que o governo não está fazendo uma típica política keynesiana. “A forte expansão do gasto público federal neste ano se concentrará em programas de transferência de renda direcionados aos trabalhadores informais e/ou de baixa renda”, diz o texto do Tesouro.

A avaliação, contudo, é polêmica e está longe de ser consenso, em especial junto aos economistas de linhas mais afeitas a John Maynard Keynes, que defendem a intervenção do Estado na economia em momentos de crise ou fraco desempenho.

“Expansão de gasto público, não importa se é por transferência de renda ou para investimento, é política keynesiana de expansão de demanda agregada. A equipe econômica faz ginástica intelectual para não admitir que estão fazendo política keynesiana de expansão da demanda agregada”, disse ao Valor o professor de economia José Luis Oreiro, da Universidade de Brasília (UnB).

“A crise do coronavírus foi a pá de cal na ortodoxia econômica. Pessoas vão descobrir que se pode aumentar dívida, financiar gasto com emissão de moeda e a economia não cai no abismo fiscal nem na hiperinflação.”

Seu colega de UnB, mas de linha econômica oposta, Roberto Ellery, concorda com a tese de Mansueto. “Uma política keynesiana típica tem foco na expansão da demanda agregada, o objetivo do gasto é o que chamam de aquecer a economia. A transferência de renda tem como objetivo ajudar os mais pobres. No contexto, o ponto é permitir que os mais vulneráveis cheguem à outra ponta da crise”, afirmou. “Com alguma ironia, posso dizer que, ao contrário de aquecer a economia, o objetivo é manter a economia “fria”, quase em ponto morto, com o menor dano possível a pessoas e empresas.”

Para o pesquisador do Ibre/FGV e ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Manoel Pires, a atuação do governo neste momento tem, sim, corte keynesiano. “Indiretamente você está usando a política fiscal para compensar a recessão. Esse impacto existe. A política keynesiana não se resume a aumentar investimentos públicos, mas sustentar a demanda. Nesse caso, isso é feito por meio de transferência de renda, que é o que precisa ser feito.”

O ex-diretor do BC e chefe do departamento econômico da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas, avalia que, na prática, a atual política tem corte keynesiano, mas enfatiza que isso é algo temporário e com nuances que consideram as especificidades para esta crise.

“O Paulo [Guedes] agora é keynesiano por algum tempo. Keynes dizia que, na época da crise, podia pedir alguém para furar buracos e outro para tapar. Em suma, tinha de ter dinheiro circulando. Mas, agora, é mais um problema de completar renda, ajudando os mais necessitados em estimular mais gastos”, disse Freitas, que brincou de chamar o ministro da Economia, a quem conhece há décadas, de “Paulo Keynes”.

Para o presidente do Conselho Federal de Economia, Antonio Corrêa de Lacerda, as atuais políticas anunciadas pelo governo “são muito tímidas e creio que Keynes jamais as assinaria”.

“A questão central é que toda a equipe econômica está num conflito. Sempre pregaram a austeridade como instrumento de retomada da confiança que nos tiraria da crise. Agora que os países mais relevantes têm adotado políticas de forte intervenção do Estado, se veem obrigados a fazê-lo. Embora de forma tímida, tardia e titubeante”, disse. “Precisam dar satisfação ao “mercado” e aos que os apoiam, mas com explicações que não cabem no momento”, completou, cobrando um aumento mais intenso e mais célere de gastos públicos não só para saúde, mas também para reforçar renda de cidadãos e empresas.

‘Neoliberalismo será sepultado por um tempo’ (O Estado de São Paulo, 27/03/2020)

27 sexta-feira mar 2020

Posted by jlcoreiro in Crise do Coronavírus, José Luis Oreiro

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Crise do Coronavírus, José Lus Oreiro

José Luis Oreiro, economista da UnB (Entrevista concedida para Douglas Gravas do Estado de São Paulo)

“Hoje, o presidente não manda mais nada, mas o Congresso deve aprovar um programa emergencial de renda mínima para quem mais precisa. Além disso, os bancos públicos devem entrar com linhas de crédito para capital de giro das empresas, com prazo de carência e juros baixos, para que elas continuem pagando seus funcionários e para impedir demissões em massa. Isso seria urgente. O BNDES tem R$ 100 bilhões em caixa, que poderia usar rapidamente para esse socorro. Além disso, se a empresa receber dinheiro público, não vai poder demitir durante esse período.

Uma questão que agrava a crise atual é a falta de diálogo entre o presidente e o Congresso. O presidente deveria parar de querer atrapalhar o que os governadores e os parlamentares estão fazendo.

Acredito que, passada essa crise, o neoliberalismo, que estava ganhando um novo fôlego nos últimos anos, vai ser sepultado por um bom tempo tanto no Brasil quanto no mundo inteiro. O liberalismo clássico acabou depois das guerras mundiais, as funções do Estado na economia foram sendo ampliadas depois dos conflitos e foi preciso que os países montassem uma rede mínima de proteção individual. Nos anos seguintes, se começou a constituir de forma mais ampla o estado de bem-estar social e o Estado assumiu o papel de regulador da atividade econômica.

Houve um primeiro choque do pensamento neoliberal em 2008 e agora as sociedades vão aprender a importância dos serviços públicos e que “a mão invisível do mercado” não passa álcool em gel. Claro, vão sobreviver uns doidos gritando o contrário, mas serão minoria. A crise do coronavírus será para o neoliberalismo o mesmo que a queda do Muro de Berlim, em 1989, foi para o comunismo.” / D.G.

Reforma administrativa no funcionalismo público estará em debate no Senado em 2020 (TV Senado, 13/02/2020)

13 quinta-feira fev 2020

Posted by jlcoreiro in Economia e ideologia, José Luis Oreiro, PEC Emergencial

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José Lus Oreiro, PEC Emergencial, TV Senado

Participei da matéria da TV Senado sobre a reforma administrativa e da PEC emergencial

Vejam em https://www.youtube.com/watch?v=HFNDr536OMc&feature=share&fbclid=IwAR0sS-L8PgGUmYSsJtftqqNlHlIQMgGuesFdfWFrE9oYLAZdNBPS2YNYkfE

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