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Inércia pode ser o dobro da estimada, apontam professores (Valor Econômico, 16/02/2022)

16 quarta-feira fev 2022

Posted by jlcoreiro in Debate macroeconômico, Indexação e inercia inflacionária

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Inércia inflacionária, Indexação, José Lus Oreiro, Julio Fernando Costa Santos, Reforma Monetária

Plano Real não eliminou todos os mecanismos de indexação existentes na economia
Por Anaïs Fernandes — De São Paulo

O Plano Real, iniciado em 1994, conseguiu remover mecanismos de indexação de
curto prazo da economia brasileira, mas ainda é um processo inacabado no
combate à inércia inflacionária, cujo coeficiente roda em 0,3, estimam os professores
José Luís Oreiro, da Universidade de Brasília (UnB), e Julio Fernando Costa Santos, da
Universidade Federal de Uberlândia (UFU), em capítulo que será publicado no livro
“Central Banks and Monetary Regimes in Emerging Countries” (Edward Elgar
Publishing).

Foto: Professor José Luis Oreiro (UnB, CNPq e UPV)
Foto: Professor Julio Fernando Costa Santos (UFU)

O Real, dizem os autores, ajudou a desarmar o “efeito memória” da inflação, de
modo que as taxas passaram de 2.477% em 1993 para 22,4% em 1995 e ficaram
abaixo de 10% ao ano em boa parte dos períodos seguintes. O plano, no entanto,
não eliminou todos os mecanismos de indexação existentes na economia. Além dos
salários, preços de energia, de serviços de telecomunicações e de abastecimento de
água, por exemplo, são reajustados com base em índices como o IPCA e o IGP-M. E o
financiamento público brasileiro é essencialmente via títulos de curto prazo e
indexados.
“Embora o plano tenha conseguido reduzir as taxas de inflação no Brasil para níveis
moderados nos primeiros anos após sua implementação, a inflação média de longo
prazo mostrou uma notável resistência a cair abaixo de 5% ao ano, devido à
manutenção da indexação de preços para períodos superiores a um ano”, dizem os
autores.
Eles analisaram o comportamento de quatro índices (IPCA preços livres, IPCA cheio,
IGP-M e IPA), controlados por diversas variáveis explicativas, como a taxa de câmbio
efetiva, o hiato do produto (medida para a ociosidade da economia), o IBC-Br (Índice
de Atividade Econômica do Banco Central), a taxa de juros real de curto prazo e a
expectativa de inflação no boletim Focus.

“Os resultados obtidos mostram que todos os índices de inflação possuem efeito
inercial significativo”, afirmam os autores. “Ainda não desarmamos instituições que
faziam sentido durante o período de inflação alta, mas que não fazem mais hoje.
Esses mecanismos precisam ser desmontados para que o Brasil consiga ter uma
inflação baixa. O coeficiente inflacionário para um período grande está acima de 0,3,
é muito maior do que o 0,10, 0,15 estimado em outros estudos”, aponta Oreiro.
Os autores testaram também a evolução da inércia ao longo do tempo para os
índices brasileiros e para o American Consumer Price Index (CPI), medida para a
inflação ao consumidor nos Estados Unidos. Os quatro índices de inflação brasileiros
sempre apresentam um nível superior ao da economia americana, observa o
estudo. “Depois do Plano Real, o coeficiente de inércia inflacionária caiu, mas
permaneceu significativamente acima do caso de controle, que é os EUA”, diz Oreiro.

Os autores testaram também a evolução da inércia ao longo do tempo para os
índices brasileiros e para o American Consumer Price Index (CPI), medida para a
inflação ao consumidor nos Estados Unidos. Os quatro índices de inflação brasileiros
sempre apresentam um nível superior ao da economia americana, observa o
estudo. “Depois do Plano Real, o coeficiente de inércia inflacionária caiu, mas
permaneceu significativamente acima do caso de controle, que é os EUA”, diz Oreiro.
O aumento do efeito inercial em determinados períodos não significa exatamente
um aumento no grau de indexação da economia, dizem os autores, mas o grau
ainda elevado de indexação implica uma rigidez na redução do efeito inercial.
“Dificulta muito o controle da inflação por meio da política monetária, uma vez que
exige taxas de juros de curto prazo muito altas para manter a inflação em níveis
moderados”, afirmam.

Economia Pós-Keynesiana, Coronavírus e Indexação: Entrevista de José Luis Oreiro para o Site da Editora da UFSM (12/05/2020)

12 terça-feira maio 2020

Posted by jlcoreiro in Crise do Coronavírus, Economia Pós Keynesiana, Indexação, José Luis Oreiro, UFSM

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Crise do Coronavírus, Economia Pós-Keynesiana, Editora UFSM, Indexação, José Luis Oreiro

 

Link: https://editoraufsm.com.br/informativos/EntrevistacomJoseLuisOreiro/

 

Recentemente a UFSM realizou uma web conferência com título “O efeito da Covid-19 na economia brasileira”. Nela participaram Roberto Requião, ex-Governador e ex-Senador do Paraná, Luiz carlos Bresser Pereira, ex Ministro da Fazenda e José Luis Oreiro professor da UnB.

José Luis Oreiro é co-organizador do livro “Moeda e Sistema Financeiro: Ensaios em homenagem a Fernando Cardim de Carvalho”, publicado pela Editora UFSM em 2019.

Considerando os levantamentos apontados na obra e a economia atual brasileira, a equipe da editora elaborou algumas questões ao professor José Luis Oreiro que tange estes dois assuntos.

  1. Atualmente a teoria pós-keynesiana ainda é mencionada, segundo os críticos, por apenas rejeitar teses e não apresentar soluções?

 

Em 1979 o economista neoclássico Robert Solow ao escrever um artigo sobre o estado da arte da macroeconomia se referiu a teoria pós-keynesiana como “um estado de espírito” em função da multiplicidade de abordagens que se auto denominavam de pós-keynesianas; mas que não se compartilhavam um arcabouço teórico unificado. Desde então um notável progresso foi obtido no sentido de unificar as diversas vertentes do pensamento pós-keynesiano. Com efeito, os assim denominados modelos de consistência entre fluxos e estoques[1] (stock-flow consistent models), elaborados a partir das contribuições seminais de Wyne Godley, fornecem uma estrutura contábil consistente na qual é possível incorporar as diferentes vertentes da escola pós-keynesiana por intermédio de “fechos” alternativos para o sistema de equações comportamentais. Isso foi um avanço notável. Esses modelos têm sido crescentemente usados por uma série de pesquisadores para tratar de temas diversos como a análise de diferentes regimes fiscais, o impacto de mudanças na distribuição de renda, a financeirização e, mais recentemente, as questões relacionadas a sustentabilidade ambiental. Esses modelos permitiram resolver, em larga medida, o problema da separação entre as teorias pós-keynesianas do crescimento e distribuição – desenvolvidas a partir das contribuições originais de Nickolas Kaldor, Luigi Pasinetti e Joan Robinson – e a teoria monetária pós-keynesiana – desenvolvida a partir dos trabalhos de Paul Davidson, Hyman Minsky e Jan Kregel – apontado por Kregel em seu artigo de 1985 no American Economic Review.

 

É claro que ainda existem muitas divergências. Nos últimos anos tem ocorrido um intenso debate sobre o assim denominado “princípio da instabilidade” de Harrod e suas implicações para a teoria do crescimento e distribuição de renda. Autores como Peter Skott defendem que o problema da instabilidade só pode ser adequadamente tratado por intermédio de modelos nos quais (i) a velocidade de ajuste dos preços a choques de demanda seja superior a velocidade de ajuste das quantidades, o que implica na endogenização da distribuição funcional da renda; (ii) a velocidade de ajuste da acumulação de capital às variações da demanda agregada seja superior a velocidade de ajuste da poupança agregada. Tais modelos deverão apresentar instabilidade local (no entorno da posição de steady-state); mas estabilidade global de forma que a economia deverá apresentar uma dinâmica caracterizada por crescimento cíclico, ao invés de uma trajetória de crescimento balanceado. Autores como Lavoie rejeitam esse tipo de abordagem, mantendo-se fiéis aos modelos neo-kaleckianos tradicionais onde (i) a distribuição de renda é exógenamente determinada e (ii) os processos dinâmicos são localmente estáveis, de forma que a economia irá convergir para uma trajetória de crescimento balanceado no longo-prazo. Esta é ainda uma questão em aberto no paradigma pós-keynesiano[2].

 

 

 

 

 

 

  1. Em relação a incerteza não probabilística, o quanto ela interfere nas movimentações de mercado?

 

Não é possível quantificar seu efeito, mas a instabilidade observada nos preços dos ativos financeiros é, sem sombra de dúvida, resultado de mudanças na percepção de incerteza por parte dos agentes econômicos, ou seja, aquilo que Keynes denominava de estado de confiança. Quando a confiança se enfraquece, os agentes procuram adotar estratégias defensivas face a essa maior percepção de incerteza, o que os leva a demandar uma proporção maior de ativos líquidos, ou seja, facilmente conversíveis em meio de pagamento, nos seus portfólios. O resultado dessa “fuga para liquidez” é uma redução dos preços dos ativos menos líquidos como ações e títulos de dívida privados. A redução do valor de mercado desses ativos, se suficientemente grande, poderá tornar muitas empresas financeiras e não financeiras insolventes, pois os passivos dessas empresas têm geralmente seu valor fixo em termos da moeda corrente. É exatamente o que está acontecendo agora no Brasil e no mundo. A pandemia do novo coronavírus gerou um aumento da percepção de incerteza, a qual levou a uma queda do estado de confiança e a uma fuga para a liquidez. O resultado foi um movimento generalizado de queda dos preços das ações, aumento das taxas de juros sobre os títulos da dívida privada e desvalorização do câmbio nos países emergentes.

 

 

  1. A economia em equilíbrio a longo prazo é um ideal desejável? Por quê?

 

O equilíbrio de longo-prazo (ou longo-período) é impossível de ser obtido, pois os processos econômicos são fortemente path-dependents, ou seja, apresentam a propriedade de dependência de trajetória. Isso significa que durante o processo de convergência da economia para uma possível posição de equilíbrio de longo-período ocorrem mudanças endógenas nos parâmetros estruturais da economia que terminam por alterar a posição de equilíbrio para a qual a economia estava inicialmente convergindo. Usando uma metáfora: o equilíbrio de longo-período é um alvo móvel, no sentido de que o próprio ato de mirar o alvo para efetuar o disparo da arma acaba alterando a posição do alvo. Em tais condições é pouco provável que o alvo possa eventualmente ser atingido; e mesmo que seja, a posição do alvo ao ser atingido não terá nenhuma relação com sua posição original.

 

  1. Como conviver com a incerteza da liquidez em períodos de inflação?

 

Historicamente no Brasil a convivência com a inflação foi possível por intermédio da indexação de contratos, instituída formalmente pelo PAEG durante o governo militar. O problema da indexação, como sabemos, é que ela gera inércia inflacionária, ou seja, a tendência da inflação se perpetuar ao longo do tempo, mesmo na ausência de fatores que pressionem pela elevação dos preços. O problema foi (parcialmente) resolvido com o Plano Real, permitindo que o país pudesse ter novamente taxas anuais de inflação inferiores a dois dígitos. A eliminação parcial da indexação, contudo, manteve um elevado grau residual de inércia inflacionária, de tal forma que a manutenção da inflação em patamares baixos exigiu que a taxa de juros real fosse mantida em níveis muito elevados por quase 25 anos, tendo como efeito colateral a tendência a sobrevalorização da taxa de câmbio, causa fundamental da desindustrialização precoce da economia brasileira.

 

 

  1. Diante da inflação, como é possível controlar os preços sem inflaciona-los no futuro?

 

O fundamental é não permitir o retorno dos níveis de indexação de contratos que tivemos nos anos 1970 e 1980.

 

 

  1. Qual é o caminho para desindexar os contratos monetários atuais?

 

A desindexação é um processo relativamente simples do ponto de vista legal. Basta o governo aprovar um projeto de lei estabelecendo que a partir de determinada data todos os contratos vigentes no Brasil têm que ser obrigatoriamente expressos na moeda corrente do Brasil, ou seja, em Reais. Cláusulas de indexação passariam a ser, portanto, formalmente proibidas. O melhor momento para se adotar esse tipo de medida é precisamente agora, pois as previsões de inflação para 2020 recuaram para 2%. Nesse contexto, não haveria nenhuma perda significativa para os agentes no horizonte previsível.

 

Referências

 

Blecker, R; Setterfield, M. (2019). Heterodox Macroeconomics: models of demand, distribution and growth. Edward Elgar: Aldershot.

 

Godley, W; Lavoie, M. (2007). Monetary Economics: an integrated approach to Credit, Money, Income, Production and Wealth. Palgrave Macmillan: Londres.

 

Kregel, J. (1985). “Hamlet without the Prince: Cambridge Macroeconomics without Money”. American Economic Review, 75(2), pp. 133-139.

 

Papadimitriou, D; Zezza, G. (2012). Contributions to Stock-Flow Modeling: Essays in Honor of Wynne Godley. Palgrave Macmillan: Londres.

———–

[1] Uma boa introdução a esses modelos pode ser obtida em Godely e Lavoie (2007). Material mais avançado pode ser visto em Papadimitriou e Zezza (2012).

[2] Sobre esses debates ver Blecker e Setterfield (2019, capítulo 6).

 

Gustavo Franco e a Indexação

29 segunda-feira fev 2016

Posted by jlcoreiro in Ajuste fiscal, Crise Econômica no Brasil, Debate macroeconômico, Mídia, Opinião, Oreiro

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Bresser-Pereira, Gustavo Franco, Indexação

Costumo ler o jornal O Globo todos os domingos. Durante a semana leio apenas o Valor Econômico, o melhor jornal de economia e negócios do país. Mas como nasci e (ainda) moro no Rio de Janeiro, dedico os dias de domingo a leitura de O Globo, para me manter informado sobre o que ocorre na cidade e no estado do Rio de Janeiro, bem como para ler algumas noticias de política e economia durante o final de semana.

Hoje li o artigo de Gustavo Franco intitulado “Inflação, Indexação e feijão com arroz” (http://oglobo.globo.com/economia/indexacao-feijao-com-arroz-18767139). Em geral gosto de ler os artigos do Gustavo, principalmente quando ele dedica tempo e energia a tratar de algum assunto técnico. Nessas ocasiões ele apresenta uma análise equilibrada e interessante sobre algum tema relevante. Infelizmente não foi o caso do artigo de hoje. Gustavo Franco começa o seu artigo dizendo que ouviu da boca de Bresser-Pereira, no programa Roda Viva, que a inflação era causada pela indexação, e não, como aparentemente defende o autor do artigo, o déficit público. Eu assisti ao mesmo programa que o Gustavo Franco e não me lembro de ouvir da boca de Bresser que a inflação era causada pela indexação. O que Bresser colocava – talvez não de uma forma muito didática para a audiência, em função do curto espaço de tempo que os entrevistados tinham para apresentar suas ideias – era que a indexação tornava a inflação resiliente ao tratamento convencional, qual seja, o aperto da política monetária.

Alguem poderia dizer que a minha interpretação do debate não está correta e que Gustavo Franco tem razão. Em situações como essa é melhor pesquisar o que o autor escreveu sobre o tema em revistas cientificas, ao invés de procurar interpretar o que ele disse numa entrevista que versava sobre vários temas e com pouco tempo de exposição.

Pois bem, o Bresser publicou em conjunto com Nakano um artigo na Revista de Economia Política – onde o próprio Gustavo Franco também publicou vários de seus artigos – intitulado “Fatores Aceleradores, Mantenedores e Sancionadores da Inflação” (vejam em http://www.bresserpereira.org.br/Books/InflacaoeRecessao-1Edicao/07-Fatores-Aceleradores-mantenedores.pdf). Logo na introdução do artigo, Bresser e Nakano afirmam que a inflação é acelerada ou causada pelo aumento das margens de lucro das empresas ou pelo aumento dos salários reais num ritmo acima do crescimento da produtividade do trabalho. Nessas situações a parcela da renda que os empresários e os trabalhadores desejam se apropriar na forma de lucros e salários acaba sendo maior do que um, dando ensejo ao assim chamado conflito distributivo. Essa é a raiz ou a causa do processo inflacionário nas economias capitalistas, e não a indexação de preços e salários.

A indexação faz com que a inflação, uma vez causada pelo conflito distributivo, se perpetue ao longo do tempo, mesmo que tenha cessado a causa inicial (ou seja, o conflito distributivo tenha desaparecido).

Nas palavras de Bresser e Nakano:

“É preciso ficar claro que esse processo generalizado de indexação formal e informal não acelera, mas mantém o patamar de inflação, na medida em que simplesmente mantém as margens de lucro e os salários reais”. (1984, p.62)

A ideia de que a indexação de preços e salários torna mais custoso o processo de desinflação, contudo, não é uma ideia restrita a autores heterodoxos como Bresser e Nakano. Com efeito, na quinta edição do manual de Macroeconomia de Dornbusch e Fisher, o leitor poderá constatar que os autores dedicam a ultima parte da seção 6 do capítulo 14 para tratar do tema “inércia inflacionária”. Nessa seção eles afirmam que se a inflação esperada refletir a compensação pela inflação passada (como ocorre em situações nas quais existe indexação de preços e salários) então a taxa de inflação irá reagir muito lentamente às variações da política econômica, tornando assim o processo desinflacionário extremamente custoso em termos de aumento do desemprego (com relação a taxa natural).

Nesse contexto, proibir a indexação de preços e salários a inflação passada, o que envolve pro exemplo uma mudança na regra de reajuste do salário mínimo, a qual vincula a variação do salário mínimo a inflação medida pelo INPC do ano anterior, pode ajudar no sentido de tornar o processo desinflacionário menos custoso em termos de perda de produto e de emprego.

Quanto ao déficit público, posso garantir que Bresser-Pereira, tal como eu, defende o ajuste fiscal. De fato, eu e ele organizamos no dia 01 de junho do ano passado um seminário conjunto da Associação Keynesiana Brasileira com o Centro de Estudos do Novo-Desenvolvimentismo na FGV-SP no qual foram debatidos os desafios do ajuste fiscal brasileiro (http://eesp.fgv.br/eventos/o-desafio-do-ajuste-fiscal-brasileiro). A tonica geral do seminário não foi sobre se o governo brasileiro deveria ou não fazer o ajuste fiscal (como parece ser a tônica em outros lugares), mas sobre como fazer o ajuste.

Em resumo, o economista Gustavo Franco não foi feliz nas suas colocações sobre o pensamento de Bresser sobre a temática da indexação e nem sobre a defesa que Bresser faz da necessidade de ajuste fiscal. Uma pena. Num momento tão difícil como o que estamos passando atualmente é preciso construir consensos mínimos entre os economistas, independente de sua linha teórica. Mas consensos não se constroem em cima da caricaturização das ideias de quem não pensa exatamente como nós.

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