De acordo com cálculos efetuados pelo economista Ricardo Barbosa, do grupo de conjuntura econômica do IE-UFRJ, reproduzidos na Figura 1 abaixo; desde setembro de 2016, quando o Banco Central começou a fazer as previsões mensais de inflação para o trimestre seguinte nos Relatório de Inflação, houve surpresa negativa em 100% dos casos! Em outras palavras, o Banco Central segue superestimando o IPCA.
Figura 1
Elaboração: Ricardo Barbosa. Grupo de Conjuntura Econômica do IE-UFRJ.
Esta é mais uma evidência de que o Banco Central do Brasil está “errando na mão” na condução da política monetária, fixando uma meta de taxa de juros muito maior do que a requerida para colocar a inflação na meta definida pelo Conselho Monetário Nacional, como eu havia explicado no post: https://jlcoreiro.wordpress.com/2019/03/09/a-despesa-ausente-por-que-as-despesas-com-juros-nao-aparecem-no-debate-sobre-o-ajuste-fiscal-no-brasil/
Em suma, existe ainda muito espaço para o BCB reduzir a taxa de juros e estimular a nossa combalida economia.
Não entendo nada de economia, mas é óbvio que existe uma ‘agenda oculta’ nas ações do BCB. O BCB é controlado e sofre influência pelo mercado financeiro. A política conduzida pelo BCB não visa uma estabilidade monetária, etc, mas o lucro dos operadores. Não é teoria da conspiração, simples constatação da realidade. O BCB não comete erros banais, quer errar… Esses ‘erros’ justificam uma taxa de juros maior e, por conseguinte, maiores lucros do mercado financeiro… Da mesma sorte, o inchaço das reservas cambiais não visa uma pretensa segurança, mas meios seguros de operações de carry trading. Simples assim!
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