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Seminário do Professor Peter Skott na UnB no dia 12/06/2019
22 quarta-feira maio 2019
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05 sábado maio 2018
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01 quinta-feira mar 2018
Creio que todos aqueles que me conhecem mais de perto sabem que sou Católico. Sempre tive uma preocupação especial pelos mais pobres e pelas mazelas produzidas pelo capitalismo liberal. Acredito que esses valores nortearam não apenas a minha opção pela Economia Keynesiana – com sua evidente agenda de Reformas do Capitalismo – como também minha orientação para o serviço público. Sei que poderia ganhar muito mais dinheiro do que ganho se tivesse escolhido trabalhar no mercado financeiro, mas a minha vocação é ajudar a construir uma sociedade mais justa por intermédio da docência e da participação ativa no debate público. Hoje recebi de meu caríssimo amigo, Monselhor Osvaldo Neves de Almeida, a sua benção para o meu livro “Macrodinâmica Pós-Keynesiana”, a qual é indiretamente também uma benção de S.S o Papa Francisco. Vejam abaixo a íntegra da sua benção
“Conheço o Professor José Luis Oreiro faz trinta anos, e como sacerdote e amigo tenho acompanhado tudo o seu frutífero percurso inteletual e académico. Aliás, posso dizer que a leitura de seus artigos e publicações tendo sido também fonte de inspiração para meus 25 anos de trabalho ao serviço da Segunda Seção da Secretaria de Estado da Santa Sé. Posso dizer que o constante empenho do Professor Oreiro na busca de um marco macro-económico que consenta que todos, especialmente os mais pobres, possam ter accesso a um trabalho digno, bem remunerado e produtivo, responde as preocupações mais profundas dos três Papas aos que tive o privilégio de servir: São João Paulo II, Bento XVI e Francisco. Essas preocupações podem ser resumidas pelas palavras que o Papa Francisco pronunciou o 25 setembro 2015 na Assembleia Geral das Nações Unidas:
Para que estes homens e mulheres concretos possam subtrair-se à pobreza extrema, é preciso permitir-lhes que sejam actores dignos do seu próprio destino. O desenvolvimento humano integral e o pleno exercício da dignidade humana não podem ser impostos; devem ser construídos e realizados por cada um, por cada família, em comunhão com os outros seres humanos e num relacionamento correcto com todos os ambientes onde se desenvolve a sociabilidade humana …
… os governantes devem fazer o máximo possível por que todos possam dispor da base mínima material e espiritual para tornar efectiva a sua dignidade e para formar e manter uma família, que é a célula primária de qualquer desenvolvimento social. A nível material, este mínimo absoluto tem três nomes: casa, trabalho e terra. E, a nível espiritual, um nome: liberdade de espírito, que inclui a liberdade religiosa, o direito à educação e todos os outros direitos civis.
Por todas estas razões, a medida e o indicador mais simples e adequado do cumprimento da nova Agenda para o desenvolvimento será o acesso efectivo, prático e imediato, para todos, aos bens materiais e espirituais indispensáveis: habitação própria, trabalho digno e devidamente remunerado, alimentação adequada e água potável; liberdade religiosa e, mais em geral, liberdade de espírito e educação. …
(http://w2.vatican.va/…/papa-francesco_20150925_onu-visita.h…)
O Professor Oreiro pediu-me uma bênção especial para o presente livro: “Macrodinâmica Pós-Keynesiana: crescimento e distribuição de renda”. Somente posso enviar a minha humilde bênção de sacerdote, mas a envio reforçada pela bênção que o Papa Francisco me deu para todas a personas que partecipassem do meu trabalho pastoral na Brasil, quando me aposentei na Secretaria de Estado da Santa Sé, no passado 7 de outubro 2017. Acho que o presente libro bem merece essa bênção porque costitui um exemplo da santificação do trabalho cristão, desenvolvendo a inteligência que todos recebemos do Criador e colocando-a ao serviço de toda a sociedade, e é também uma resposta eficaz e operativa aos estímulos da pregação social do Papa Francisco.
Monsenhor Osvaldo Neves de Almeida (Sacerdote)
Oficial da Segunda Seção da Secretaria de Estado da Santa Sé (1992-2017)
Consultor da Segunda Seção da Secretaria de Estado (2017 – )
Rio de Janeiro, 1 de março de 2018″
09 sexta-feira fev 2018
Posted Macrodinâmica Pós-Keynesiana, Oreiro
inPrezados alunos. Atendendo a vários pedidos que me foram feitos no segundo semestre de 2017 irei lecionar a disciplina optativa de Macroeconomia Pós-Keynesiana, a qual irá aparecer na grade de disciplinas como “Tópicos Avançados em Desenvolvimento Econômico”, código 132811. As aulas serão as terças e quintas no horário de 12:00 as 13:50.
O programa da disciplina se encontra disponível em http://www.joseluisoreiro.com.br/ver_cursos_graduacao.php?curso=35
ou ainda aqui programa 2018
24 sexta-feira nov 2017
14 sábado out 2017
O senso comum no debate econômico brasileiro afirma que um dos grandes problemas de nossa economia é a escassez de poupança doméstica, a qual seria a causa fundamental do elevado nível da taxa real de juros prevalecente no Brasil. Para pequenas economias abertas com mobilidade de capitais, contudo, a escassez de poupança doméstica pode ser vista no máximo como a causa dos déficits em conta-corrente e, portanto, da tendência a sobrevalorização crônica da taxa de câmbio. Ainda nesse caso, a evidência empírica disponível parece apontar para a inversão da relação de causalidade, ou seja, o câmbio apreciado é que causa os déficits em conta-corrente e, dessa forma, a escassez de poupança doméstica (a esse respeito ver http://joseluisoreiro.com.br/site/link/ff76f63b013442d0aac4da3684c92c15507e32d7.pdf).
É fato, no entanto, que a poupança doméstica no Brasil é muito baixa, e que a retomada do crescimento em bases mais sustentáveis exige um aumento da taxa de poupança, do contrário o Brasil continuará dependente de poupança externa e, portanto, refém dos humores dos mercados financeiros internacionais.
O que deve ser feito para aumentar a taxa de poupança? Para os economistas neoclássicos, a taxa agregada de poupança é resultado das decisões racionais dos agentes econômicos. Nesse contexto, uma taxa de poupança baixa seria o resultado agregado de preferências individuais fortemente orientadas para o consumo presente em detrimento do consumo futuro. Em termos mais técnicos, uma baixa taxa de poupança é o resultado de uma elevada taxa de impaciência intertemporal. Sendo assim, os países que apresentam uma elevada taxa de poupança são aqueles países em que, por questões culturais, as preferências individuais se orientam para o atendimento do consumo futuro, ou seja, são países onde a cultura atua no sentido de reduzir a taxa de impaciência intertemporal. Esse seria o caso dos países do Sudeste Asiático. Já em países latinos a cultura é mais voltada para a “boa vida” o que implica numa elevada taxa de impaciência intertemporal, o que termina por gerar uma baixa taxa de poupança. Considerando que mudanças culturais são difíceis, pra não dizer quase impossíveis, de ocorrer, os países latinos estão condenados a ser dependentes de poupança externa para o seu desenvolvimento, ao passo que os países asiáticos serão naturalmente “exportadores de capital”.
A (boa) macroeconomia foi construída a partir da refutação por J.M. Keynes da falácia da composição, ou seja, da ideia de que o todo é sempre e em todo lugar igual a soma das partes. Com efeito, a existência de agentes heterogêneos faz com que o comportamento dos agregados possa divergir, em muito. do comportamento do agente médio ou representativo. Se assim for, então a simples mudança na composição dos agentes (poupadores ou gastadores) na população total pode fazer com que a taxa agregada de poupança se modifique sem que seja necessário nenhum agente individualmente mudar as suas preferências e atitudes com relação ao consumo e poupança.
Uma das preocupações da Teoria Clássica do Desenvolvimento Econômico foi precisamente explicar como os países que passam por um rápido processo de industrialização conseguem aumentar sua taxa de poupança de 4-5% do PIB para níveis superiores a 15% do PIB num espaço de poucos anos (Lewis, 1954). A explicação encontrada foi que nas fases iniciais do processo de industrialização, a existência de mão-de-obra excedente no setor de subsistência ou tradicional permite que o emprego no setor moderno ou industrial se expanda a grandes velocidades com um efeito praticamente nulo sobre o preço de oferta do trabalho. Em outras palavras, o setor moderno se defronta com uma oferta de trabalho infinitamente elástica ao nível do preço de oferta do trabalho (igual ao salário de subsistência acrescido de um prêmio salarial para compensar os trabalhadores pelo incomodo da vida urbana). Como a produtividade é maior no setor moderno do que no setor de subsistência – pelo fato de que a produção no primeiro é intensiva em capital ao passo que a produção no segundo é intensiva em trabalho – segue-se que a transferência de mao de obra do setor de subsistência para o setor industrial irá resultar num aumento da produtividade média da economia, sem que ocorra, concomitantemente, um aumento do nível do salário real. Esse processo de mudança estrutural irá produzir, portanto, um aumento da participação dos lucros na renda. Como a propensão a poupar a partir dos lucros é maior do que a propensão a poupar a partir dos salários (Kaldor, 1956) haverá um aumento da taxa de poupança agregada. Em suma, ao longo do processo de industrialização das economias em desenvolvimento deve-se observar uma correlação positiva entre taxa de poupança, participação dos lucros na renda e participação da industria de transformação no PIB.
Essa conjectura pode ser confirmada com base numa amostra de 30 países em desenvolvimento para o período 1988-1992 (Ros, 2001). As figuras 1 e 2 abaixo mostram (i) a existência de uma correlação positiva entre taxa de poupança doméstica e participação dos lucros na renda ; (ii) a existência de uma correlação positiva entre a taxa de poupança e a participação da indústria de transformação no PIB.
Figura 2
Quais as lições que podemos tirar para o caso brasileiro? Nos últimos 10 anos tem ocorrido um inegável processo de desindustrialização da economia brasileira seguido, mais recentemente, por uma redução da taxa de lucro sobre o capital próprio das empresas não financeiras. A partir do raciocínio acima exposto essa mudança estrutural perversa deve ser seguida também por uma redução da taxa de poupança, algo que de fato vem ocorrendo de forma acentuada na ultima década. Sendo assim, o problema da “escassez de poupança” no Brasil pode não ser cultural, mas apenas o resultado da perda de importância da indústria de transformação na economia brasileira. Nesse caso, o resolução “problema da poupança” passa obrigatoriamente pela reindustrialização da economia brasileira
Referências
Lewis, A> (1954). “Economic Development with Unlimited Supplies of Labor”. Manchester School of Economics and Social Studies, 28: 139-191.
Kaldor, N. (1956) “Alternative Theories of Distribution”, Review of Economic Studies, vol. 23, p. 83-100.
Ros, J. (2001). Development Theory and the Economics of Growth. Michigan University Press: Michegan.
03 sexta-feira mar 2017
Caros leitores,
Tenho a grata satisfação de informar que assinei contrato com a Editora Alta Books para a publicação do livro “Macrodinâmica Pós-Keynesiana”. Trata-se de um material inédito no Brasil que tem por objetivo fazer uma apresentação de alguns dos principais modelos macrodinâmicos de inspiração pós-keynesiana, cobrindo temas relacionados a fragilidade financeira e flutuações cíclicas, crescimento e distribuição de renda. A obra é destinada a disciplinas de macroeconomia e desenvolvimento econômico nos cursos de graduação e pós-graduação em economia no Brasil.
A previsão de entrega é dezembro de 2017.
Vejam abaixo a estrutura do livro
This is the blog of the Structuralist Development Macroeconomics Research Group
Graduado em Economia pela FEA-USP. Mestre e Doutor em Economia pela Fundação Getúlio Vargas em São Paulo. Foi pesquisador visitante nas Universidades de Cambridge UK e Columbia NY. Foi economista, gestor de fundos e CEO em instituições do mercado financeiro em São Paulo. É professor de economia na FGV-SP desde 2002. Brasil, uma economia que não aprende é seu último livro. Conselheiro da FIESP e Economista-chefe do Banco Master
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