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José Luis Oreiro

~ Economia, Opinião e Atualidades

José Luis Oreiro

Arquivos da Tag: Erros de Paulo Guedes

Câmara pode votar privatização dos Correios em julho, diz líder do governo (Portal UOL, 23/06/2021)

25 sexta-feira jun 2021

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Agenda de Privatizações é Jurássica, Erros de Paulo Guedes, José Luis Oreiro, Privatização dos correios

Agenda de privatizações é ultrapassada, diz economista

O economista José Luis Oreiro, professor da UnB (Universidade de Brasília), declarou que a agenda de privatizações do governo é puramente ideológica. Segundo ele, são poucos os estudos específicos que detalhem os benefícios para a sociedade brasileira com as privatizações. Ele declarou que nos últimos 20 anos mais de 800 empresas voltaram ao controle estatal em diversos países. “O Brasil está embarcando em uma agenda ultrapassada, privatizando empresas de setores estratégicos e que são sensíveis, como o de geração de energia”, disse. Segundo ele, a privatização dos Correios é uma “maluquice” porque o mercado brasileiro já é a aberto, e outras empresas competem para a entrega de encomendas. “A experiência da privatização dos serviços postais de Portugal deve ser levada em conta. Os portugueses avaliam o setor postal como caro e ruim. Os Correios no Brasil são monopolistas na entrega de cartas. Mas há competição nos outros setores. Os parlamentares deveriam discutir esse tema com calma porque isso pode trazer prejuízos para os brasileiros”, disse.

Link da matéria completa: Câmara pode votar privatização dos Correios entre 12 e 15 de julho (uol.com.br)

Pressionados por políticos, Bolsonaro e Guedes são contra prorrogar o auxílio emergencial (Diário de Pernambuco, 27/01/2021)

27 quarta-feira jan 2021

Posted by jlcoreiro in Chicagao economics, Crise do Coronavírus, Crise Econômica no Brasil, Debate macroeconômico, Erros de Paulo Guedes

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Auxilio Emergencial, Crise do Coronavírus, Erros de Paulo Guedes

Foto: Marcos Correa/PR

Apesar da pressão de parte da classe política para que o governo prorrogue o pagamento do auxílio emergencial, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltaram a afirmar que o Executivo é contra a proposta. Enquanto o mandatário alega não poder deixar que “medidas temporárias relacionadas com a crise se tornem compromissos permanentes de despesas”, o titular da equipe econômica ponderou que a continuidade do benefício significaria a redução de verbas para outras áreas, como saúde, educação e segurança pública.
Contudo, o retorno da pandemia a um estágio mais severo faz com que o Palácio do Planalto não descarte de vez a retomada do auxílio. Diante da encruzilhada para salvar vidas e preservar a economia, Bolsonaro, enfim, reconheceu a importância das vacinas. Após meses questionando a eficácia dos imunizantes contra o novo coronavírus, o presidente, agora, admitiu que os produtos podem “dar mais conforto à população” e “segurança a todos”, além de fazer com “que a nossa economia não deixe de funcionar”. Guedes, por sua vez, aposta na eficácia das vacinas e no sucesso da aplicação dos imunizantes para não ser necessário o pagamento de novas parcelas do auxílio emergencial.
As declarações de Bolsonaro e do ministro ocorreram ontem, durante um evento com investidores estrangeiros promovido pelo banco Credit Suisse. Mais controverso à volta do auxílio, o chefe do Executivo ponderou que o governo precisa estimular a economia com estratégias que envolvam, sobretudo, o respeito ao teto de gastos, norma que limita o crescimento da despesa pública à inflação do ano anterior.
“No âmbito fiscal, manteremos firme compromisso com a regra do teto de despesas como âncora de sustentabilidade e credibilidade econômica. Nosso objetivo é passar da recuperação baseada no apoio ao consumo para um crescimento sustentado pelo dinamismo do setor privado”, frisou. “As projeções do mercado estimam que a taxa de inflação flutuará dentro da banda, com taxa de juros em nível competitivo e atraentes para novos investimentos.”
Ante as críticas de que o governo atrasa a conclusão das privatizações de estatais, o que motivou a recente saída de Wilson Ferreira Junior da presidência da Eletrobras, o chefe do Planalto ressaltou que um dos focos do Executivo para este ano será acelerar os processos para “dar continuidade a medidas de aperfeiçoamento no ambiente de negócios”. Ele também aposta na inclusão do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e na aprovação das reformas tributária e administrativa para recuperar a economia.
“Queremos regulamentos mais simples e menos onerosos para destravar o imenso potencial do Brasil e facilitar o trabalho da iniciativa privada. A modernização da economia e o aprimoramento das políticas públicas passam pela incorporação das melhores práticas internacionais. Estamos no caminho para um 2021 de crescimento econômico projetado 3,5%”, frisou. “Meu governo entende os problemas estruturais pelos quais passa a indústria brasileira e mundial. Estamos empenhados em realizar mudanças nesse setor, com pensamento estratégico e redefinição de vínculos das cadeias produtivas globais.”
Guedes adotou tom mais moderado sobre o auxílio, mas considera a extensão do benefício apenas para situações extremas, como no caso de o Brasil “falhar miseravelmente” com as vacinas. “Vamos observar a economia e a saúde, os dois andam juntos. E vamos esperar pelo melhor e que, com a vacinação em massa, as mortes estejam descendo”, disse.
O ministro acrescentou: “Vamos observar. Caso o pior aconteça, se a doença volta, como compatibilizar uma coisa com a outra? Bom, temos o protocolo da crise aperfeiçoado agora. Se não for o caso (de retorno à normalidade), porque a vacinação não está andando ou porque as mortes continuam acima de mil, já existe o protocolo da crise”.
Guedes afirmou que, se a prorrogação do benefício for necessária, poderia ser incluída na proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial, que trata da regulamentação dos gatilhos a serem acionados no caso de descumprimento do teto de gastos.
“Quer criar o auxílio de novo? Tem de ter muito cuidado. Se fizer isso, não pode ter aumento automático de verbas para educação e segurança pública, porque a prioridade passou a ser a guerra (contra a pandemia). Pega as guerras aí para ver se tinha aumento de salário, se tinha dinheiro para saúde e educação. Não tem, é dinheiro para a guerra. Aqui, é a mesma coisa. Se apertar o botão, vai ter que travar o resto todo”, pregou.


Para o economista José Luís Oreiro, professor do Departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB), é muito difícil que Bolsonaro não renove o estado de calamidade pública e estenda o auxílio emergencial. “Isso daria um desafogo. A realidade vai se impor. Sem algum tipo de renda provisória emergencial, que cubra alguns meses até que uma proporção significativa da população esteja vacinada, vai ser um caos social”, alertou. “Renovando o estado de calamidade pública até junho, o governo estaria desobrigado de cumprir regras fiscais e teria dinheiro para reimplantar o auxílio, mantendo o compromisso com o teto de gastos.”

O economista Roberto Ellery, também da UnB, acrescentou que o governo tem poucas saídas. “Ele precisa repensar programas sociais como um todo. Talvez, seja o caminho, mas tem de ver de onde vai sair o dinheiro”, afirmou.
Média de mortesHoje, de acordo com números do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), a média diária de mortes por Covid-19, no Brasil, é de 1.055, número que se aproxima do pico registrado em julho do ano passado, de 1.102. Além disso, o país tem uma média de 51.356 novas infecções por dia — desde o início de 2021, essa média tem sido superior a 50 mil, o que não aconteceu no ano passado.Os comentários abaixo não representam a opinião do jornal Diario de Pernambuco; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Fala de presidente do Ipea sobre indústria gera forte reação do setor (Valor Econômico on line, 20/01/2021)

21 quinta-feira jan 2021

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desindustrialização, Erros de Paulo Guedes

Carlos Von Doellinger defendeu que o Brasil deixe de apoiar o setor industrial e
coloque foco em suas vantagens comparativas, como o agronegócio e a mineração

Por Fabio Graner e Edna Simão, Valor — Brasília

A fala do presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Carlos Von
Doellinger, ao Valor, na qual defendeu que o Brasil deixe de apoiar o setor industrial e
coloque foco em suas vantagens comparativas, como o agronegócio e a mineração,
provocou mal-estar e forte reação no setor industrial. A visão geral é que o Brasil não
pode ser comparado com países com população muito menor, como Austrália, Chile e
Canadá, e que precisa, sim, desenvolver a indústria como fonte de geração de
empregos e de aumento da renda nacional.


“Essa posição do presidente do IPEA demonstra que ele, lamentavelmente, não tem a
mínima noção da importância do segmento industrial para a produtividade e o
desenvolvimento dos demais setores da economia, e como dinamizador da economia
nacional”, disse ao Valor, por meio de nota, o presidente da Confederação Nacional da
Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, manifestando também o posicionamento do
Fórum Nacional da Indústria, que congrega cerca de 70 associações setoriais.

“Não estou subestimando a importância dos setores agrícola e mineral para a
economia nacional. Mas o fato é que o Brasil se transformaria em uma roça, a fazenda
do mundo, exportando apenas commodities e matérias-primas, assim como empregos
de qualidade, para as economias mais desenvolvidas”, afirma Andrade.
A CNI destaca que apenas a indústria manufatureira nacional é responsável por 25% da
arrecadação de tributos federais e por 23% da arrecadação previdenciária patronal.
Responde também por 50,6% das exportações brasileiras de bens e serviços e por 65%
dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento.
Em função d

e sua extensa cadeia de fornecedores, cada R$ 1 produzido na indústria de
transformação gera R$ 2,40 na economia nacional como um todo. Nos demais setores,
o valor é menor: R$ 1,66, na agricultura, e R$ 1,49, nos segmentos de comércio e
serviços.

Para o diretor de relações institucionais da Associação Brasileira da Indústria Química
(Abiquim), André Cordeiro, o raciocínio de que o Brasil deveria apoiar apenas as
atividades agrícolas e minerais repete a lógica da medida tomada pela rainha Maria 1ª,
há mais de dois séculos, quando ela proibiu no Brasil fábricas e manufaturas para não
atrapalhar essas outras atividades.
“Isso não deu certo. A indústria que é capaz de gerar maior renda e bem-estar para a
população. A Austrália tem apenas 22 milhões de habitantes, o Brasil não pode se dar
ao luxo de concentrar atividades”, diz Cordeiro, mencionando os dados sobre
agregação de valor na indústria. “O Brasil não pode prescindir de uma indústria grande
e de base tecnológica”, acrescentou.

Cordeiro afirma ainda que o problema do Brasil é seu elevado custo para se produzir,
em termos tributários e de outras obrigações. Nesse sentido, explica, não poderia nem
ser considerado alto o volume de mais de R$ 300 bilhões em gastos tributários, que
representam apenas um quinto do chamado “custo Brasil”.
“Nossa indústria é competitiva e eficiente. Nossos grandes problemas são logística,
custo de capital alto, falta de segurança jurídica e uma carga tributária elevada”,
salientou.
O presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Vidro (Abividro),
Lucien Belmonte, demonstrou bastante contrariedade com as declarações do
presidente do Ipea. Para ele, o raciocínio do técnico do governo é como se estivesse
dizendo que a Ford fez bem em sair do Brasil.

“É impressionante em um país com indústria ampla e diversificada ouvir algo assim. É
uma desconexão com a realidade brutal. No final das contas, a gente não é
necessariamente competitivo porque temos o governo mais caro do mundo”, afirmou,
referindo-se questões como custo tributário, energético e logístico.
“A gente não está pedindo proteção, e, sim, regras claras. A nossa carga tributária é
muito mais alta do que de serviços e agro, é uma questão mais ampla de reforma
tributária”, disse.

O vice-presidente da Fiesp e presidente da Associação Brasileira da Indústria de
Plástico (Abiplast), José Ricardo Roriz Coelho, também criticou. “É lamentável que o
presidente de uma fundação ligada ao Ministério da Economia tenha este conceito
equivocado do papel da indústria”, disse, também destacando ser errada a

comparação com países como Austrália.
“Os países que tiveram uma participação expressiva da indústria no PIB chegaram
muito mais rápido ao grau de desenvolvimento”, acrescentou, reforçando que a
competitividade de setores como a agricultura foi influenciada pela indústria
Para o consultor Welber Barral, sócio da BMJ Consultores Associados, como teoria
geral, o Brasil tem que aproveitar a suas vantagens comparativas, porém, o país de
mais de 200 milhões de habitantes teria dificuldade para criar renda e emprego
somente com a produção agrícola, que remunera pouco o trabalhador e ainda passa
por um processo de mecanização. Além disso, se isso fosse feito, o setor de serviços
não é desenvolvido o suficiente para absorver os trabalhadores.

“Se diminuir a indústria, a agricultura não tem como absorver a mão de obra”,
destacou. “Na prática, o risco de problemas sociais é muito alto”, acrescentou.
Ele lembrou que Estados Unidos é um grande exportador de commodities, com um
setor de serviços desenvolvido e não abriu mão da indústria. Observou ainda que a
Austrália tem uma população de cerca de 25 milhões de pessoas, e, portanto, também
mais facilidade de se dedicar ao setor que tem mais vantagem competitiva.
Barral ressaltou que a indústria vem sendo penalizada pelo sistema tributário desde a
Constituição Federal de 1988, enquanto o setor agrícola exportador praticamente não
paga imposto, assim como o da mineração. E que o segmento dos serviços é
beneficiado, por exemplo, com regimes especiais. “Na prática, o Brasil tem muito a dar
em competitividade para a indústria brasileira, principalmente, e se fizer a reforma tributária”, ressaltou.

Para o professor da UnB, José Oreiro, o presidente do Ipea fala como se a indústria
fosse “algo que está acima da capacidade cognitiva dos brasileiros”. “Ele diz que
devemos nos contentar com nossas vantagens comparativas na produção de soja e
minério de ferro. Esse é um argumento ridículo e totalmente contrário à evidência
empírica disponível. Entre 1930 e 1980, o Brasil cresceu a uma taxa média de 8% a.a.
puxado pelo crescimento do setor manufatureiro”, disse.
“O período de redução do crescimento e posterior estagnação da economia brasileira
coincidiu precisamente com a desindustrialização… Além disso, vantagens competitivas
não são um dado da “natureza”; mas são construídas ao longo do tempo”, completou.

Oreiro: saída da Ford é fruto, também, do “clima de conflito perpétuo produzido por Bolsonaro” (Hora do Povo, 14/01/2021)

15 sexta-feira jan 2021

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Desindusitralização, Erros de Paulo Guedes, Saída da ford do Brasil

“Eu acho que mais do que a falta de credibilidade do governo, o que está assustando os investidores é o clima de conflito perpétuo produzido pelo presidente”, declarou o economista e professor da Universidade de Brasília (UnB) José Luis Oreiro ao HP, sobre a decisão da Ford de fechar as fábricas no Brasil.

“Quem olha de fora, e eu compartilho dessa percepção, acha que o Brasil pode entrar numa guerra civil. O presidente Bolsonaro aposta no caos. Ele é contra a vacina, enfim, ele quer que quanto mais gente morra melhor. Quer dizer, essa pelo menos tem sido a atitude dele, não sei se é a intenção, que eu não posso julgar, mas as atitudes dele são no sentido que quanto pior melhor”, frisou.

Ao ser questionado se a saída da Ford é mais um sintoma do agravamento da desindustrialização no País?, Oreiro disse que “é um símbolo”.

“A Ford está enfrentando problemas no mundo inteiro, não é só no Brasil. Não se pode atribuir a saída da Ford apenas à desindustrialização da economia brasileira. Ao que tudo indica, houve também uma decisão estratégica da Ford de reduzir a escala de operações da América Latina e concentrar na Argentina. A razão pela qual ela resolveu concentrar na Argentina é que nos deve deixar preocupados. O mercado interno brasileiro é muito maior que o mercado da Argentina”, avaliou o economista.

“Na verdade eles vão produzir os EcoSport que já produzem e vão exportar para o mercado brasileiro. E por que eles fizeram isso? Primeiro, no caso brasileiro, a indústria automobilística brasileira tem uma capacidade de produção de aproximadamente 5 milhões de automóveis, que foram resultantes dos investimentos feitos entre 2000 e 2010. Mas devido à crise 2014/2016, e agora a crise da Covid-19 e a fraquíssima recuperação que a economia teve entre 2017 e 2019, o fato é que o Brasil não está produzindo nem 3 milhões de automóveis, então tem muita capacidade ociosa”.

“No caso da Ford, além do movimento de desindustrialização – que ocorre no Brasil desde 2005 – há também a continuidade da recessão de 2014/2016, agora novamente em 2020. A indústria automobilística é uma indústria que precisa de escala para ser competitiva, e com uma capacidade de produção de 5 milhões de automóveis, na indústria automobilística do Brasil inteiro, você não consegue produzir 3 milhões, aí realmente fica muito difícil”, declarou o professor da UnB.

Fim de benefício para manutenção do emprego gera preocupação (Correio Braziliense, 31/12/2020)

01 sexta-feira jan 2021

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Erros de Paulo Guedes, José Luis Oreiro

Rosana Hessel

Assim como o auxílio emergencial para a população mais vulnerável durante a crise provocada pela pandemia de Covid-19, o Benefício para a Manutenção de Emprego e Renda (Bem), destinado para as empresas reduzirem jornada e salários, acaba nesta quinta-feira (31). E, no meio de tanta incerteza para 2021, a falta de medidas como o Bem gera preocupação de empresários, porque vai ajudar a aumentar ainda mais o desemprego em 2021, considerando que muitas empresas tiveram queda de metade do faturamento e, portanto, não estão tendo receita suficiente para cobrir todas as despesas.

Criado pela Medida Provisória 935/2020, o Bem contribuiu para que cerca de 10 milhões de empregos fossem preservados neste ano, de acordo com o ministro da Economia, Paulo Guedes, que gosta de usar o bordão de que, em 2020, houve “redução zero de emprego no mercado formal”. O benefício, inclusive, ajudou nos dados positivos do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) da pasta, na contramão dos números recordes de desemprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de mais de 14 milhões de pessoas neste fim de ano, porque inclui dados do mercado informal. Algumas estimativas apontam que esse número é bem maior, superando a casa de 20 milhões.


A situação das empresas, especialmente as do setor de serviços, é critica, sem a prorrogação do Bem. Elas não devem conseguir se recuperar totalmente do tombo da crise de 2020 ao longo do ano que vem, porque os efeitos positivos na economia da vacinação, ainda incerta no Brasil, só devem começar a partir do segundo semestre, pelo menos, de acordo com estimativas de analistas ouvidos pelo Correio. “O setor de serviços prestados às famílias é o que mais deverá demorar para voltar à normalidade”, destacou a economista Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).


Recursos sobrandoEmpresários acreditam que haveria espaço para prorrogar o benefício e esse alerta foi dado várias vezes para o ministro Paulo Guedes, que poderia aproveitar melhor a sobra de recursos do Bem, segundo Paulo Solmucci, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). 
A previsão do governo para os gastos com o Bem foi de R$ 51,5 bilhões, mas, até ontem, R$ 33,5 bilhões foram pagos, conforme dados do Tesouro Nacional. Logo, há R$ 18 bilhões de recursos que poderiam ser utilizados na prorrogação do benefício, na avaliação de empresários que consideram demissões ou mesmo o fechamento de empresas, apesar de a MP obrigar as empresas que utilizaram o benefício a não demitirem os trabalhadores nos próximos 240 dias, caso tenha utilizado o auxílio durante o mesmo período.
“Há mais de dois meses temos falado com o ministro sobre a necessidade de prorrogação do Bem para continuar dando um respiro para o setor, porque, durante o período do benefício, os empresários reduziram a jornada e salários daqueles funcionários que eram menos essenciais à operação. Agora, se não houver uma continuidade de alguma ajuda do governo, como não é possível demitir os dispensáveis, vamos ter que, para evitar uma falência, começar a demitir os trabalhadores essenciais”, explicou o presidente da Abrasel.
Especialistas lembram que, como não há um programa de vacinação em massa bem elaborado, o setor de serviços, que é o que mais emprega e um dos que mais utilizou o Bem, não vai conseguir se recuperar no início de 2021 e, portanto, ainda continuará dependendo de ajuda do governo, como vem ocorrendo nos países desenvolvidos.
“A prorrogação do Bem é fundamental para evitar a destruição do emprego formal. Todo mês de janeiro tem o período de ressaca no mercado de trabalho, porque muitos temporários são demitidos”, afirmou o economista José Luis Oreiro, professor da Universidade de Brasília (UnB). “O que chama a atenção é que o Brasil é o único país do mundo que escolhe não renovar os auxílios emergenciais enquanto os Estados Unidos e os países europeus estão dando continuidade aos pacotes fiscais”, comparou. “E, para piorar, ainda não sabemos quando vai começar a vacinação no Brasil. Temos um cenário de terra arrasada”, emendou.
Dificuldades 

De acordo com Solmucci, 400 mil empresas do setor aderiram ao Bem e relatam dificuldades em continuar as operações enquanto não houver um plano de vacinação em massa da população para que a economia recupere a normalidade e volte a crescer. Ele contou que neste fim de ano, a maioria essas empresas está com mais dificuldade para se equilibrarem, porque o governo obrigou o pagamento do 13º salário integralmente para os trabalhadores que tiveram redução de jornada e, para piorar, esse pagamento coincide justamente com o período em que os tributos diferidos começaram a serem pagos juntamente o com o fim do período de carência dos empréstimos obtidos durante a pandemia para o fluxo de caixa, como é o caso do Programa Nacional de Apoio às Microempresas (Pronampe), criado durante a pandemia, além dos reajustes de aluguel, que estão ocorrendo acima de 20%.
“Estamos com 44% das empresas faturando menos da metade do que faturaram antes da pandemia. Não dá para absorver todas essas contas que estão acumulando. Uma em cada quatro empresas do setor não conseguiu pagar o 13º salário neste ano e o Ministério da Economia resolveu não usar os recursos do Bem para ajudar essas companhias”, lamentou Solmucci. Para ele, o governo foi ágil em criar a MP 935 para ajudar a preservar o emprego e a renda dos trabalhadores, mas não teve sensibilidade para entender a necessidade de uma prorrogação do benefício para evitar o aumento de falências e de desemprego a partir do ano que vem. Para Solmucci, além do aumento de falências a partir de janeiro, a judicialização contra as medidas impostas para evitar demissões por conta do Bem, deverá aumentar.
Tito Bessa Junior, presidente da Associação Brasileira dos Lojistas de Satélites (Alos), contou que o Bem foi muito importante para o setor que responde por mais de 60% das lojas dos shoppings nacionais. Nós usamos bastante e isso foi um dos grandes benefícios que nos fez chegar vivo até aqui. A redução de jornada foi um oxigênio para o setor”, afirmou. Agora, o segmento ainda enfrenta um outro problema além do fim do programa: os shoppings querem cobrar 23% de reajuste no aluguel e até 13º. “Ninguém aguenta porque as vendas caíram 35% no ano. Muita gente vai quebrar assim”, alertou. Ele, inclusive, defendeu a necessidade de uma vacinação em massa para que o setor consiga voltar à normalidade.
Uma proposta da Alos para ajudar na manutenção dos empregos é a redução dos horários de funcionamento dos shoppings. “Aí seria possível trabalhar com apenas um turno”, defendeu Bessa Jr..
Procurado, o Ministério da Economia confirmou o fim do Bem a partir de 1º de janeiro de 2021 e não comentou sobre os recursos previstos e não utilizados pelo programa. Na véspera, o ministro interino da pasta, Marcelo Guaranys, contou que o governo considera a adoção de algumas medidas emergenciais que foram positivas para a economia neste ano “caso for necessário”.

Guedes ajudou a economia do Brasil ou fracassou em 2020? Analistas comentam (Portal UOL, 31/12/2020)

31 quinta-feira dez 2020

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Erros de Paulo Guedes, José Luis Oreiro

Antonio Temóteo

Do UOL, em Brasília

31/12/2020 04h00

O ministro da Economia, Paulo Guedes, não conseguiu fazer avançar no Congresso Nacional em 2020 a agenda de reformas fiscais para reequilibrar as contas públicas. Também as privatizações prometidas não evoluíram. As propostas de reforma administrativa e parte da tributária foram enviadas ao Legislativo, mas ainda não têm nem sequer relatórios apresentados. Guedes também não conseguiu criar o programa social que substituirá o Bolsa Família, com a unificação de benefícios sociais e protagonizou disputas públicas com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e com o ministro do Desenvolvimento, Regional, Rogério Marinho. Por outro lado, a equipe econômica conseguiu reduzir parte do efeito negativo da pandemia de coronavírus na economia, liberando ajuda a empresas e trabalhadores. A avaliação é de especialistas ouvidos pelo UOL. Alguns dizem que Guedes ajudou o país, mas outros dizem que ele foi “incompetente”.

Guedes tem de dividir resultados com Maia Os especialistas também afirmam que pelo segundo ano consecutivo Guedes teve de dividir o protagonismo com Maia. O presidente da Câmara ajudou na elaboração ou na aprovação das propostas para enfrentar a pandemia. Exemplos são o pagamento do auxílio emergencial, a liberação de crédito para empresas, a renegociação de dívidas e o programa de redução de salários e de jornada de trabalho.

Enquanto a queda do PIB (Produto Interno Bruto) ultrapassará 10% em vários países – entre os exemplos estão Espanha e Itália -, no Brasil, a retração é estimada em 4,5%. Mesmo que a redução do PIB seja menor que a de outros países, será a maior queda da história da economia brasileira em um único ano, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Pessimismo com recuperação econômica

Mesmo que o governo e o Congresso tenham reduzido os danos econômicos em 2020, os especialistas estão pessimistas com a recuperação da economia em 2021, sobretudo no primeiro trimestre, sem o início da vacinação e com o fim do auxílio emergencial.

“Até a Argentina, que é um país quebrado, já tem uma vacina. A população brasileira e os empresários têm medo de uma segunda onda do coronavírus, mas o Brasil não tem perspectiva de um programa de vacinação. O setor de serviços, o maior da economia, está abalado pela crise do coronavírus e pode sofrer de novo se nada for feito. Nova quarentena, com restrição de mobilidade, vai quebrar várias empresas”

Margarida Gutierrez, economista e professora da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro)

Danos foram reduzidos, mas desafios continuam Margarida Gutierrez declarou que as críticas feitas ao ministro da Economia, de que ele só prometeu e não cumpriu nada, são exageradas, já que a pandemia afetou todo o país. Ela afirmou que o Brasil terá uma das menores quedas de PIB em relação aos demais países.

“Avaliar o Guedes é avaliar que o Brasil se sustentou bem durante a crise. Essa performance é melhor que a maioria dos países. Deve-se ao pacote fiscal e ao BC [Banco Central], que elevaram a liquidez e disponibilizaram quase R$ 3 trilhões. Somente o nosso pacote fiscal chega a R$ 620 bilhões, o equivalente a 8,5% do PIB. Sob esse ponto de vista, não podia ser melhor”. Margarida Gutierrez.

Apesar de considerar o resultado positivo no combate à pandemia, Margarida afirmou que o desequilíbrio das contas do governo é recorde, e 2021 será um ano de redução de gastos públicos. “O problema é como equacionar isso e dar sustentabilidade para a dívida pública. As demandas sociais são imensas. Vão exigir uma calibragem da política fiscal [gastos do governo], econômica e retirada de estímulos. Estamos muito atrasados na vacinação. Teremos um primeiro trimestre ruim”. Margarida Gutierrez

A economista afirmou que o país precisará manter algum estímulo fiscal ou auxílio para os pobres, mas precisará aprovar as reformas fiscais para manter alguma credibilidade e se recuperar. A manutenção de benefícios sociais sem nenhuma aprovação de propostas pelo Congresso afundará o país em uma recessão, avalia.

Ministro não soube lidar com pandemia, diz economista

O economista José Luís Oreiro, professor do Departamento de Economia da UnB (Universidade de Brasília), declarou que em 2020 chamou atenção o fato de Guedes “não ter a mais remota ideia do que fazer para lidar com a pandemia do coronavírus”.

Segundo Oreiro, Guedes errou ao declarar em março que o Brasil liquidaria o coronavírus com R$ 5 bilhões. Além disso, ao sinalizar um auxílio emergencial de R$ 200, Guedes mostrou que estava perdido.

“O ministro da Economia foi contra o auxílio emergencial. Queria um coronavoucher de R$ 200. O Congresso Nacional que votou a criação do auxílio de R$ 600, com o protagonismo do deputado Rodrigo Maia”. José Luís Oreiro.

“Economista incompetente”

“Guedes se mostrou incompetente. Também não tem a menor ideia do que fazer após a crise”. José Luis Oreiro.

O economista da UnB criticou a decisão de Guedes de tirar férias até janeiro enquanto o país está mergulhado em uma crise enorme. Ele afirmou que o governo e Guedes acreditam que em 1º de janeiro de 2021, como em um passe de mágica, a economia vai voltar a crescer e o vírus vai sumir.

“O cenário para 2021 é uma economia sem auxílio emergencial, com aumento dos casos de coronavírus e sem nenhuma perspectiva de início da vacinação. Vai ser a tempestade perfeita em janeiro, fevereiro e março. Estamos indo par ao caos. Torço para que em 2021 a gente tenha outro ministro da Economia”. José Luís Oreiro.

Ano de brigas com Maia e Marinho

O ministro da Economia também protagonizou diversas brigas com o Maia e Marinho ao longo de 2020. Em um deles, Guedes, afirmou, sem provas, de que havia boatos de que o presidente da Câmara fizera um acordo com a esquerda para não pautar as privatizações. Guedes também afirmou também que o debate sobre o tema está interditado. Maia rebateu dizendo que Guedes estava “desequilibrado”.

Em outro episódio, Guedes afirmou em audiência pública no Congresso que a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) financiava estudos para “ministro gastador” furar o teto de gastos, em referência a Marinho. O UOL obteve com exclusividade uma cópia do contrato que detalha o objetivo do estudo financiado pela Febraban e outras 10 entidades, citado por Guedes. A proposta prevê investimentos públicos e privados em obras de infraestrutura, mas não aponta estouro de gastos e apoia a “política liberal” do governo. Política liberal defende controle de gastos públicos.

Link da matéria: Guedes ajudou a economia do Brasil ou fracassou em 2020? Analistas comentam – 31/12/2020 – UOL Economia

Governo propões meta fiscal fixa para o próximo ano (Correio Braziliense, 12/12/2020)

28 segunda-feira dez 2020

Posted by jlcoreiro in Crise do Coronavírus, Erros de Paulo Guedes

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Crise do Coronavírus, Erros de Paulo Guedes

Ideia de se estabelecer um horizonte flexível para o próximo ano foi criticada por especialistas e pelo TCU, e acabou deixada de lado. Número e data, porém, ainda não foram confirmados pelo ministério, mas espera-se que saiam nos próximos dias

SKSimone KafruniRHRosana Hesselpostado em 12/12/2020 07:00

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 (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

O governo decidiu propor uma meta fiscal fixa para 2021 e abandonar a ideia de meta flexível, proposta que estava sendo criticada por especialistas e pelo Tribunal de Contas da União (TCU) — que deu um parecer criticando a medida no fim de outubro. A mudança foi acatada na reunião da junta orçamentária, na quinta-feira, e a expectativa era de que o governo enviasse, ontem, ao Congresso uma meta de deficit primário de R$ 232,1 bilhões para 2021 nas contas do governo central, que inclui Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central. Contudo, o número da nova meta e a data ainda não foram confirmados pelo Ministério da Economia.https://e46ce1b2ec7493d5ad5a953128fa3bbe.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-37/html/container.html

O objetivo é criar um horizonte para o deficit primário próximo do que estava previsto no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias e no Projeto de Lei Orçamentária Anual, ambos de 2021. No PLOA, a estimativa para o rombo nas contas do governo central estava em R$ 233,6 bilhões, o equivalente a 3% do Produto Interno Bruto (PIB). No PLDO, a estimativa era de R$ 149,6 bilhões, ou 1,84% do PIB. “Haverá um ajuste nesses números”, disse uma fonte do governo sem adiantar o valor.

O envio do documento com a nova meta deverá ser formalizado na semana que vem, segundo fontes da Economia. O relator da matéria é o senador Irajá Silvestre Filho (PSD-TO), que, segundo a assessoria do parlamentar, pretende apresentar seu parecer para os próximos dias.PUBLICIDADE

As contas públicas estão no vermelho desde 2014 porque as receitas não são suficientes para cobrir as despesas. Com isso, o governo vem registrando rombos consecutivos, aumentando o endividamento do país, que ser aproxima de 100% do PIB. Pelas estimativas da Instituição Fiscal Independente (IFI), até 2030, o governo ainda deverá apresentar deficit primário.

Neste ano, devido ao decreto de estado de calamidade, em virtude da pandemia de covid-19, e da aprovação do orçamento de guerra, a meta fiscal foi suspensa por conta dos gastos emergenciais. Inicialmente se propunha um deficit de até R$ 124,1 bilhões, mas a previsão da equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, é de encerrar 2020 com um buraco de R$ 844 bilhões, o maior da história, nas contas do governo central.

Alerta do tribunal

Após a decisão do TCU, em outubro, de apontar que a falta de meta era um desrespeito à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), especialistas em contas públicas vinham criticando a falta de um horizonte. Havia o consenso de que, se a equipe econômica insistisse na medida, o presidente Jair Bolsonaro cometeria crime de responsabilidade fiscal, e abriria o caminho para um processo de impeachment.

Em abril, quando o PLDO foi enviado ao Congresso com a meta flexível, o então secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, apoiou a medida, mas, hoje, critica que não esteja fixada. “Tínhamos que mandar o PLDO, em maio, e, naquela época, a projeção da receita ainda era muito maior. E, sem a projeção correta da receita de 2020, não tinha como projetar 2021. Agora, é diferente, porque se tem mais clareza do cenário de arrecadação. Assim, dá para fixar meta”, salientou Mansueto.

Segundo o ex-secretário, apesar da demora para acatar a decisão do TCU, técnicos da equipe econômica estavam caminhando nessa direção. “Quando fizeram a PLOA, em agosto, já tinham uma boa estimativa de deficit primário para 2021, por volta de 3% do PIB”, acrescentou.

Máquina pública sob ameaça de shutdown

A LDO é a lei que traça as linhas mestras do Orçamento e, por isso, precisa ser aprovada no ano anterior ao exercício para entrar em vigor. Sem ela, a máquina pública corre o risco de shutdown –– a paralisação de todo o Estado –– logo no primeiro dia de 2021, por falta de recursos. Sem a LDO, o governo fica a descoberto, pois não há a regra do duodécimo (1/12), prevista em lei para a liberação de recursos até a aprovação do Orçamento, de acordo com o economista José Roberto Afonso, um dos autores da LRF e professor do IDP.

Conforme determinação do presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (DEM-AP), a LDO será apreciada pelo plenário das duas Casas no próximo dia 16. Aliás, a decisão do senador em marcar a votação da LDO direto no plenário foi resultado da indefinição dos líderes para compor a mesa da Comissão Mista de Orçamento, que não foi instaurada.

De acordo com o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), os líderes trabalham em um consenso para aprovar a medida sem passar pela CMO. “O PLDO é muito importante e é uma prioridade para o governo”, disse.

As incertezas sobre o tamanho do deficit, em 2021, persistem, principalmente sobre a manutenção do teto de gastos — emenda constitucional que limita o aumento de despesas pela inflação do ano anterior — e a regulamentação dos gatilhos no caso de descumprimento, prevista pela PEC Emergencial, cujo relatório só deverá ser enviado no ano que vem.

O economista-chefe da Austin Ratings, Alex Agostini, calcula um deficit primário menor para 2021, mas não descarta um rombo maior. “Nossa estimativa é R$ 220 bilhões, porque o governo ainda tem a chance de fazer um bom programa de privatizações e concessões. Se não conseguir, o deficit vai ser maior, de R$ 300 bilhões”, estimou.

Na avaliação do professor do Departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luís Oreiro, diante das sucessivas crises pelas quais passou o país, a previsão de deficit não é um problema estrutural. “A economia vai encolher 5% este ano, mas sequer tinha se recuperado das crises anteriores. Então, ainda está entre 8% a 9% abaixo de 2013, considerando o período de recessão”, lembrou.

O grande desafio do governo será retomar o crescimento aos patamares de 2013 o mais rapidamente possível para aumentar a arrecadação e a reduzir o rombo das contas públicas, de acordo com Oreiro. “Sem a recessão e o coronavírus, o PIB, hoje, seria 5% a 6% mais alto, e o governo geraria superavit. Isso mostra que o problema fiscal não é estrutural, mas resultado da recessão e da pandemia, duas crises que se sobrepuseram”, esclareceu. Ele aposta na prorrogação do estado de calamidade porque “a realidade vai se impor”.

Gustavo Bertotti, economista-chefe da Messem Investimentos, reconheceu que o mercado brasileiro está muito atrelado ao cenário internacional e, se não fosse isso, os efeitos da nova previsão de deficit fiscal para 2021 teriam tido um impacto maior na Bolsa de Valores de São Paulo (B3). “Hoje, temos uma injeção de capital estrangeiro. Além disso, o mercado sente o reflexo da eficácia da vacina e do estímulo fiscal nos Estados Unidos”, disse.

A questão fiscal e o alto endividamento do país, aliados ao atraso na agenda reformista, poderiam ter impacto muito maior na Bolsa e no dólar. “Isso tudo pesa, mas o fluxo de capital estrangeiro está equilibrando os ânimos”, avaliou. (RH e SK)

José Oreiro avalia Paulo Guedes (Portal Disparada, 05/07/2020)

07 terça-feira jul 2020

Posted by jlcoreiro in Erros de Paulo Guedes, José Luis Oreiro

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Erros de Paulo Guedes, José Luis Oreiro

O professor de economia da Universidade de Brasília, José Oreiro, analisa a atuação do Ministro da Economia, Paulo Guedes.

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Auxílio de R$ 600: Congresso quer manter, governo diz não ter dinheiro (Correio Braziliense, 23/06/2020)

24 quarta-feira jun 2020

Posted by jlcoreiro in Crise do Coronavírus, Genocidio Bolsonarista, Herr Bolsonaro, José Luis Oreiro, Oreiro, Renda Básica Emergencial

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Crise do Coronavírus, Erros de Paulo Guedes, José Luis Oreiro, Renda Básica Emergencial

Bolsonaro confirma prorrogação da ajuda emergencial a informais e pessoas que perderam renda durante a pandemia, mas diz que governo não tem mais como pagar R$ 600, como defendem parlamentares. Dimensão do contingente de excluídos acelera discussão sobre renda mínima
[O governo estuda o que fazer depois de pagar a terceira e última parcela do auxílio emergencial de R$ 600. Ontem, o presidente Jair Bolsonaro disse que pretende prorrogar o auxílio, mas ressalvou que o Executivo não tem caixa para bancar mais parcelas de R$ 600. “O (ministro da Economia) Paulo Guedes decidiu pagar a quarta e a quinta parcelas, mas falta acertar o valor. A União não aguenta outra do mesmo montante. Por mês, nos custa R$ 50 bilhões”, disse o presidente. “Queremos atender o povo com responsabilidade. O comércio voltando a abrir, podemos ter um valor um pouco mais baixo”, afirmou.Segundo a equipe econômica, o número de trabalhadores informais que mostraram ter direito ao benefício, os chamados “invisíveis”, superou todas as expectativas. Cerca de 64 milhões de brasileiros já foram aprovados para receber os R$ 600 e mais 2,6 milhões de cadastros seguem em análise no Ministério da Cidadania. Por isso, o orçamento saltou de R$ 98,2 bilhões para mais de R$ 151 bilhões.

Guedes e Bolsonaro já indicaram que a ideia é pagar mais duas parcelas de R$ 300 cada. Porém, a ideia não caiu bem no Congresso. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse que o ideal seria manter os R$ 600. Uma fonte da equipe econômica confirmou que a ideia dos R$ 300 é a mais forte, mas contou que não está descartado pagar uma só parcela de R$ 600, ou três de R$ 200.

A proposta final deve ser definida nesta semana. A discussão sobre a renda básica, contudo, não deve acabar por aí. Agora que todo o Brasil sabe da situação de vulnerabilidade de milhões de informais, o governo vai ter que rediscutir o sistema de assistência social. O que vem sendo costurado pelos ministérios da Economia e da Cidadania é um novo programa social que atenda os trabalhadores informais e contemple todos os benefícios sociais já existentes, inclusive, o Bolsa Família.

Segundo uma fonte ligada ao governo, o Renda Brasil deve facilitar a contratação dos informais e dobrar o número de brasileiros atendidos por transferências diretas de renda. O valor do novo benefício deve ser similar ao do Bolsa Família, que paga, em média, de R$ 200 para cada uma das 14 milhões de famílias cadastradas.

No entender de Cristiano Noronha, cientista político da Arko Advice, quando começou a discutir o auxílio emergencial, o governo não fazia ideia de quantas pessoas se qualificariam, não sabia quanto tempo a quarentena duraria, nem o impacto na arrecadação. “Agora, já conhece os impactos fiscais e, por isso, está propondo um valor menor. Não tem mais condições de bancar R$ 600. Como o Congresso resiste aos R$ 300, deve ficar em um valor intermediário”, estimou.

O especialista explicou que o governo está criando outros passivos – aviação, setor elétrico, estados e municípios. “Existe uma pressão por mais investimento, ao mesmo tempo em que a arrecadação está caindo. Ainda terá aumento do seguro desemprego. O governo terá que compatibilizar diversas demandas até o fim do ano”, disse.

Para o economista Roberto Luis Troster, mais importante do que a economia é o bem-estar da nação. “A questão da dívida é importante, mas pode ser solucionada de outras formas”, opinou. Já José Luís Oreiro, professor de Economia da Universidade de Brasília (UnB), acredita que a proposta do Congresso vai se sobrepor à do Ministério da Economia. “Não há possibilidade de reduzir o auxílio para R$ 300 em um momento em que as curvas de casos e de mortes estão ascendentes. É empurrar a população para uma carnificina sem precedentes”, disse.

Fernando de Aquino, coordenador da Comissão de Política Econômica do Conselho Federal de Economia (Cofecon), sustenta que, com o desemprego alto e a pandemia ainda crescente, a renovação deveria ser por mais três meses de R$ 600. “O governo tem espaço para se endividar mais, o mundo inteiro está se endividando, é uma conjuntura extraordinária”, destacou.

Mais uma Fake News do Posto Ipiranga

22 segunda-feira jun 2020

Posted by jlcoreiro in Carga Tributária

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Carga Tributária, Erros de Paulo Guedes

Dr. Arthur Laffer, Economist and professor at University of Southern California, with “Laffer Curve” on blackboard, Feb. 23, 1981. (AP Photo)

Um dos temas recorrentes em minhas postagens desde janeiro de 2019 tem sido mostrar como o Czar da Economia, Paulo Guedes, faz afirmações públicas que não tem nenhum embasamento empírico. Desde a célebre afirmação de que (sic) uma carga tributária superior a 20% é o quinto dos infernos, passando pela falta de transparência, para dizer o mínimo, com os dados que fundamentaram a proposta de Reforma da Previdência do Ministério da Economia, até a pérola de que com R$ 5 bilhões o Brasil poderia (sic) vencer o coronavírus. Numa situação normal – ou seja, caso o Brasil tivesse um Presidente da República interessado em governar o país ao invés de arrumar confusão com a China, os Ambientalistas, com a Câmara dos Deputados, o Senado Federal, o Supremo Tribunal Federal, a Organização Mundial de Saúde, o Papa Francisco, enfim, com a totalidade do planeta Terra – Paulo Guedes já teria sido demitido do cargo que ocupa há muito tempo. Claro que a blindagem dada a ele pelo mercado financeiro ajuda a mantê-lo na cadeira que ocupa; mas convenhamos a função de defensor dos interesses do mercado financeiro e do capital internacional poderia ser feita de maneira mais competente e polida por outra pessoa que não o Paulo Guedes. Ele não caiu até agora porque é um ogro que nem seu chefe e também porque nenhuma pessoa civilizada, no seu juízo perfeito e com um mínimo de competência para comandar a equipe econômica do governo está disposta a sujar seu currículo trabalhando para o pior governante da história do Brasil, desde Dona Maria I, a Louca.

Mas hoje o Czar Guedes conseguiu se superar. Ao invés de se contentar a fazer o que sempre faz, que é apresentar teses estapafúrdias sem comprovação nos dados, o Ministro da Economia resolveu inovar. Para mostrar a necessidade de reduzir a carga tributária brasileira, Paulo Guedes criou um novo conceito de carga tributária, a saber: a soma da carga tributária propriamente dita com o déficit nominal do setor público. Essa pérola das finanças públicas, divulgada na apresentação “A reconstrução do estado” (notem “estado” com letra minúscula), seria supostamente baseada no Ranking de carga tributária da OCDE de 2017. No slide 8 dessa apresentação o Brasil aparece com uma carga tributária de 41,3%, igual a soma da carga tributária propriamente dita igual a 32,3% (total de impostos e contribuições/PIB) com o déficit nominal do setor público de 9% do PIB. Acontece que esse não é o conceito de carga tributária usada no relatório da OCDE que o ministro cita em sua apresentação.

Segue abaixo o slide usado na apresentação

 

Com efeito, no relatório “Revenue Statistics in Latin American and the Caribbean 2020-Brazil” está escrito que “Brazil´s tax-to-GDP ratio in 2018 (33,1%) was above the LAC average (23,1%). Mas esse não é o pior erro. Todos os demais países que aparecem na tabela acima tem a sua carga tributária definida da forma convencional, ou seja, pela razão entre a receita de impostos (e contribuições) e o PIB! Para piorar deliberadamente a posição do Brasil no ranking o Todo Poderoso Ministro da Economia que se gabou de ter lido Keynes no original três vezes (e pelo visto sem entender nada) adicionou o déficit nominal no cálculo da carga tributária brasileira mas se “esqueceu” de fazer o mesmo com os demais países da amostra.

Para que tenhamos uma ideia precisa da posição relativa do Brasil no que se refere a carga tributária podemos utilizar os dados fornecidos pela Instituição Fiscal Independente em seu Relatório de Acompanhamento Fiscal de dezembro de 2018. Na seção 4 que trata da carga tributária no Brasil e nos países da OCDE, destaca-se a figura abaixo.

Essa figura mostra a evolução da carga tributaria dos países da OCDE entre 2009 e 2016 comparando com a evolução da carga tributária brasileira. Segundo a IFI “a média da carga tributária dos países da OCDE alcançou seu auge de 34,2% do PIB no ano de 2016, após crescer quase 2 pontos porcentuais (p.p.) do PIB em relação aos 32,3% de 2009. Esses crescimento se processou de maneira bastante generalizada entre os países. Entre 2009 e 2016, a carga tributária cresceu em 30 países e caiu em apenas cinco, sendo que o maior aumento foi de 7,9 p.p. do PIB na Grécia e as maiores quedas foram de 3,2 p.p. na Noruega e 4,3 p.p. na Irlanda“. Na comparação com o Brasil a IFI afirma que “A tendência mais geral de crescimento da carga nos países da OCDE destoa do padrão observado no Brasil. No ano de 2009, a carga tributária brasileira de 32,3% do PIB era idêntica à média dos países da OCDE. Deste então, a carga brasileira ficou estabilizada nos mesmos 32,3% do PIB em 2016, passando a se situar cerca de 2 p.p. do PIB abaixo da média dos países da OCDE“.

Ou seja, ao contrário do que ocorre no Universo Paralelo do Ministro da Economia Paulo Guedes, não só a Carga Tributária do Brasil tem permanecido estável nos últimos 10 anos, como ainda se encontra 2 p.p abaixo da média dos países da OCDE.

Mas porque Paulo Guedes cria esse conceito, digamos, exotérico de carga tributária? A resposta fica clara no slide 9 da apresentação do ministro. Ele cria esse novo conceito de carga tributária, exclusivo para o Brasil, inflando assim o número, para na sequencia dizer que é preciso aprovar as PECs fiscais (186, 187 e 188), bem como a reforma administrativa. Ou seja, Guedes atribui a alta carga tributária no Brasil ao (sic) excesso de gastos com os servidores públicos.

Essa é outra Fake News do Posto Ipiranga. No estudo da IFI que citamos acima, observamos outra figura que apresenta a relação entre a carga tributária e os gastos sociais como proporção do PIB.

Sobre a figura acima a IFI afirma que “um dos fatores que mais ajuda a explicar o tamanho da carga tributária no Brasil, a qual pode ser considerada
relativamente elevada para uma economia em desenvolvimento, é o volume de gastos sociais. Como se pode verificar no Gráfico 18, há uma correlação positiva (forte) entre as duas variáveis: gasto social e carga tributária. Ou seja, a elevada disparidade de cargas tributárias entre os países é explicada em grande medida pelos respectivos volumes de gastos sociais: aqueles com maiores gastos sociais como Dinamarca e França são os que possuem maiores cargas tributárias; e o contrário ocorre em países como Chile e México de menores níveis de gastos sociais e de cargas tributárias. Em média, o gasto social representa 62% da carga tributária dos países da OCDE e na maioria desses países (27 dos 35) se situa entre 50% e 70% da carga tributária. É interessante notar que a relação entre gastos sociais e carga tributária no Brasil possui uma boa aderência com aquela verificada nos países da OCDE: a estatística Brasileira se encontra muito próxima da linha pontilhada no Gráfico 18. A estimativa dos gastos sociais brasileiros é de 64% da sua carga tributária ou 20,7% do PIB, apenas um pouco abaixo da média dos países da OCDE de 21,1% do PIB despendidos em gastos sociais. Comparando-se apenas com os países Emergentes e economias em desenvolvimento que compõem a OCDE, o Brasil possui níveis de carga tributária e de gasto social muitos superiores do que México, Chile e Turquia, próximos aos da Polônia e inferiores aos da Hungria. Em resumo,
o Brasil possui um patamar de carga tributária relativamente elevada para uma economia em desenvolvimento e isto é  explicado em boa medida pelo tamanho dos seus gastos sociais“.

Em suma, a razão fundamental para a relativamente alta carga tributária no Brasil não é o gasto excessivo com funcionalismo público, mas o fato de que o Brasil possui um elevado gasto social como proporção do PIB na comparação com outros países. Se a opção é pela redução da carga tributária então a posição intelectualmente honesta (coisa difícil de se esperar de Paulo Guedes) é defender uma redução dos gastos sociais. Eu pessoalmente não tenho duvida que o pouco apreço que Paulo Guedes (coisa que ele já deixou transparecer em seus numerosos atos falhos) tem pelos mais pobres seja a razão de sua obsessão com a redução da carga tributária. Mas duvido que seja a vontade da esmagadora maioria da população brasileira. Guedes sabe que não tem como ganhar esse jogo, mas irá insistir até o fim para depois dizer que “não deixaram ele trabalhar”, imitando assim o “vitimismo” de seu (por ora) chefe.

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