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José Luis Oreiro

~ Economia, Opinião e Atualidades

José Luis Oreiro

Arquivos Mensais: dezembro 2021

Especialistas apostam em corrida acirrada ao Planalto em 2022 (Correio Braziliense, 27/12/2021)

27 segunda-feira dez 2021

Posted by jlcoreiro in Eleições 2022, José Luis Oreiro

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Eleições 2022, José Luis Oreiro

Com 12 pré-candidatos no páreo pela disputa da Presidência da República – um a menos do que em 2018, urnas serão desafio para Bolsonaro

Presidenciáveis até o momento, o presidente Jair Bolsonaro, o ex-presidente Lula e o ex-juiz Sérgio Moro lideram disputa. Ciro Gomes e o governador João Doria seguem logo atrás nas pesquisas

Decisivo para o futuro do país, 2022 será um ano em que as atenções de grande parte dos brasileiros estarão voltadas para as eleições gerais de outubro, em especial para a disputa que vai decidir quem será o próximo presidente da República. Até o momento, ao menos 12 pré-candidatos estão no páreo, entre os quais o atual titular do Planalto, Jair Bolsonaro (PL), que concorrerá a um segundo mandato.

Esse número de postulantes é alto. Ele supera os de 1994, 2002, 2006, 2010 e 2014 e empata com 1998. A última disputa presidencial, em 2018, reuniu 13 concorrentes. Já a de 1989, vencida por Fernando Collor, foi a que registrou mais candidatos desde a redemocratização: 22.
O número de pré-candidatos poderia ser ainda maior, não fossem algumas desistências. Até agora, saíram da disputa o ex-deputado Cabo Daciolo (Brasil 35), o apresentador José Luiz Datena (PSD) e o empresário João Amoêdo, ex-presidente do Novo e um dos fundadores da sigla. Há ainda uma incerteza sobre o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM).
Até a abertura das urnas, os eleitores serão alvo de uma avalanche de promessas, feitas por políticos que se apresentam como capazes de resolver os principais problemas do país, como a crise econômica, a escalada inflacionária, os altos índices de desemprego e o aumento da pobreza e da fome.
As próximas eleições serão uma prova de fogo para o atual governo, que, até o momento, ainda não conseguiu, sequer, cumprir as promessas feitas em 2018, principalmente as de combater a corrupção, moralizar a política e fortalecer a economia.
As últimas pesquisas de intenção de voto apontam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que recuperou os direitos políticos após a anulação de vários processos judiciais, como favorito, com uma vantagem considerável sobre Bolsonaro, que está em segundo lugar. O ex-juiz da Lava-Jato Sergio Moro (Podemos) aparece com o terceiro maior índice de preferência, mas está tecnicamente empatado com o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
Uma das principais discussões neste momento trata da construção de uma terceira via como alternativa à polarização entre Bolsonaro e Lula. Nesse sentido, há uma maratona de negociações entre as forças de centro, mas ainda não foi definido um nome que representará esse espectro político na disputa. O próprio petista, na intenção de se afastar do rótulo de radical, tem buscado aproximação com esse segmento, em articulações que incluem a possível entrada do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, que está de saída do PSDB, como vice da chapa.

Alta-tensão 

A próxima disputa presidencial promete ser palco de embates calorosos, com um teor de agressividade maior que nos pleitos passados. Ela vai reunir personagens que, ao longo de suas carreiras se cruzaram em situações que os transformaram em desafetos pessoais, muito além da disputa política. Deverão ser de alta-tensão, por exemplo, os confrontos eleitorais entre Bolsonaro, Lula, Moro, Doria e Ciro Gomes (PDT).
Para Marcelo Senise, especialista em marketing político e digital, uma possível onda de ataques pessoais, durante a campanha, poderá deixar pouco espaço para discussões de propostas para o país. “Todos eles são muito desafetos um do outro, e a previsão é de uma eleição extremamente polarizada. E nós temos um elemento que todos eles usam de maneira muito forte, que são as plataformas de inteligência artificial, e esses neurobots (robôs), que são utilizados desde a campanha passada, tendem a acirrar essa situação. Eu acho que o que vai ter menos na campanha é a discussão de propostas, infelizmente, e isso é uma ameaça à democracia”, lamenta Senise.

Transformações 

O professor José Oreiro, do Departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB), chama a atenção para as transformações vividas pelo país desde a campanha de 2018 e que, segundo ele, vão se refletir na próxima corrida presidencial. O docente lembra que, após o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016, as denúncias de corrupção continuaram no governo de Michel Temer (MDB), ao mesmo tempo em que a crise econômica não foi debelada.  
 “Aí, a grande bandeira que se levantou na última campanha foi a do combate à corrupção, com o argumento de que os problemas do Brasil eram derivados da corrupção. Como não foi possível ao MDB e ao PSDB surfarem nessa onda, quem surfou foi Bolsonaro, que acabou vencendo as eleições”, disse o Oreiro.
Segundo ele, o que se instalou no país após a posse do atual governo foi a “barbárie”, com o agravamento da crise econômica, o aumento da pobreza, a devastação ambiental, uma cultura de ódio e os números trágicos da pandemia da COVID-19. Para o professor da UnB, um discurso de cunho humanista, diante do atual quadro de degradação social do país, tem muito mais chances de vencer as próximas eleições.
“O que se estará em discussão nas eleições de 2022 não é esquerda e direita. É civilização e barbárie. No momento, sucessivas pesquisas comprovam que o candidato mais bem posicionado para derrotar a barbárie é o ex-presidente Lula. Não existe terceira via”, concluiu Oreiro. 

E aos Setenta Anos Ressuscitou: 2024, o Retorno de Getúlio Dorneles Vargas (Primeira Parte) [ isto é uma estória de pura ficção, assim espero]

23 quinta-feira dez 2021

Posted by jlcoreiro in Governo Temer

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Getulio Vargas

São Borja, 24 de agosto de 2024. O caminhoneiro Lorenzo Quevedo, natural da cidade, sai com seu caminhão as 08 horas e 2 minutos da manhã. Era sábado. Na madrugada do dia 24 um estranho fenômeno havia acontecido no céu sobre a cidade. Um pequeno meteoro de aproximadamente 10 metros de diâmetro que entrou com ângulo oblíquo na atmosfera da Terra, explodiu a 5 mil metros de altura exatamente em cima da cidade de São Borja. Essa explosão criou pânico entre os moradores da cidade, pois além do barulho ensurdecedor e de várias janelas quebradas, a explosão produziu no céu uma gigantesca cruz. A NASA só conseguira detectar o meteoro algumas horas antes de forma que não foi possível avisar os moradores da pequena São Borja. Mas havia outro motivo para o alarde entre os moradores: naquele dia se celebrava o 70 aniversário do suicídio do maior presidente da História do Brasil e que era também o mais ilustre cidadão de São Borja: Getúlio Dorneles Vargas.

Lorenzo, com 42 anos de idade, pai de dois filhos, estava numa situação financeira bastante complicada. A economia brasileira se encontrava no terceiro ano de sua grande depressão. Em outubro de 2022 o ex-presidente Inacio da Silva fora eleito no primeiro turno das eleições presidenciais, mas não chegou sequer a ser diplomado. O carro em que se encontrava ao se dirigir para o TSE em Brasília para a sua diplomação explodiu, matando todos os passageiros instantaneamente. Entre eles também se encontrava o vice-presidente eleito Almeida dos Santos. Imediatamente o Brasil inteiro entrou em ebulição. As massas foram as ruas exigir a deposição imediata do suspeito óbvio do atentado: o Presidente Lucifer Nero. O caos imperou no país durante quase duas semanas. Entrincheirado no Palácio da Alvorada, guarnecido pela guarda presidencial e por parte da polícia militar do Distrito Federal que havia se amotinado, Lucifer dispara mensagens de Whatsapp para milhares de soldados, cabos e sargentos das polícias militares de cada um dos 27 Estados da Federação. A mensagem dizia “executar ordem 666”. Ao longo daquele dia fatídico de 15 de novembro de 2022 as tropas das polícias militares do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Ceará, Goiás e Distrito Federal se rebelaram contra os governadores dos seus respectivos estados, prendendo e posteriormente executando cada um deles. Lucifer nomeia então aliados seus nas assembleias legislativas para o cargo de governador interino. Os protestos populares foram reprimidos com extrema violência pelas polícias militares. No final da tarde do dia 15 de novembro, O Supremo Tribunal Federal faz uma reunião extraordinária para requisitar a imediata intervenção das Forças Armadas para o restabelecimento da ordem e do Estado Democrático de Direito. Mas já era tarde demais. Os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica não tinham mais confiança de que suas ordens seriam obedecidas pelos oficiais que comandavam diretamente as tropas que seriam usadas para sufocar o levante das polícias militares. Para não participarem do golpe de Estado em curso, os três comandantes militares apresentam ao Presidente da República sua demissão coletiva. No que são seguidos por diversos generais, almirantes e brigadeiros da ativa. As Forças Armadas estavam acéfalas. Lucifer Nero se aproveita do caos na hierarquia de comando e assume pessoalmente o comando supremo das forças armadas, se autodeclarando “comandante supremo e generalíssimo dos exército de Terra, Mar e Ar”. No dia seguinte, o corpo de fuzileiros navais situado a poucos quilômetros da praça dos três poderes invade o congresso nacional e prende todos os deputados e senadores que estavam ali presentes. Lucifer Nero finalmente conseguira o que tanto almejara: tornara-se ditador do Brasil. O problema é que ele não fazia a menor ideia do que fazer com o país. Tão pouco se importava. Sua aspiração era ter o poder absoluto. Agora a nação brasileira estava de joelhos e a democracia extinta.

A reação internacional foi violentíssima. No dia 16 de novembro todos os países da União Europeia, os Estados Unidos, Japão, Canadá, Austrália, Argentina, Chile, México, Peru. Bolívia, Colômbia e até mesmo da Santa Sé se retiram do país. No dia 17 de novembro o governo de Joe Biden solicita ao congresso dos Estados Unidos um embargo comercial total contra o Brasil, o qual é aprovado em menos de 24 horas tanto pela Câmara dos Deputados como pelo Senado. No dia seguinte é a vez do Parlamento Europeu aprovar o mesmo tipo de medida. O primeiro ministro do Reino Unido, Boris Jonhson convoca uma reunião extraordinária dos países da Commonwealth, a qual aprova um embargo comercial similar ao feito pelos Estados Unidos e pela União Europeia. A China é a única grande economia do mundo que não adota nenhuma retaliação contra o golpe de Estado promovido por Bolsonaro. Com os EUA e a União Europeia fora do Brasil seria muito mais fácil transformar o país numa “colônia informal’ do novo Império Chinês. Dessa forma, o Brasil poderia continuar exportando soja e carne para a China em troca dos produtos manufaturados que precisava e que não mais poderia obter nos países ocidentais. Mas isso não foi suficiente para derrubar a corrente de comércio exterior do Brasil em mais de 60% e aumentar o déficit em conta corrente para quase 10% do PIB. As imensas reservas internacionais que o Brasil acumulara desde 2006 durante as administrações petistas foram rapidamente esgotadas. Em fevereiro de 2023 o Brasil solicita um empréstimo em yuans equivalente a mais de 100 bilhões de dólares ao Banco Central da China para poder continuar pagando por suas importações, pois o mercado internacional de capitais estava fechado a emissões de títulos (públicos e privados) brasileiros e os bancos estrangeiros que operavam no país (Santander) fecharam suas sucursais em território Brasileiro. O Brasil era agora totalmente dependente da China.

A restrição externa produziu uma recessão sem precedentes na história do país. Se em 2022 o PIB havia se contraído em 1,5%, no ano seguinte a queda foi de 9%. Nos dois primeiros semestres de 2024 o PIB apresentara uma queda acumulada de outros 6%. Em julho de 2022 o desemprego atinge 22% da força de trabalho. Para tentar apaziguar a fúria das massas, o governo de Lucifer Nero adotou um novo programa de renda emergencial, no valor de R$ 600,00, para 66 milhões de famílias. Sem ter como importar bens intermediários e bens de capital do exterior na quantidade necessária, a demanda criada pela renda emergencial não se traduz em aumento da oferta de bens e serviços. O resultado foi uma aceleração da inflação que atinge os 75% a.a em 2023 e passa de 100% nos primeiros sete meses de 2024. Para impedir manifestações populares, Lucifer Nero declara estado de sítio e revoga todos os direitos e garantias constitucionais. Agentes da ABIN entram a noite nas residências de intelectuais, políticos e empresários que se opõe a ditadura e os levam para serem executados com um tiro na nuca, sem direito de defesa.

No dia 01 de agosto de 2024 o Presidente da França, Emanuel Macron, convoca uma reunião com os chefes de governo da Alemanha, Itália e Espanha para tratar da “questão Brasileira”. Macron tem um plano. A França é a única grande potência do mundo que faz fronteira com o Brasil pela Guiana Francesa. Dessa forma, o território ultramarino Francês pode servir de base para um ataque em larga escala ao território brasileiro. O serviço de inteligência do exército francês já monitorava a muito tempo o estado das forças armadas brasileiras. A avaliação era de que as forças armadas brasileiras, embora relativamente grandes em número, era subequipadas e mal treinadas. Dessa forma, uma força expedicionária europeia de 500 mil homens, equipados com 2000 tanques e 3 mil peças de artilharia seriam suficientes para sobrepujar as forças armadas brasileiras em terra. No mar e no ar a situação brasileira era ainda mais dramática. O Brasil possuía em 2024 possuía pouco mais que 30 caças Grippen, muito inferiores tecnologicamente ao Eurofighter, que as forças armadas europeias dispunham às centenas. As armadas da França, Itália, Espanha e Alemanha contavam com 7 porta aviões, 4 cruzadores, 50 fragatas, 80 corvetas e 40 submarinos, sendo que 10 com propulsão nuclear e 5 com capacidade de lançar ogivas nucleares. Na reunião dos “quatro grandes” decidiu-se que uma força tarefa seria enviada para o Brasil no final de agosto e uma operação de desembarque de tropas em território brasileiro seria executada no dia 07 de setembro de 2024, data comemorativa da independência do Brasil, quando boa parte dos comandantes militares brasileiros estaria ocupada com os desfiles de 07 de setembro. Foi escolhida a cidade de Natal para o dia D. Se tudo corresse conforme o planejado, as forças europeias estariam em Brasília em menos de três semanas.

O povo de São Borja não sabia sobre a eminente invasão do Brasil pelas forças europeias, embora se especulasse aqui e acolá que Macron estava determinado a tirar Lucifer Nero do poder pela força. Isso também não passava pela cabeça do caminhoneiro Lorenzo. Ao pegar a BR-247, conhecida como Rodovia da Integração, ele estava pensando nas estórias que seu avô, Rafael Quevedo, lhe contava sobre o ilustre cidadão de São Borja, Getúlio Vargas. Seu avô lhe disse que Getúlio não se suicidou pois era um bom gaúcho, e suicídio é coisa de covarde. O que Getúlio fizera naquela manhã do dia 24 de agosto de 1954 foi se sacrificar pelo povo Brasileiro, ele dera seu sangue pela libertação do Brasil, para que o país não caísse nas mãos de potências e interesses estrangeiros. Getúlio fora, portanto, um mártir, não um suicida. De repente, Lorenzo vê na estrada em senhor, na casa de setenta e poucos anos, elegantemente vestido com um terno begi claro, com um chapéu e fumando um charuto. O senhor acena para o caminhão pedindo carona. Lorenzo admirado pela situação inusitada diminui a velocidade do seu caminhão e para para ver o que está ocorrendo com esse senhor, que lhe pede para entrar no caminhão. Assim que o senhor entra no caminhão saúda Lorenzo com um “Bom dia Tchê”. Lorenzo não acredita no que seus olhos estão vendo. Ele já havia visto aquele rosto várias vezes nos livros de história. Só que ele estava morto a 70 anos. Diante do espanto de Lorenzo o senhor lhe diz: “Meu bom homem, o que está havendo? Não me reconhece? Sim, sou eu mesmo, Getúlio Dorneles Vargas. E sou Presidente legítimo do Brasil, Preciso que você me leve até o palácio do Catete no Rio de Janeiro. De lá comandarei uma nova revolução. Vou salvar o Brasil pela segunda vez”.

Novo-Desenvolvimentismo: minhas divergências com Samuel Pessoa

22 quarta-feira dez 2021

Posted by jlcoreiro in novo-desenvolvimentismo, Samuel Pessoa

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José Luis Oreiro, novo-desenvolvimentismo, Resposta a Samuel Pessoa

Recentemente assisti a um debate entre Samuel Pessoa e Elias Jabour no canal no Youtube do meu colega André Roncaglia (https://www.youtube.com/watch?v=Ej8HZziFZVE&t=4057s). Por volta de 1h05 minutos do vídeo o Samuel Pessoa faz menção (elogiosa) ao novo-desenvolvimentismo, mas faz duas críticas pontuais. A primeira, de economia política, com a qual concordo, de que a construção de uma coalização de classes desenvolvimentista no Brasil é muito difícil, mas improvável. A segunda, com a qual não concordo, é que os ganhos de produtividade gerados pelo aumento da participação da indústria de transformação no PIB seriam unicamente advindos das externalidades da indústria de transformação sobre o resto da economia.

Para deixar mais clara minha posição sobre o novo-desenvolvimentismo, o qual tem sido objeto de ataques intelectualmente desonestos por parte de alguns economistas pop, reproduzo abaixo e-mail que enviei para o Samuel Pessoa no dia 19 de julho de 2021.

———————————

Olá Samuel, 
Obrigado pela resposta. 
Vou responder por pontos para deixar bem clara nossas convergências e divergências 
(A) sobre o aspecto inovador do “novo-desenvolvimentismo”. O termo foi cunhado pelo Bresser e pelo Nakano entre 2002 e 2003. A ideia do “novo” é se contrapor ao “velho” desenvolvimentismo” baseado na Teoria Clássica do Desenvolvimento Econômico e do Estruturalismo Latino-americano os quais preconizavam (a) a ineficácia da taxa de câmbio para promover a industrialização e/ou reduzir a restrição externa ao crescimento devido a “rigidez estrutural” da balança comercial, resultado da predominância de produtos primários na pauta de exportações cuja elasticidade preço da demanda era baixo de forma que a condição de Marshall-Lerner não seria atendida; (b) a necessidade de impor tarifas de importação elevadas para promover a substituição de importações por produção doméstica devido ao caráter infante da indústria doméstica. O novo-desenvolvimentismo seria a adaptação da teoria do desenvolvimento econômico a realidade dos países de renda média como Brasil, Argentina e México os quais se tornaram a partir dos anos 1970 exportadores de manufaturados de forma que (c) o “pessimismo das elasticidades” não mais se aplicava ao caso desses países, ou seja, a taxa de câmbio passava a ter um impacto forte tanto no saldo da balança comercial como na competitividade da indústria de transformação e (d) a fase de industrialização por substituição de importações havia dado lugar a industrialização por promoção de exportações (Fases 2 e 4 do processo de industrialização do livro “Strategic Factors of Economic Development” de Kaldor, 1967). Nesse contexto, o maior obstáculo ao desenvolvimento econômico dos países de renda média advém da sobre-valorização da taxa de câmbio, essa é a contribuição específica do novo-desenvolvimentismo para a teoria do desenvolvimento econômico. Envio meu artigo da Structural Change and Economic Dynamics publicado no ano passado onde apresento um modelo matemático formal sobre esse ponto. 
(B) Modelo Kaldor-Pasinetti: O modelo Kaldor-Pasinetti tem muito pouco a haver com o novo-desenvolvimentismo. Trata-se de um modelo de crescimento exógeno, onde o crescimento de longo-prazo, tal como no modelo de Solow é exógeno e determinado pela taxa natural de crescimento. Sua diferença para com Solow é mostrar que o ajuste da taxa garantida de crescimento a taxa natural se dá por intermédio de variações da taxa de poupança induzidas por mudanças na distribuição de renda entre salários e lucros. O que o novo-desenvolvimentismo pega emprestado desse modelo é o mecanismo de endogeinização da taxa de poupança, o qual é usado para mostrar como se dá o processo de substituição da poupança doméstica por poupança externa e vice-versa. 
(C) Sobre o papel das externalidades para o papel da indústria (de transformação) como motor do desenvolvimento: Aqui creio que vocês não entenderam nosso ponto. Tudo o que é necessário para que a indústria seja o motor do desenvolvimento é que ela seja o lócus dos retornos crescentes de escala, os quais podem ser internos a firma, de maneira que não é necessário para o argumento que os benefícios sociais da indústria sejam maiores do que os benefícios privados. Externalidades são sim necessárias para justificar políticas de “big-push” nas quais o Estado coordena as decisões de investimento na indústria para criar uma “massa crítica” de capital industrial e assim permitir que a economia saia da “armadilha de pobreza” (veja minhas notas de aula a respeito em anexo). Quanto a existência de retornos crescentes de escala dentro da indústria e sua inexistência fora da indústria a evidência empírica é avassaladora e está condensada no Livro do Ros (2013) que fiz referência na minha nota ao seu artigo. Não creio que seja algo objeto de “dúvida razoável”. 
(D) Sobre o seu ceticismo do novo-desenvolvimentismo com o arranjo de economia política no Brasil:  concordo com ele (não necessariamente pelas mesmas razões). Veja a conclusão do meu artigo de 2020.  
(E) Interpretação do período 2005-2015: A grande valorização (nominal e real) da taxa de câmbio ocorreu – e isso eu deixo bem claro na nota – no período 2003-2006 quando a trajetória da taxa de inflação era de queda. Na verdade em 2006 a inflação ficou abaixo do piso do regime de metas de inflação, sinal claro, com base no protocolo do RMI, que a política monetária foi excessivamente contracionista, ou seja, taxa de juros muito acima do nível neutro. Pra mim o problema todo de perda de competitividade da indústria foi produzido e gestado nesse período, até porque a partir de 2007 o saldo comercial da indústria de transformação se deteriora muito rapidamente e muito profundamente. Quanto ao período 2011-2013 concordo que a economia estava sobre aquecida: o governo Dilma considerou a desaceleração do crescimento pós-2010 como um problema de insuficiência de demanda apesar dos dados de desemprego mostrarem o contrário. Eu fui bastante crítico dessa postura tendo escrito vários artigos naquele período mostrando que as políticas de expansão fiscal estavam equivocadas, pois o problema a ser atacado não era uma suposta insuficiência de demanda, mas a desindustrialização prematura. 
(F) Política Fiscal pós-2023: Medidas de hiato de produto, como você sabe, tem seus problemas. Boa parte do crescimento de 2021, como você sabe, virá do carregamento estatístico de 2020. Assim um crescimento de 5,5%, se tirarmos o carregamento estatístico, corresponde a um crescimento de 2% sem carregamento. A população cresce 0,7% a.a e 9 milhões de brasileiros saíram da força de trabalho em 2020. Creio que a taxa de desemprego vai continuar acima de dois dígitos por muitos anos, talvez até 2025. Da minha parte estou disposto a aceitar uma inflação entre 4 a 4,5% a.a até a taxa de desemprego cair para um dígito, quando então provavelmente estará mais próxima da NAIRU da economia brasileira. A surpresa inflacionária de 2021 se encarregará de reduzir a dívida bruta/PIB com respeito ao ano de 2020, de forma que os cenários mais pessimistas do ponto de vista fiscal não irão se realizar. Ganhamos alguns anos de folga para (a) aumentar o investimento público no curto-prazo e (b) preparar uma reforma fiscal decente que nos permita aumentar a carga tributária compatibilizando eficiência econômica com equidade na tributação. Até onde acompanhei a reforma tributária em negociação no congresso é um horror, melhor deixar pra fazer isso no próximo governo. 

Abs

José Luis da Costa Oreiro

Professor do Departamento de Economia da Universidade de Brasília, Pesquisador Nível IB do CNPq e Lider do Grupo de Pesquisa “Macroeconomia Estruturalista do Desenvolvimento”, cadastrado no CNPq. É autor do livro “Macroeconomia do Desenvolvimento: uma perspectiva Keynesiana”, LTC: Rio de Janeiro (2016). 
Departamento de Economia
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – Universidade de Brasília – Campus Darcy Ribeiro – Prédio da FACE Asa Norte – CEP: 70910-900 – Brasília – DF

Recessão: Banco Central revela que PIB brasileiro caiu em outubro (Socialismo criativo, 16/12/2021)

16 quinta-feira dez 2021

Posted by jlcoreiro in Conjuntura da economia brasileira, Estagnação da economia brasileira, José Luis Oreiro, PSB

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Crise Econômica no Brasil, José Luis Oreiro, PSB

por: Michelle Portela Postado em: 16/12/2021 – 07:15 Atualizado em: 16/12/2021 – 08:58

O Banco Central divulgou que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), teve queda de 0,40% em outubro na comparação com setembro, segundo dado dessazonalizado. O dado foi informado ao mercado nesta quarta-feira (15) e confirma o quadro de “recessão” sentido no país. 

Na comparação entre os meses de outubro de 2021 e de 2020, houve retração de 1,48% na série sem ajustes sazonais. Com isso, a série histórica registrou 137,78 pontos no décimo mês, o pior desempenho para o período desde 2017 (135,99 pontos).

E apesar das expectativas ruins, o resultado de outubro reforça a atividade fraca no quarto trimestre, após números decepcionantes divulgados recentemente sobre os setores de serviços, comércio e indústria para o mês. 

Mais ainda, ressalta a crise econômica, uma vez que, no terceiro trimestre, a economia brasileira entrou em recessão técnica ao registrar retração pela segunda vez seguida. O PIB, divulgado pelo IBGE, registrou queda de 0,1% entre julho e setembro.

Conhecido como uma espécie de “prévia do BC para o PIB”, o IBC-Br serve mais precisamente como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. De acordo com o professor do departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB), José Luis Oreiro, embora se trate de prévia do PIB, os dados do IBC-Br revelam a queda da economia brasileira.

Foto: Professor José Luis Oreiro

“A economia brasileira se encontra em recessão. O que os dados de hoje mostram é que teremos novas contrações do PIB em 2021, o que levaria a economia brasileira a uma recessão de verdade”. José Luis Oreiro

Nesse cenário, o mercado de trabalho está ainda mais ameaçado. “As implicações são graves para o mercado de trabalho em 2022. Para que haja alguma esperança de criação dos postos de trabalho, a economia precisa crescer.

Com isso, o mercado de trabalho e a segurança financeira dos brasileiros está ainda mais ameaçada. “As implicações são graves para o mercado de trabalho em 2022. Para que haja alguma esperança de criação de renda e emprego, a economia precisa crescer. Com a recessão, não apenas não iremos criar novos postos de trabalho como vamos ter aumento das demissões”, explica o professor.

Ainda de acordo com o professor, pelos dados do Banco Central, a continuidade do processo da elevação da taxa de juros impacta o poder de compra dos trabalhadores. “Mais ainda, também contração da massa salarial que vai impactar as empresas, que deverão optar por novas demissões. Tudo indica que o primeiro semestre de 2022 vai ser muito ruim, com o aumento do desemprego, da miséria e da fome”, analisa.

“Já faz algum tempo que a gente não consegue crescer”, acrescenta o professor William Baghdassarian professor do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec). “Atualmente, temos um agravante que é o poder Executivo, que traz incertezas para o mercado. Os investidores estão inseguros para realizar novos investimentos, desde os grandes até os pequenos”, finaliza.

Projeção

A projeção atual do Banco Central para a atividade doméstica em 2021 é de crescimento de 4,7%, segundo o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro. O próximo RTI será divulgado nesta quinta-feira (16). Até outubro, o IBC-Br acumulou alta de 4,99% em 2021 até outubro, informou a autoridade monetária. 

Na comparação entre os meses de outubro de 2021 e de 2020, houve retração de 1,48% na série sem ajustes sazonais. Com isso, a série histórica registrou 137,78 pontos no décimo mês, o pior desempenho para o período desde 2017 (135,99 pontos).

Leia também: PIB do terceiro trimestre cai e Brasil entra em recessão

E apesar das expectativas ruins, o resultado de outubro reforça a atividade fraca no quarto trimestre, após números decepcionantes divulgados recentemente sobre os setores de serviços, comércio e indústria para o mês. 

Mais ainda, ressalta a crise econômica, uma vez que, no terceiro trimestre, a economia brasileira entrou em recessão técnica ao registrar retração pela segunda vez seguida. O PIB, divulgado pelo IBGE, registrou queda de 0,1% entre julho e setembro.

Conhecido como uma espécie de “prévia do BC para o PIB”, o IBC-Br serve mais precisamente como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. 

A projeção atual do Banco Central para a atividade doméstica em 2021 é de crescimento de 4,7%, segundo o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro. O próximo RTI será divulgado nesta quinta-feira (16). Até outubro, o IBC-Br acumulou alta de 4,99% em 2021 até outubro, informou a autoridade monetária. 

Link: https://www.socialismocriativo.com.br/recessao-banco-central-revela-que-pib-brasileiro-caiu-em-outubro/

Senado aprova prorrogação da desoneração da folha de pagamento (Diário de Pernambuco, 09/12/2021)

10 sexta-feira dez 2021

Posted by jlcoreiro in Desonerações fiscais, José Luis Oreiro

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Desonerações fiscais, José Luis Oreiro

Link da matéria completa: https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/economia/2021/12/senado-aprova-prorrogacao-da-desoneracao-da-folha-de-pagamento.html

O professor José Oreiro, do Departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB), critica a política de desonerações no Brasil. Segundo ele, essas medidas deveriam ser acompanhadas da exigência para que as empresas beneficiadas apresentassem, de forma detalhadas, algumas contrapartidas, como, por exemplo, a de empregos preservados e gerados.
“O governo está renunciando a uma receita sem pedir nenhum tipo de contrapartida por parte das empresas. Por exemplo, contrapartida em termos de não demitir funcionários, ou realizar investimentos. Você não pode dar um benefício com dinheiro público sem exigir uma contrapartida”, disse o docente. “O que essas empresas oferecem em troca para o governo? Qual é o benefício disso para a sociedade? Como é a contrapartida que as empresas estão dando? Nenhuma. Observe que as próprias empresas beneficiadas sequer se preocupam em demonstrar, com argumentos, com estudos, quais foram os benefícios gerados por essa medida”, acrescentou Oreiro.

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Paulo Gala / Economia & Finanças

Graduado em Economia pela FEA-USP. Mestre e Doutor em Economia pela Fundação Getúlio Vargas em São Paulo. Foi pesquisador visitante nas Universidades de Cambridge UK e Columbia NY. Foi economista chefe, gestor de fundos e CEO em instituições do mercado financeiro em São Paulo. É professor de economia na FGV-SP desde 2002. Brasil, uma economia que não aprende é seu último livro.

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