• Página pessoal de José Luis Oreiro
  • Página da Associação Keynesiana Brasileira
  • Blog da Associação Keynesiana Brasileira
  • Página do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Página da Associação Nacional dos Centros de Pós-Graduação em Economia
  • Página pessoal de Luiz Carlos Bresser-Pereira
  • Página do Levy Institute
  • Página da Associação Heterodoxa Internacional
  • Blog do grupo de pesquisa Macroeconomia Estruturalista do Desenvolvimento
  • Post Keynesian Economics Study Group
  • Economia e Complexidade
  • Página de José Roberto Afonso
  • Centro Celso Furtado
  • Departamento de Economia da Universidade de Brasilia
  • About José Luis Oreiro

José Luis Oreiro

~ Economia, Opinião e Atualidades

José Luis Oreiro

Arquivos de Categoria: Covid-19

As profundas cicatrizes da pandemia da COVID-19 no mercado de trabalho (Correio Braziliense, 18/10/2021) 

19 terça-feira out 2021

Posted by jlcoreiro in Conjuntura da economia brasileira, Covid-19, José Luis Oreiro

≈ Deixe um comentário

Tags

Covid-19, Crise Econômica no Brasil, José Luis Oreiro

Além da perda de mais de 600 mil brasileiros, o baque nas atividades econômicas fará com que a taxa de desemprego fique em dois dígitos por muito tempo

Rosana Hessel – Correio Braziliense

18/10/2021 08:00 – atualizado 17/10/2021 21:58

Apesar do avanço da vacinação contra a COVID-19 no país, com 101,3 milhões de brasileiros totalmente imunizados – conforme dados do Ministério da Saúde –, a atividade econômica patina em meio às incertezas conjunturais e a pandemia vai deixando suas cicatrizes, que devem ser profundas. Além das perdas de pouco mais de 600 mil brasileiros e das inevitáveis sequelas nos recuperados, o mercado de trabalho também sofre um baque forte com a COVID-19 e a taxa de desemprego deve demorar para ficar abaixo de dois dígitos, alertam os especialistas ortodoxos e heterodoxos.
Analistas avaliam que, mesmo após o recuo recente para 13,7% na média do trimestre móvel encerrado em julho, quando o país atingiu 14,1 milhões de desocupados, a tendência é que a taxa de desemprego ainda deve subir e não deverá ficar abaixo de 10% nesta década. Eles reforçam que a pandemia agravou um quadro que já era ruim e, portanto, os futuros candidatos à presidência em 2022 precisarão olhar para essa questão com cuidado e elaborar um bom plano de governo, caso contrário, o país não mudará a realidade que é continuar com o desemprego elevado até o fim desta década.
O emprego só vai crescer se a atividade econômica voltar a se aquecer, de acordo com os especialistas. Mas as recentes estimativas do mercado não são nada animadoras, porque estão em queda e mostram que, devido às suas mazelas da volta da inflação e às incertezas em relação à política, o PIB não tem fôlego para crescer de forma robusta, ou seja, acima do seu potencial, que encolheu e hoje está abaixo de 2%. As novas estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI) para o PIB brasileiro, por exemplo, prevendo expansão do PIB de 1,5% em 2022 em vez de 1,9%, são criticadas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que disse que o FMI “vai continuar errando as projeções”.

PIB BAIXO

O cenário previsto por especialistas brasileiros, no entanto, é pior do que o estimado pelo organismo multilateral, pois já há estimativas para o PIB abaixo de 0,5% e muitos não descartam um cenário de estagflação – o pior dos mundos na teoria econômica, porque não há crescimento e o custo de vida continua elevado, corroendo ainda mais a renda da população. O Fundo, por exemplo, prevê o desemprego abaixo de 10% em 2026, cenário improvável, de acordo com especialistas.
Um exercício matemático feito por economistas do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre) revela que, se o PIB do país crescer 3,5% entre 2023 e 2026, o desemprego ficará em 10,1% no fim do período, em uma projeção sem ajuste sazonal. Na série ajustada sazonalmente, a taxa passaria para 9,8%, considerando essa mesma expansão. Mas, se o PIB avançar 1,5% nos próximos cinco anos, o desemprego chegaria a 11,6% em 2026.
“A taxa de desemprego já vinha subindo desde 2014, com a primeira recessão da última década e estava em dois dígitos antes da COVID-19 e piorou com a pandemia. Apesar de o país já ter voltado a criar emprego, o ritmo não é suficiente para fazer a taxa de desocupação voltar a um dígito tão cedo. Isso já era difícil antes, e, agora, será bastante desafiador”, afirma o economista e pesquisador do Ibre Fernando de Holanda Barbosa Filho, um dos responsáveis pelo levantamento. Para ele, a queda na taxa de desemprego será lenta e gradual, porque um crescimento de 3,5% no país nos próximos anos é pouco provável na atual conjuntura.“Esse foi apenas um exercício que fizemos para mostrar o como o combate ao desemprego será desafiador para quem estiver no próximo governo”, explica.
Vale lembrar que 2021 é um ponto fora da curva na trajetória do PIB brasileiro. As previsões de avanço do PIB, em torno de 5%, após o tombo de 4,1%, em 2020, precisam de um desconto do carregamento estatístico do ano anterior – que varia de 3,6% a 4,9% –, dependendo do cálculo utilizado. Isso só confirma a tendência de baixo crescimento do país, o que faz analistas não apostarem em uma taxa de desemprego de um dígito tão cedo.
“O desemprego não deverá ficar abaixo de 10% nesta década. A não ser que tenha um milagre, o PIB não vai conseguir crescer 3,5% nos próximos anos e isso significa que o desemprego vai continuar muito alto e a massa salarial não retoma o valor real de 2014”, frisa o economista Simão Silber, professor da Universidade de São Paulo (USP). Ele lembra que o desemprego deu um salto entre 2015 e 2016 e a média atual dos últimos sete anos é ascendente e, sem um crescimento robusto da atividade, o desemprego não tem como diminuir.
Alessandra Ribeiro, sócia da Tendência Consultoria, reforça o raciocínio de Silber. “Por mais que a economia esteja se recuperando, a taxa de desemprego ainda está elevada e, provavelmente, o país deverá recuperar a taxa de ocupação no nível pré-pandemia em maio do próximo ano. Mas o desemprego vai persistir em dois dígitos em um horizonte mais longo”, afirma.  Ela lembra que a informalidade no país – de 40,8% da população ocupada, conforme os dados do Instituto Brasileiro de Economia (IBGE) – é elevada e a retomada do setor de serviços ajuda a melhorar as perspectivas para o mercado de trabalho, apesar de grande parte das vagas nesse segmento serem na informalidade. “As pessoas devem começar a voltar a procurar trabalho, mas o volume de vagas geradas não deverá ser suficiente para absorver o contingente que começa a procurar trabalho de novo.

POBRE PAGA O PATO

Na avaliação do professor da USP, o país caminha para mais uma década perdida do ponto de vista do poder de compra do assalariado. “Em poucas palavras, uma das cicatrizes da pandemia é a piora na distribuição da renda, porque quem vai pagar o pato será o mais pobre. Primeiro, porque perdeu renda com o desemprego e, segundo, porque a inflação triplicou. Isso significa que temos hoje 20 milhões de pessoas com nível de acesso à calorias típico de campos de concentração nazistas”, lamenta Silber.


O economista José Luis Oreiro, professor da Universidade de Brasília (UnB), é um dos analistas que não descartam o cenário de estagflação para a economia em 2022. Ele ressalta que, sem investimento público, não há como o PIB crescer de forma mais robusta. “O crescimento de 1,5% previsto pelo FMI seria o teto. Mas, com essa política de destruição do investimento público e com a incerteza gerada pelo governo, não vejo como recuperar, no curto prazo, o desemprego”, afirma.
Para Oreiro, com a inflação atual, também acima de dois dígitos (10,25% até setembro) corroendo o poder de compra do brasileiro, o salário real não para de encolher, o que compromete outro motor do PIB: o consumo. “Não tem como o consumo puxar o crescimento a curto prazo. O país tem uma crise energética contratada e precisa investir pesado em infraestrutura, mobilidade urbana e em uma economia descarbonizada, como os países desenvolvidos estão fazendo”, destaca.

RISCO DE HISTERESE

O professor da UnB também alerta para o risco de a crise da COVID-19 provocar uma histerese no mercado de trabalho, como na física, criando a tendência de o sistema não conseguir mudar a forma adquirida. Oreiro explica que os danos da pandemia nesse segmento podem ser definitivos sem uma boa política industrial, porque, como uma barra de ferro que, aquecida, entorta e não volta mais à sua forma normal, o mercado de trabalho pode seguir o mesmo rumo.
“O risco da pandemia é o desemprego de longa duração tornar permanente e, com isso, a taxa de desocupação não volta mais ao patamar inicial. E há vários mecanismos que explicam essa histerese. O primeiro é o sucateamento do capital, porque quando a economia entra em recessão, as empresas deixam de investir na modernização do estoque e o nível de emprego diminui por conta do sucateamento. O segundo fator é a desqualificação, quando os trabalhadores ficam muito tempo sem emprego e ocorre uma depreciação nas habilidades”, frisa.


No entender do economista Ecio Costa, professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o cenário não é tão desolador para falar em estagflação, mas ele reconhece que o desemprego no país permanecerá elevado por um período prolongado. Para ele, sem mudanças estruturais na economia, como a reforma tributária e a administrativa, não há como o desemprego voltar para menos de um dígito no país. “Houve poucos avanços em plena pandemia e a reforma tributária, que poderia ajudar o emprego industrial, não vai avançar e o país vai continuar crescendo no mesmo ritmo pré-pandemia, de 1%”, lamenta.
Costa critica a reforma do Imposto de Renda, que é a escolhida pelo governo, que fatiou a reforma tributária, porque “não vai ajudar nesse sentido de melhorar o crescimento do país e do PIB per capita, passada a pandemia”. “Para reduzir o desemprego, o governo precisará avançar com medidas que melhorem as regras tributárias e a burocracia, ainda muito engessada, o que é fundamental para um crescimento maior da atividade, que continua muito travada”, afirma.

Mortes por Covid-19: uma comparação entre Estados Unidos, Reino Unido, Espanha, Brasil e Argentina

26 terça-feira maio 2020

Posted by jlcoreiro in Covid-19, Genocidio Bolsonarista

≈ Deixe um comentário

Tags

Covid-19, Genocidio Bolsonarista

Esses dados foram extraídos do site do Financial Times. Última atualização feita em 25 de maio de 2020. As curvas mostram a média móvel dos últimos 7 dias de novas mortes por milhão de habitantes desde o primeiro dia em o índice registrou 0.1 para cada país. Dessa forma, o ponto de partida das curvas é o mesmo, embora o “comprimento” das mesmas seja diferente, pois existem lags temporais entre os países no que se refere ao início da pandemia. Observem que o número de novas mortes no Brasil continua aumentando, ou seja, ainda não chegamos ao pico da pandemia. Interessante notar que as medidas de flexibilização do distanciamento social foram adotadas na Espanha no início de maio, muito tempo depois do pico da pandemia ter sido alcançado nesse país, o qual ocorreu no dia 01 de abril. No Brasil se flexibilizaram as medidas de distanciamento social muito antes do ponto de reversão da curva de novas mortes. Tudo indica que estamos caminhando a passos largos para uma catástrofe em termos de perdas de vidas humanas. Essas são as consequências sanitárias da atitude negacionista do governo federal.

Link: https://ig.ft.com/coronavirus-chart/?areas=usa&areas=gbr&areas=bra&areas=esp&areas=ita&areas=arg&areasRegional=usny&areasRegional=usnj&cumulative=0&logScale=0&perMillion=1&values=deaths

Posts

maio 2022
S T Q Q S S D
 1
2345678
9101112131415
16171819202122
23242526272829
3031  
« abr    

Arquivos do Blog

Blogs que sigo

  • Paulo Gala / Economia & Finanças
  • Reação Nacional
  • amandagrdeassis
  • PROFESSOR WILIAM RANGEL
  • O Barômetro - A Economia sob Pressão
  • O Meio e o Si
  • Sidewalk Essays
  • José Luis Oreiro
  • WordPress.com

Minha página no Facebook

Minha página no Facebook

Estatísticas do Site

  • 924.033 hits

Blogroll

  • Associação Nacional dos Centros de Pós-Graduação em Economia – ANPEC
  • Association for Heterodox Economics
  • Blog do Desemprego Zero
  • Blog do Grupo de Pesquisa "Macroeconomia Estruturalista do Desenvolvimento"
  • Blog do Thomas Palley
  • CEPAL
  • Departamento de Economia da UMKC
  • Fundação konrad Adenauer
  • Globalidades
  • Grupo de Estudos de Dinâmica Econômica Evolucionária
  • Grupo de Estudos de Economia e Complexidade
  • Grupo de Estudos de Moeda e Sistema Financeiro
  • Instituto de Economia da Universidade de Campinas
  • Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Instituto para Estudos do Desenvolvimento Industrial (IEDI
  • Nobel Laureates in Economics
  • Página da Metroeconomica
  • Página da Revista de Economia Contemporânea
  • Página da Revista de Economia Política
  • Página da Revista Economia e Sociedade (Unicamp)
  • Página da Revista Nova Economia
  • Página da Sociedade Brasileira de Economia Política
  • Página de Anthony Thirwall
  • Página de Jan Kregel
  • Página de Joseph Stiglitz – Prêmio Nobel de Economia
  • Página de Lance Taylor
  • Página de Luigi Pasinetti
  • Página de Paul Davidson
  • Página do Boletim Economia & Tecnologia – UFPR
  • Página do Cambridge Journal of Economics
  • Página do departamento de economia da Universidade de Brasília
  • Página do Journal of Post Keynesian Economics
  • Página do Levy Economics Institute
  • Página do Mark Setterfield
  • Página pessoal de Amit Bhaduri
  • Página pessoal de Amitava Dutt
  • Página pessoal de Fernando Ferrari Filho
  • Página pessoal de Gilberto Tadeu Lima
  • Página pessoal de José Luis Oreiro
  • Página pessoal de Luiz Carlos Bresser-Pereira
  • Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal de Viçosa
  • Portal Rumos do Brasil
  • Post Keynesian Economics Study Group
  • Reação Nacional
  • Real-World Economics Review Blog
  • Top Brazilian Economists – REPEC
  • Valor Econômico
  • WordPress.com

Tags mais usados

"nova ordem" A crise da economia brasileira A Grande Crise Brasileira Ajuste fiscal Ajuste Fiscal no Brasil Ajuste fiscal possível Associação Keynesiana Brasileira Bresser-Pereira Ciro Gomes COFECON Consolidação fiscal controles de capitais Copom Corecon-DF Crise do Coronavírus Crise do Euro Crise do Governo Dilma Rouseff Crise Econômica no Brasil Crítica ao governo Dilma Rouseff crítica ao governo Temer Crítica ao social-desenvolvimentismo Câmbio sobre-valorizado Debate Macroeconômico Desenvolvimentismo inconsistente Desindusitralização desindustrialização economia brasileira Economia Pós-Keynesiana eficácia da política monetária Eleições 2018 Erros de Paulo Guedes Erros do Banco Central do Brasil Espanha Estagnação secular no Brasil Estratégia Neo-atrasista Estratégias de Desenvolvimento Fiscalismo suicida Governo Dilma Rouseff Governo Michel Temer Governo Temer Herr Bolsonaro inflação Joaquim Levy john maynard keynes José Luis Oreiro José Lus Oreiro José Serra Lançamento do livro "Macroeconomia do Desenvolvimento" Macroeconomia do desenvolvimento Macroeconomia Estruturalista do Desenvolvimento Metas de Inflação Nova recessão a vista? novo-desenvolvimentismo Oreiro Os erros de Paulo Guedes Paulo Guedes PEC 241 Política macroeconômica do governo Dilma Rouseff política monetária Política Monetária no Brasil Populismo latino-americano Problema dos juros no Brasil proposta para os pré-candidatos a Presidencia da República Reforma da Previdência Reforma de Previdência Regra de Ouro Relação entre poupança e investimento Samuel Pessoa Semi-estagnação da economia brasileira Seminários Acadêmicos de Economia Senado Federal Sobre-valorização cambial taxa de câmbio Taxa de juros Taxa real de câmbio

Blog no WordPress.com.

Paulo Gala / Economia & Finanças

Graduado em Economia pela FEA-USP. Mestre e Doutor em Economia pela Fundação Getúlio Vargas em São Paulo. Foi pesquisador visitante nas Universidades de Cambridge UK e Columbia NY. Foi economista chefe, gestor de fundos e CEO em instituições do mercado financeiro em São Paulo. É professor de economia na FGV-SP desde 2002. Brasil, uma economia que não aprende é seu último livro.

Reação Nacional

Uma alternativa Trabalhista Cristã

amandagrdeassis

PROFESSOR WILIAM RANGEL

"A família é base da sociedade e o lugar onde as pessoas aprendem pela primeira vez os valores que lhes guiam durante toda sua vida". (Beato João Paulo II)

O Barômetro - A Economia sob Pressão

Espaço de reflexão crítica sobre economia e política

O Meio e o Si

Seu blog de variedades, do trivial ao existencial.

Sidewalk Essays

brand new stuff, fresh ideas

José Luis Oreiro

Economia, Opinião e Atualidades

WordPress.com

WordPress.com is the best place for your personal blog or business site.

Privacidade e cookies: Esse site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com seu uso.
Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte aqui: Política de cookies
  • Seguir Seguindo
    • José Luis Oreiro
    • Junte-se a 2.860 outros seguidores
    • Já tem uma conta do WordPress.com? Faça login agora.
    • José Luis Oreiro
    • Personalizar
    • Seguir Seguindo
    • Registre-se
    • Fazer login
    • Denunciar este conteúdo
    • Visualizar site no Leitor
    • Gerenciar assinaturas
    • Esconder esta barra
 

Carregando comentários...